Administrador | Kiri
Sexo : Idade : 28 Localização : Belem/ Pa - Brasil Número de Mensagens : 3178
Registo Ninja Nome: Azura Inugami Ryo (dinheiro): 4965 Total de Habilitações: 502,25 | Assunto: Filler 23 - Prelúdios I - Infortúnios e Bastardos Dom 18 Ago 2013 - 4:36 | |
| - Você não virá jantar, Amaya nee-chan? - Perguntou a garotinha ao aparecer na porta do minúsculo e mal-iluminado quarto.Amaya estava ajoelhada em um canto e de costas para a porta, com calma a mulher dobrava as roupas e colocava-as na mochila cuidadosamente. Ela virou-se com um sorriso amável.- Vá na frente Lucy-chan. - E Acenou com a mão. - Vou terminar de arrumar estas roupas e mal termino, irei jantar. - A loira voltou a virar-se para arrumar a bolsa, lenta e silenciosamente guardou a kunai que sacara em reflexo.- Okey dokeeeeei. - A criança acenou um rápido “tchau” e atou-se a correr alegre como sempre.A mulher suspirou fundo e remexeu dentro da bolsa até encontrar seu medalhão dourado, aquele cujos arranhões escreviam a longa história shinobi que ambos, ele e ela, trilharam durante todos estes anos.- Espere por mim só mais um pouco… -O aquecedor no canto da sala rangia insistentemente e criava quase uma melodia em seu ritmo imperfeito, sim, estava trabalhando mais que o normal naquele inverno rigoroso.A garota usava sob seu kimono rosa todo o equipamento shinobi que precisava para partir, e já não era sem tempo, estava há dois anos em missão agindo secretamente ali naquela vila esquecida no frio pais do ferro. Gostava do local, o modo como as pessoas tratavam umas as outras e como conseguiam sobreviver naquele clima frio e inóspito. Seu avô tinha mandado-a oficialmente em missão para averiguar uma possível rota de fuga de inimigos de kiri, apesar de se sentir esquecida em meio aquele fim de mundo, sabia que tudo o que fazia era para o bem de sua vila. Foi quando tudo começou.Um som cortou o silêncio, um grito? Um pranto? Aquele som partiu a alma da Kunoichi, seu coração disparou e seu instinto shinobi esfaqueou seu peito tentando avisar-lhe; Perigo!Ela levantou-se lentamente, a tensão fazia-lhe escorrer uma gota de suor pela face, sua mão deslizou até a coxa escondida pelo kimono onde residia sua arma e seus dedos envolveram com força o cabo da sua confiável faca de batalha.Os passos da moça ecoara pela casa quando ousou sair do quarto onde estava. O corredor era simples, o piso de madeira e as paredes de um material desconhecido por Amaya. Mais a frente havia uma porta fechada, o quarto de Lucy, no fim, uma passagem para a cozinha em uma porta entreaberta. Amaya caminhou em tensão e, quanto mais aproximava-se, mais percebia pequenos cacos de vidro no chão.- Então no fim foi apenas um prato quebrado. - Ela sussurrou.Abaixou-se para colher os cacos de vidro e suspirou.Ela ouviu soluços, um pranto? Olhou por entre a abertura da porta e viu Lucy encolhida em um canto da cozinha a chorar, abaixo de si, sangue em respingos e algo que mais parecia tinta negra em um rastro no chão.- Lucy-chan… - Amaya entrou no local tão lentamente quando pôde - descuidada - sequer olhou para os lados ou para trás, seus instintos shinobi alertavam-na a fugir, queria virar-se e sair correndo no meio da neve para nunca mais voltar atrás.- Amaya-nee. - Lucy olhou-a com seus olhos vermelhos de tantas lágrimas que olharam-na em uma desesperança suicida.A shinobi agachou-se para abraçar a garota, quando foi empurrada em um acesso de gritos da criança. A sua mão infantil ergueu-se em aviso e seus dedos trêmulos apontaram para algum canto além dali, atrás de Amaya…Ela virou-se trêmula, o suor escorria por seu corpo e o medo aprisionou seu coração, foi quando pensou; “porque eu estou suando? Antes de isto tudo o frio deste inverno estava quase rachando meus ossos…”. Uma massa cinza moveu-se sobre um cadáver de mulher, um humanóide? Amaya não poderia distinguir, porém o calor que emanava era proporcional à quantidade de músculos de suas costas curvadas e costuradas como um mosaico. A janela quebrada sobre si fazia entrar no cômodo pequenos flocos de neve junto a um poderoso vento, e ainda assim estava quente. A criatura virou-se, seus cabelos sobre a face ocultaram todo o resto se não dois minúsculos olhos, dois pequenos glóbulos negros em um brilho de agressividade e um reflexo de inteligência. Foi quando ele atacou…-x- Azura girou a maçaneta e abriu a porta. Sua mente estava vazia para os motivos de Amagi tê-lo mandado ao seu quarto para encontrar alguém, mas sentia que algo extremamente grande estava por trás de sua existência como soldado de kiri. Ele adentrou o cômodo escuro, um local simples e sem decoração. Os móveis eram quadrados e brancos e as paredes lisas sem janelas confinavam aquele duro aposento subterrâneo. O chuunin tirou o casaco e a máscara. Sentou-se na cama e pôs a mão de marionete sobre a face.- Não sabia que zumbis sentiam ressaca. - Uma voz feminina ecoou atrás do shinobi. Azura saltou em alarde, seu principal objetivo era esconder sua face, ele criou sobre si uma máscara de um vidro azul escuríssimo e em sua mão uma katana de mesma cor que sem espera alguma dirigiu-se ao pescoço desprotegido de quem acabara de falar. Azura hesitou.- Quem é você? - Ele perguntou inexpressivo.Amaya suava ao sentir o fio da espada de vidro em seu pescoço. Ela deixou cair uma mecha loira sobre sua face tensa e tentou sorrir o mais sexy possível, o que resultou em uma expressão sinistra.- Sou Amaya, sua nova companheira de quarto. - Ela disse. - Amagi-sama não disse que estaria aqui?O rapaz suspirou, recuou a lâmina e deu alguns passos para trás.- Desde quando você está aqui? - Azura reparou que a rapariga estava deitada a vontade em sua cama e aparentemente acabara de acordar.- Desde manhã cedo. Devo ter chegado pouco depois de teres saido para os treinos diários. - Ela disse arrumando os cabelos e se espreguiçando.- Entendo, então imagino que já tenha aproveitado o bastante. Saia. - Ele apontou outra vez a lâmina para ela.- Hmm. - Ela soou pensativa. - Eu estou cansada, não aproveitei não, eu vou só dor… - E desmaiou em um sono profundo sem sequer terminar de falar.Azura ficou lá, estático, ignorado e profundamente pensativo. Sua falta de emoção o impedia de sentir raiva ou prazer naquela situação, mas não podia deixar de perceber em si um certo incômodo. “Será que sentir-se revoltado é assim?” Ele pensou.Seus passos apressados levaram-no ao escritório de Amagi, o seu mestre.- O que faz aqui, criança? Pensei ter mandado você se recolher. - Ele olhou sobre os óculos enquanto estudava uma papelada em sua mesa.- Meu senhor. - Azura ajoelhou-se. - Perdoe-me desacatar suas ordens.- Prossiga.- Creio que há algum mal entendido. - Azura murmurou.- Soldado. Entenda. Você não foi criado para crer em nada a não ser a mim. - Amagi falou tão calmo que surpreendeu até Azura. Ele pôs a mão ao lado dos papeis e começou a bater as unhas na madeira negra em um ritmo desordenado. - Prossiga.- A mulher em meu cômodo apenas dorme, meu senhor, acredito que não haja necessidade de tê-la ali comigo.Amagi parou de bater as unhas na mesa. Ele puxou um charuto do bolso interior de seu sobretudo impecável junto de uma estranha ferramenta para cortar a ponta. Ele acendeu-o com um isqueiro, deu uma longa tragada e soprou a fumaça malcheirosa.- Sente-se, soldado. - Ele tragou o charuto mais uma vez. - Há algo que quero que trabalhe e você precisará da ajuda da garota se quiser fazê-lo perfeitamente.A noite foi longa, Amagi passou horas falando sobre detalhes geográficos e sobre a história da missão a seguir. Azura ouviu atentamente e apesar de conhecer o cansaço como uma necessidade de seu corpo, não poderia simplesmente perder a atenção no que o velho homem dizia. O rapaz sentia que a sua existência inteira estava interligada com aquilo.- Então, jovem rapaz. - O homem disse ao terminar o discurso. - Preciso que faça algo para mim, algo difícil. Quero que viaje com Amaya ao pais do ferro e investigue uma vila que foi completamente destruída a dois dias atrás.- Entendo senhor. - Azura levantou-se. - E quem são nossos inimigos?- Inimigos? - Ele desenhou um sorriso em seu moustache. - Apenas um, e pelo visto, isso será mais uma caçada do que uma batalha! E Fique atento, pois nesta caçada as presas serão vocês… |
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Moderador | Konoha
Sexo : Idade : 26 Localização : Não olhes para trás neste momento... Número de Mensagens : 1776
Registo Ninja Nome: Uchiha Takeshi Ryo (dinheiro): 630 + vale de 200ryos na loja de armas Total de Habilitações: 257,5 | Assunto: Re: Filler 23 - Prelúdios I - Infortúnios e Bastardos Seg 19 Ago 2013 - 21:53 | |
| Que filler tão fixe. Gostei muito Dorou. Não tenho acompanhado a sua saga, mas já me arrependi. A partir de agora terás mais um seguidor. Continua! PS: Não sabia que era possível criar personagens Edo Tensei.... isso é muito..... interessante KEEP GOING! |
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Administrador | Iwa
Sexo : Idade : 36 Localização : Em algum lugar de lugar nenhum Número de Mensagens : 3387
Registo Ninja Nome: Kyo Kusanagi Ryo (dinheiro): 14350 Total de Habilitações: 733,75 | Assunto: Re: Filler 23 - Prelúdios I - Infortúnios e Bastardos Seg 19 Ago 2013 - 22:55 | |
| Fiquei um pouco de dúvida se a primeira parte aconteceu antes ou depois da segunda. Ainda tenho que me acostumar com seu char, afinal tirando seu duelo contra o Katsu nunca havia lido nada seu. Ao poucos creio que vou me acostumar com os nomes e entender melhor a historia como o seu char. Mas deixou algo bem curioso, quem ou o que é aquela criatura? Que tipo de missão onde vocês serão as presas? Continua que está interessante, espero que consigo terminar essa historia. Força irmão |
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Administrador | Kiri
Sexo : Idade : 28 Localização : Belem/ Pa - Brasil Número de Mensagens : 3178
Registo Ninja Nome: Azura Inugami Ryo (dinheiro): 4965 Total de Habilitações: 502,25 | Assunto: Re: Filler 23 - Prelúdios I - Infortúnios e Bastardos Seg 19 Ago 2013 - 23:35 | |
| A priimeira parte aconteceu antes Foi erro meu não dar a entender isso Obrigado pelo comentário bruno e rich |
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| Assunto: Re: Filler 23 - Prelúdios I - Infortúnios e Bastardos | |
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