Redeshan já se encontrava no campo de treino juntamente com seu avô, Zuroshi, prontos para mais uma sessão.
- Sabes o que tens a fazer. – Falou o velho.
Acendo afirmativamente a cabeça, o jovem começou a correr para as árvores mais próximas. Quando já estava perto destas, atingiu a sua velocidade máxima e segundos depois embrenhou pela floresta como uma bala a passar por entre as folhas. Como ia muito rápido por pouco não ia batendo contra um tronco, mas desviou-se escapando por milímetros. Ainda não tinha tido tempo para festejar e já estava outra árvore mesmo a sua frente. Então o rapaz foi obrigado a reduzir a velocidade para poder se desviar. E então mantendo uma velocidade moderada para poder se movimentar sem dificuldade por entre as árvores e também não se cansar muito, o rapaz foi correndo pela floresta fora. Ao fim de alguns minutos o rapaz já se sentia cansado e com falta de ar nos pulmões portanto foi obrigado a parar.
Num andar apressado o rapaz saiu da floresta e foi ter com seu avô, que estava sentado no chão a meditar “ou assim parecido” pensou o gennin. De repente o velho começou a falar, mas nem por isso abrira os olhos.
- Redeshan vou agora induzir-te num Genjutsu. A tua tarefa é conseguires desfazê lo. – E com isto Zuroshi começou a executar uma sequência de selos, quando acabou abriu os olhos ferozmente para o seu neto. No segundo seguinte uma cortina de folhas começou a rodopiar a sua volta tapando-lhe totalmente a visão. Para alívio do rapaz, que se começava a sentir inseguro, estas folhas caíram pouco tempo depois recuperando assim a sua visão e notou que esteja de novo no campo de treino. Apesar disso havia algo de estranho, o seu avô não estava ali, “Aonde é que foi aquele velhote?” pensou intrigado o jovem. Como que respondendo a sua pergunta o avô chamou-o.
- Rede…shan. – A voz vinha de trás, mas parecia diferente estava frágil, mais abatida e rouca, parecia até que tinha dificuldade em falar. Automaticamente o gennin virou-se e olhou com horror para a imagem na sua frente. A poucos metros dele estava Zuroshi deitado de costas gravemente ferido. Havia kunais espetadas por todo seu o corpo, também tinha golpes profundos na barriga e estava manchado de sangue. Ao seu lado começava a formar-se uma poça de sangue e Redeshan paralisou completamente com aquela imagem. Nunca antes tinha visto ninguém numa situação daquelas, não sabia que fazer. Estava a entrar em pânico!
A cortina de folhas voltou a rodeá-lo e mais uma vez desapareceu revelando o campo de treino.
- Redeshan! – Ouviu uma voz autoritária vinda de trás que o assustou virando-se para ela. Zuroshi estava sentado à sua frente a observa-lo.
- Avô! A… você estava… a… - Começou por dizer mas engasgou-se pelo meio.
- Pensa! Pensa rapaz! – Disse o avô zangado.
O rapaz puxou pela memória e lembrou-se de ver o velho esvairado em sangue. Tentando lembrar-se do que acontecera antes disso recordou-se de ouvir o seu ascendente dizer que o induziria num Genjutsu e logo depois a cortina de folhas começou a rodeá-lo. Levou a mão a cabeça “GOD! Sou tão burro!” pensou zangado consigo mesmo. O velho pareceu ficar mais contente com isso.
- Pelo menos descobriste por ti… - Disse o avô parecendo ate mesmo aliviado. – Redeshan! Vou pôr-te novamente no genjutsu! Espero que te saias melhor desta vez. – Com isto fechou os olhos e mais uma vez começou a executar os selos, e quando acabou abriu os olhos na direção de seu neto. No instante seguinte a mesma cortina de solhas rodeou-o, enquanto isso o jovem pensava repetidamente “só Genjutsu, só Genjutsu…”. As folhas desapareceram e segundos depois o gennin viu o seu velhote estendido no chão coberto de golpes e sangue. Tendo esquecer aquela visão o jovem virou-se e pensou no método que se usava para quebrar genjutsus. Quando se lembrou começou por abrandar o seu fluxo d chakra até o suster completamente. O rapaz ficou com o fluxo interrompido durante um ou dois segundos e depois libertou-o, fazendo-o correr velozmente pelo corpo todo. Estava a espera que a ilusão passasse, mas em vez disso o Zuroshi ferido continuava ali. De repente o jovem sentiu algo e a ilusão desfez-se.
O avô estava ali ao seu lado com uma mão sobre o ombro do neto, enquanto o olhava com um sorriso.
- Muito bem Redeshan! Só não conseguiste desfazer o Genjutsu porque eu tenho um maior controlo de chakra do que tu, ou seja, tens que treinar! Só se quiseres ultrapassar aqui o velhote é claro. – Disse ele brincando com o jovem. - Mostra-me agora os jutsus que aprendeste na Academia. – Falou com a sua voz rígida novamente. Assim sendo o jovem afastou-se e começou por pensar no que tinha aprendido nas aulas. Depois de se lembrar de um jutsu o jovem executou-o.
- Bunshin – Disse depois de concentrar chakra e executar o selo necessário, mas ao mesmo tempo sentiu uma quebra de energia como se tivesse corrido um outro tanto do que fizera há minutos. Ao mesmo tempo um clone do gennin surgiu ao seu lado. Eram exatamente iguais e como estavam um ao lado do outro era impossível distinguir o verdadeiro. A única diferença era que o clone não tinha sombra, mas como em Kirigakure paira uma nevoa constante as sombras não são muito visíveis e por isso se o clone fosse visto pela rua fora era facilmente confundido com o verdadeiro.
O velho olhou para o clone durante alguns segundos, depois abanou a cabeça afirmativamente e logo de seguida o gennin desfê-lo. - Que mais aprendeste? – Perguntou ele.
Sem demora o jovem começou a concentrar o seu chakra, enquanto analisava detalhadamente a pessoa a sua frente, quando havia concentrado a quantidade necessária o jovem libertou-o executando o selo necessário à técnica e dizendo:
- Henge! – Depois de uma nuvem branca se dissipar, no local onde estava Redeshan surgiu um Zuroshi. Estes olharam-se durante algum tempo, até o verdadeiro ter dito:
- Quase perfeita a transformação não fosse a queimadura que eu ontem fiz no dedo. Todos os pormenores contam rapaz. – Disse ele amavelmente. – Aprendeste mais alguma coisa?
- Sim. – Com isto o rapaz dirigiu-se outra vez às árvores ali próximas e parou junto de uma delas. De seguida começou a concentrar chakra, que nesta altura já começava a ser pouco, na sola dos pés. Depois de estar seguro da quantidade de chakra a utilizar o rapaz colocou um pé no tronco da árvore e sentiu-o como a colar-se. Fez o mesmo com o outro pé e ficou na horizontal com as costas viradas para o chão. Era verdade que ainda não se habituara aquela posição, mas pondo isso de lado o rapaz começou a subir pelo tronco da árvore. Podia parecer fácil, mas na verdade não era, porque tinha que estar a concentrar o chakra constantemente e se falhasse… bem ele não queria pensar naquilo. Assim foi fazendo um esforço por concentrar o chakra na quantidade correta enquanto subia cada vez mais pelo tronco. Ao fim de algum tempo estava a soar e já não estava a conseguir concentrar na quantidade correta por isso pensando que era melhor desistir, o rapaz saltou para o chão apoiando-se com uma mão quando aterrou.
Nesta altura o rapaz já estava muito cansado, tinha esgotado o seu chakra quase completamente. Ainda assim foi “a rasto” até ao seu velhote.
- Por hoje é suficiente. – Disse ele exibindo um largo sorriso.
Assunto: Treino 1 
Sex 23 Ago 2013 - 16:46
