Desforra!
Treino conjunto entre Hinn e Hitsu!Konoha estava seca. Corria um clima calmo, talvez demasiado calmo... Dentro de mim sentia a nostalgia de um tempo em que tudo era verde. E as flores do jardim também... Ia treinar para o spot habitual, como de costume. Passei pela porta de casa de Hinn e parei para ver se ele estava em casa. Concentrei-me e senti o seu chakra no interior. Ele estava parado, como que a minha espera. E eu gritei:
- Então, já pousou a sua mosca em cima de mim senhor Hinn.
- Não sei, sente algum dos meus kikaichus...
Senti um arrepio na espinha e de repente apeteceu-me um bom banho. Mas fui treinar e à chegada ele falou comigo, timidamente:
- Você não quer uma desforra?
- Um empate para mim não é suficiente. À mesma hora?
- Podes crer - chegou até mim e passou-me a mão na orelha de forma estranha. Senti novamente aquela vontade de tomar banho e ele continuou - não crias levar este amor para casa pois não? - disse ele enquanto retirava um inseto do meu corpo
Os seus insetos estão a começar a chegar a um limite. Qualquer dia usarei repelente antes de um combate... E porque não amanhã? Nah... Talvez seja desonesto...
Assim foi, no dia seguinte de manhã estávamos juntos em casa dele a caminho do nosso sitio. Ambos sabiamos do que o outro era capaz. Tinhamo-nos defrontado à pouco tempo, e começávamos a sentir alguma empatia nos momentos em que estávamos juntos.
Decidimos aquecer um pouco e estávamos prontos para lutar. Olhamo-nos nos olhos. Eu sentindo a fome da kusanagi na minha cintura (aquisição que agora prendia a katana nas minhas costas) e ele apenas de mãos nos bolsos, talvez de olhos fechados por trás daquelas lentes escuras. Lançou uma kunai ao ar. Era o sinal, o jogo começaria assim que ela beija-se o chão. E assim foi, avancei a toda a força, para ele, que permanecia quieto, com a extremidade da minha espada apontada para o solo. Golpeei da direita para a esquerda cortando através de um tronco. Tinha escapado agilmente usando uma técnica de substituição e sentia agora o seu corpo a dois metros de mim, na minha retaguarda, lançando kunais com explosivos. Imitei-o usando uma substituição para as suas costas e de novo ataquei com força com a minha arma que ele segurou com uma kunai com a mão direita enquanto apoiava a outra no chão. Continuei a aplicar a pressão e ele tambem durante uns segundos e enquanto as armas tremiam refletindo o esforço ele diz:
- Estás claramente mais rápido.
- Nem imaginas!
Dito isto saltei para trás agilmente e fiz um selo criando dois clones de água. Ele levantou-se, virou-se e viu três imagens de mim.
- Não vamos perder tempo Hitsu, sei que és o do meio. Enquanto falávamos larguei uma fêmea que correu do meu pulso para a tua espada.
Eu não liguei, estava tudo planeado. Corri para ele juntamente com as minhas cópias com a arma em punho e ele largou uma grande quantidade de insetos que rodearam o Hitsu do meio que se derreteu em água deixando para trás uma espada apenas. Eu, do lado esquerdo golpeei-o com toda força do meu punho direito na cara projectando-o por um metro e o meu clone, do lado direito terminou o golpe com um corte sobre o abdómen de Hinn. Ele gemia de dor e incompreensão enquanto eu explicava o que tinha falhado na sua estratégia:
- O inseto fêmea que subio para a minha espada não teve tempo de passar para o meu pulso, pois eu troquei de arma com o meu clone antes de te virares, depois de o formar, garantindo assim que não conseguirias descobrir. Funcionou na perfeição.
Ele levantou-se sempre com o seu ar sério. Estava recomposto. Então sem dizer nada começou a fazer selos atrapalhadamente, terminando com uma explosão de vento na sua frente. Cobri a cara, com os olhos entre abertos para ler os seus movimentos enquanto o meu cabelo abanava intensamente. Ele lançava agora várias kunais e shurikens para mim. Eu concentrando o chakra nas minhas mãos formei duas espadas de água, que agora movia agilmente tentando colidir com os projeteis a fim de me defender. Finalmente, depois de todos os projéteis procurava novamente o meu oponete que tinha desaparecido após aquele golpe. Estava numa arvore e saltava para mim tentando surpreender-me com um golpe aéreo. Antes dele aterrar rodei com um pontapé acertando na sua cara que se desfazia em insetos e rodeava a minha perna. Era um clone que agora me envolvia na forma de insetos. Movimentei-me agilmente entre as pétalas para longe daquela nuvem de insetos. E novamente corria um Hinn atrás de mim. Para fugir dele corri pelo tronco de uma árvore, usando chakra nos meus pés e saltei por cima dele aterrando na sua retaguarda e golpeando-o com as espadas de água criando um X nas suas costas. Novamente um clone, e já se avistava o próximo. “Ele está a tentar cansar-me, tenho que interromper este modo de combater”. Então fiz um selo enquanto me sentava no chão para criar um nevoiro e vários clones. A visibilidade era pouca mas eu esperava encontra-lo. Sentei-me no chão no centro dos meus companheiros que me guardavam e mantinha-me concentrado, tentando sentir o chakra de Hinn... Choveram kunais, explosivos e insetos que os meus clones defenderam. Hinn, que estava num ramo de uma árvore, concentrou chakra novamente enquanto executava os selos e lançou uma nova explosão de vento que limpou todo o nevoiro. Depois, apenas viu 4 Hitsus em posição defensiva e uma espiral de pétalas no meio.
“Ele está novamente a usar o movimento rápido” pensou ele e prevendo um golpe pela retaguarda atacou cegamente, golpeando-me no meio das pernas. Caí da árvore, de costas no chão pensando “que baixo!”
Ele olhou para mim rindo-se e aproveitando a sua desatenção usei Ilusão Demoniaca: Visão do Inferno. A sua cara começou a ficar vermelha enquanto via a minha espada espetada no meu abdómem. A mim juntou-se toda a sua família e transtornado o jovem aburame percebe o que se estava a passar e tenta usar o Kai. Graças à tristeza que lhe corria não foi capaz de se libertar e eu mantinha-o ocupado tentando manter o meu jutso contra um adversário superior a mim em controlo de chakra. Nesse momento ele concentra-se fechando os olhos e fazendo um selo por baixo do queixo grita kai, libertando uma grande quantidade de chakra na sua corrente. Tinha resultadado. Ele tinha-se libertado e saltava para o chão olhando para mim, naquele dia de sol, quase que chateado comigo pelo que lhe fizera.
- Vamos acabar isto. Tenho um combo para lhe mostrar, amigo.
Ele iniciou largando os insetos que rapidamente rodaram a minha volta dificultando os meus movimentos e visão, mandando imediatamente uma prisão com linha e armas shinobi. Tentei desviar o golpe mas não funcionou, apenas conseguindo manter o braço esquerdo fora da sua armadilha. Posteriormente mandou várias kunais que eu defendi criando uma espada de água na minha mão esqueda. A ultima tinha um kibaku fuda, direitinho ao meu estômago. Não podia bater naquela, corria o risco de ela ficar muito perto. Por outro lado não podia desviar-me. Ele olhava nos meus olhos certo da sua vitória e quando estava próxima grita fazendo o selo com a sua mão direita: “KATSU!!!”
Mas nada aconteceu. Ele coçou a cabeça, bocejou, esperou e gritou:
- Porque não aconteceu nada!!!!!
- Bem, era uma coisa que queria tentar. Eu transformei a minha espada em água no momento do embate. Assim o teu kibaku fuda atravessou aquela massa de água, estando submerso antes de explodir. O facto de estar submerso foi o suficiente para evitar a ignição - Dizia eu soltando-me da minha armadilha - Minha vez!!!
Concentrei-me e usei um movimento rápido pelas pétalas para trás da minha anterior posição, tapando a visibilidade com a espiral de pétalas no ar. Hinn via agora, desta cortina de pétalas sair um Fuuma Shuriken direitinho a ele com uma força considerável. Ele saltou por cima dele gritando:
-Armas novas, hein?!
Mas antes de ele aterrar já vinha outro na sombra do primeiro. Tratava-se de um Kage Shuriken no Jutsu. No ultimo momento conseguiu-se substituir agilmente por um tronco que é atravessado pela arma por inteiro. Contudo aquilo não era uma arma, mas sim Hitsu tranformado através de um Henge e lançava o verdadeiro Fuuma Shuriken que acertou numa perna de Hinn deixando-o imobilizado. Corri para ver se ele estava bem. Retirei a arma do seu corpo e ele parecia estar bem, mas com muitas dores e uma hemorragia. Estanqueia e pedi desculpa. Ele apenas respondeu:
- Hoje trouxe eu as sandes, Hitsu.
Era realmente um companheiro para a vida.