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A Flor e o Tigre de Konoha
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Saga Conjunta - Yamanaka Hana e Nara Tora
Filler 23 - Hora de Brincar
_ Quer dizer que vocês são clones de Hana-chan e Kokuren? – pergunta Tora de olhos arregalados.
_ Sim, só que não tenho uma anja selada dentro de mim. – falou Alphonse sentado no balanço.
_ E meu mangekyougan não é original, então não é tão forte como da nee-sama. – diz Julliet enquanto colocava pequenas xícaras para preparar o chá das bonecas.
_ Não acredito que seu pai foi capaz disso... – pensa Kyo em voz alta após toda a explicação que os gêmeos haviam dado.
_ Nee-chan, gomenasai, nós tivemos que mentir. – fala Julliet com olhar triste.
_ Vamos brincar. – diz a garota rapidamente a mudar a expressão e dar um grande sorriso de olhos cerrados.
_ Hana-chan... – fala Tora em voz baixa ao ver que a Yamanaka não expressava qualquer reação.
_ Hana-chan. – chama outra vez a amiga.
_ Gomen, eu não sei o que fazer, não sei o que pensar, não sei o que falar. – dizia a kunoichi visivelmente abalada.
_ Yagami-san está a lutar com alguém muito mais forte que ele, descubro que tenho uma irmã com uma vida de trevas e escuridão por minha causa e por fim tenho um clone... não sei o que fazer, Tora-san, não sei o que fazer... – e a loira caía em prantos como se fosse uma criança a chorar.
_ Isso, chore, ao menos coloca para fora o que sentes. – fala Tora a abraçar a amiga que gritava descontroladamente.
_ Nee-chan, não precisa chorar. – diz Alphonse a se levantar.
_ Isso mesmo, nee-chan, se quiseres podemos ajudar e nunca mais sofrerás. – fala Julliet a se posicionar ao lado do irmão. Ambas crianças estavam diferentes a olhar fixamente para o trio.
_ Eles estão com um olhar assassino... – murmura Tora a começar a tremer.
_ Sim, posso sentir a aura que eles emanam, chega a ser difícil me mover. – completa Kyo.
_ Vocês querem brincar com a gente? – pergunta Julliet a dar um sorriso maléfico e seus olhos apertarem um pouco e adquirirem uma leve coloração violeta do mangekyougan não-original.
_ Hana-chan, se afaste, vá até seu pai, deixe que cuidamos deles. – fala Kyo a adquirir uma postura mais ofensiva.
_ Isso mesmo, Hana-chan. – e Tora levanta o rosto da amiga a olha-la nos olhos.
_ Nós não machucaremos os gêmeos, pode ir até seu pai e acerte as contas com ele por isso. – sorriu a garota Nara a tentar tranquilizar a amiga, porém o olhar de Hana era vazio e triste, não se parecia em nada com a Hana que todos conheciam.
_ Chega disso... quero voltar para casa. – fala enquanto ela e sua amiga se olhavam nos olhos.
_ Hana-chan... – murmura Tora.
”Ela não está bem... esse olhar vazio parece de quem já perdeu a vontade de viver...”, pensava a ninja de cabelos azuis.
_ Ei, garota! – falou Kyo sem tirar os olhos dos gêmeos.
_ Meu amigo ficou lá atrás a lutar sozinho contra uma oponente tão forte por você. Tora e eu viemos até aqui a correr riscos por sua causa. Agora não tem mais volta, já colocastes todos em perigo. Ou você continua e demonstra algum respeito pelos nossos esforços ou apenas fuja e nos deixe aqui, porque não vamos sair até que você cresça e vá falar com o seu pai. – diz o rapaz com grande força nas palavras.
_ Kusanagi-san... – sussurrou Hana a pensar nas palavras do amigo, realmente todos estavam em risco para tentar ajuda-la, não podia simplesmente voltar atrás.
_ EI, ANDA LOGO! – gritou Kyo a virar o olhar para Hana. O garoto apresentava uma feição intimidadora, estava nervoso com a hesitação da kunoichi.
_ Siga em frente que cuidaremos daqui! VÁ!!! – ordenou ele a voltar a atenção aos gêmeos.
_ Não se preocupe Hana-chan, já falei que não machucaremos as crianças. – diz Tora a se posicionar ao lado de Kyo e sacar seu grande leque.
_ Tora-san... Kusanagi-san... – murmurava Hana ao ver o esforço dos amigos e logo passa a mão para secar os olhos.
_ Podem deixar, farei o esforço de Yagami-san e de vocês dois não ser em vão. Por favor, fiquem bem. – e a garota deu um pequeno sorriso e correu para a saída, porém os gêmeos não apresentaram qualquer resistência.
_ Por que não tentaram impedi-la? – pergunta Tora um pouco curiosa.
_ Ela é nossa irmã mais velha, não vamos impedi-la. – diz Alphonse com as mãos no bolso. Ambos ainda estavam em seus macacões (fantasias) de gato.
_ Sim, nee-chan pode fazer o que quiser, afinal, ela está em casa. – sorriu Julliet.
_ Além do mais, ela é muito boazinha e delicada para brincar conosco da forma como gostamos, não quero vê-la suja de sangue ou com o rosto desfigurado. – fala Alphonse com um grande sorriso.
_ Vocês dois são mais brutos, acho que será mais divertido brincar com vocês. – diz a garota a tirar a fantasia, assim como seu irmão.
_ Eu brincarei contra Tora-nee-san. – falou a menina dos olhos violeta.
_ Tá bom, quem quebrar mais ossos do adversário ganha, pode ser? – pergunta Alphonse naturalmente.
_ Não, não quero brincar disso. Já fizemos isso há alguns dias, os inimigos morreram antes que pudéssemos nos divertir, foi muito sem graça. – respondeu a menina.
_ Tá bom, tá bom. Que tal vermos quem mata mais rápido??? – entusiasma-se Alphonse.
_ É sem graça, mas assim podemos ir espionar o que Hana-nee-chan fala com o papai. – sorriu ele.
_ É MESMO!!! – gritou a pequena.
_ Pode ser, mas você sabe que eu costumo sempre ganhar nossas competições, então tente se esforçar mais dessa vez. – provocou Julliet a dar um sorrisinho.
_ Nee-chan, és tão má. – reclamou Alphonse e ambos começam a rir.
_ Então, vamos lá? – pergunta ele com um grande sorriso no rosto e a irmã começa uma contagem regressiva a começar de 10.
_ Kyo, se prepare. – diz Tora a inspirar grande quantidade de ar e tentar manter a calma diante de oponentes tão incomuns para ela.
_ Eles são tão pequenos... difícil imaginar que podem ser tão maus, para eles matar é tão natural quanto brincar. – comenta o ninja de Iwa.
_ ... 3... 2... 1... JÁ!!!!!!!! – grita Julliet e ambos começam a correr para cima de Kyo e Tora, os gêmeos riam muito, mas a manter o olhar assassino.
(...) O salão todo branco se enrubescia, paredes e chão quebrados, algumas marcas de chamas, muita sujeira. Esse era o cenário que se encontravam Kokuren e o jovem Yagami.
”Com certeza nee-chan é muito mais forte que esse garoto... porém lutar com ela seria muito sem graça, ela tentaria manter distância, usaria genjutsus e iria querer uma luta ‘limpa’“, pensava Kokuren enquanto olhava seu oponente preso em um buraco na parede feito pelo impacto de um golpe. A garota estava cheia de sangue, suas roupas e seu rosto eram dominados pela cor vermelha, ao ver que o oponente já se recuperava ela dá um sorriso.
_ Hahahaha. Isso mesmo... me divirta! – ria insandecidamente enquanto Jow corria em sua direção.
O garoto dominado pelo mal interior dava fortes golpes na inimiga, socos e chutes potentes, um desses fez com que ela fosse arremessada a alguns metros, porém ela mantinha-se de pé. Ela apenas observava e ria, estava a aproveitar cada segundo com sua presa.
_ Isso mesmo. – sorria ela a cruzar os braços para se defender de um soco flamejante.
_ Se enfureça mais e mais. – diz Kokuren a se proteger de investidas do adversário.
_ Se deixe dominar pelo ódio, quero ver o poder máximo. – fala ela a contra atacar com um soco de direita e uma joelhada no queixo do Yagami que é lançado ao alto. Kokuren com um salto se aproxima dele, une os braços e no momento que ele estava ‘deitado no ar’, ela dá uma potente cotovelada dupla na barriga dele fazendo-o cair no chão de costas a quebrar uma grande área.
_ Tsc, será que já acabou? – pergunta a loira a colocar a mão no queixo enquanto observava o inimigo imóvel.
_ Que pena, mas consegui me divertir um pouco. – diz ela a dar as costas e seguir rumo à saída para tentar encontrar Hana.
_ AAARRRRGGGHHH! – bradou Jow a pegar com sua grande mão a cabeça da garota e empurra-la até uma parede, a qual bate com toda a força. Continuava a dar vários socos por todo o corpo da garota que se afundava na parede a medida que os golpes eram dados. Após alguns segundos Jow se mostra ofegante e para a observar Kokuren.
_ Nada... mal... – dizia a garota com dificuldades, ela estava de frente para a parede. Antes que pudesse sair, Jow prepara um forte soco flamejante, mas ao se aproximar da garota ele é interrompido por algo estranho.
_ Não esqueças que também conheço técnicas mentais... – sussurrava ela com dificuldades enquanto se colocava lentamente de frente para Jow.
_ Odeio ter que utilizar jutsus daquele clã, mas até que me são bem úteis. – diz ela após cancelar o escudo mental Yamanaka que criara. A loira levava a mão ao ombro esquerdo a fazer um forte movimento para coloca-lo de volta no lugar.
_ Acho que nunca tinham quebrado tantas costelas minha. – fala Kokuren com o rosto todo ferido e ensanguentado. Do outro lado a fera bufava, com inspiração e expiração profundas.
_ Bem, acho que já estou pronta. – diz a inimiga a estalar o pescoço ao movimenta-lo de um lado para o outro.
_ Creio que também já deve ter se recuperado... – e a garota cospe dois dentes que havia quebrado.
_ Não espere que eu abaixe a guarda outra vez, estarei – dizia ela, mas Jow não espera e logo vai para cima dela com seu instinto assassino. Por sua vez Kokuren dá um enorme sorriso a morder os lábios.
Próximo Filler - A Hora Esperada