Filler 01 - Sentimentos.

F01 - Sentimentos

Saga: A renovação da alma.

O sol estava no topo do céu, brilhando intensamente, quando Kiyoto resolveu acordar. O ruivo não tinha o costume de dormir até tarde, mas com a noite difícil que tivera precisou descansar mais do que o normal. Seus pesadelos voltavam a lhe assombrar, a causar pânico e medo, e ninguém normal conseguiria dormir bem com pensamentos que mexessem com o lado ruim de sua mente. Ki, como geralmente é chamado pelos mais próximos, levou a mão direita até o rosto para afastar o cabelo dos olhos, sua expressão de exaustão mostrava que ele não sentia a mínima vontade nem de sair de sua cama naquele dia.
Após alguns minutos de luta com ele mesmo o ruivo decidiu levantar-se, correu os pés pelo chão próximo a sua cama na esperança de encontrar seus chinelos, mas não achou nada e não teve vontade de olhar se estariam embaixo de sua cama. Colocou-se de pé, ainda descalço, e cambaleou até a porta. Ao sair do quarto olhou pelo corredor em frente e notou que a porta do quarto de seus avós permanecia fechada, o que era estranho, pois geralmente quando eles saiam do quarto a porta sempre permanecia aberta, como um sinal para que Ki soubesse que eles já tinham acordado. Assim que se aproximou da porta ele levou a mão até a maçaneta e abriu, não tinha ninguém dentro do quarto, estava tudo arrumado e em seus lugares, mas ninguém estava lá.

– Acho que eles devem estar lá em baixo, na cozinha. – Disse o Kumonin sonolento, e logo em seguida bocejando.

Kiyoto costuma estar alegre e animado para começar um dia novo, mas estava cansado e mal humorado naquela manhã, mas nada que a comida e algumas palavras de sua avó não mudassem, pelo menos deveriam, pois sempre que o garoto acordava desanimado algumas palavras da Senhora Murakami resolviam o problema. Mas naquele dia, para a surpresa do garoto, não tinha absolutamente ninguém em casa, ele foi até a cozinha, passou pela sala, foi até o quintal nos fundos, mas nenhum sinal de seus avós. Eles devem ter ido no mercado comprar algo para comermos, pensou o jovem tentando se conformar que estaria tudo bem com seus avós.
O ruivo é bastante protetor com seus avós, odeia quando eles saem e ele não faz a mínima ideia pra onde foram, o garoto imagina o pior, afinal seu pai foi embora e sua mãe morrera a alguns anos, ele só tinha aqueles dois velhotes, como ele carinhosamente os chama, e não quer perde-los tão cedo. O rapaz decidiu tentar tirar as ideia bobas de sua cabeça, queria deixar de pensar coisas ruins e mentalizar apenas o positivo, para isso resolveu tomar um banho para relaxar.

– Isso estava ótimo. – Comentou o rapaz com ele mesmo após sair do banho quente.

Apesar do belo sol brilhando no céu o local era frio, as nuvens faziam uma neblina na cidade, afinal a vila estava em cima de grandes montanhas o que fazia o clima estar geralmente frio. Assim que saiu do banho Kiyoto vestiu suas roupas de costume e decidiu sair para comer algo, já que sua avó não estava em casa para preparar o almoço e ele certamente estava com bastante preguiça de fazê-lo, então ele pegou sua cartei colocou em um de seus bolsos e saiu de casa.
A neblina que cobria a cidade estava mais fina, quase imperceptível, provavelmente em algumas horas já não teria mais nada. Mesmo com um pouco de frio Ki recusou-se a pegar um casaco antes de sair. Andou pela cidade um pouco, até que parou em frente a um restaurante, ficou olhando as luzes da placa chamativa, estava escrito: Masutā Gyūniku (Mestre da Carne). Aquele local era, provavelmente, a pior lembrança que ele tinha de sua infância, afinal aquele restaurante ali foi o último lugar que esteve com sua mãe antes de ela ser brutalmente assassinada. O olhar vago e distante de Kiyoto mostrava que estava se recordando do dia que marcou sua vida, lembrando quando ele e sua mãe saiam do restaurante alegre e sorridentes, falando sobre as maravilhas do mundo, sobre tudo que havia de bonito fora dos limites da vila e do próprio país do trovão. Lembrava o momento em que ele viu sua mãe ser espancada e estuprada até a morte por dois caras que jamais foram pegos por seus crimes, o sentimento de ódio, dor e vingança preenchiam o coração dele naquele momento, ele serrou os punhos, seus olhos encheram-se de lagrimas.

– Então está ai né? – Falou uma voz feminina aparentemente cansada, uma jovem de cabelos negros e longos estava parada ao lado do ruivo. Ela estava ofegante.

– O que faz aqui Kaori? – Perguntou Ki enquanto enxugava as lagrimas no rosto tentava tirar a tensão dos ombros.

– Fui até sua casa e sua avó disse que não estava lá, então pensei em te procurar, fui em todos os lugares possíveis, até que lembrei que você morava por aqui a alguns anos. – A garota falou tão rápido que o rapaz demorou um pouco para assimilar tudo que ela tinha acabado de dizer, e então processar um resposta para tudo aquilo.

– Então meus avós já estão em casa? – Perguntou o ruivo.

– Sim. – Respondeu a garota, mas ela estava um pouco irritada por ela ter falado tanta coisa e Kiyoto parecer nem ter prestado atenção no que dissera. – E pediram para que você não voltasse tarde para casa.

– Na verdade estou indo agora, eu sai para procurar algo para comer, mas perdi o apetite. – Disse o rapaz dando as costas para a jovem e começando a andar.

– Não pode lamentar-se para sempre Ki, sei que sente falta dela, afinal ela era sua mãe, mas tenho certeza que ela não iria querer ver você assim. – Se Kaori queria chamar a atenção de Ki, ela tinha conseguido, o rapaz parou repentinamente e ficou a ouvir o que a jovem dizia. – Você sempre esteve feliz, você sempre ajudou os outros, mas ultimamente você tem estado amargo, você tem deixado de ser você Ki, para se tornar algo ruim.

O silencio prevaleceu entre os dois por alguns instantes, Kaori olhava para Kiyoto com um olhar triste, como quem sente falta. Ki por sua vez estava com o seu olhar pensativo e vazio.

– Cale-se e ande, não quero que o almoço da vovó esfrie. – Disse Ki mais animado, a expressão triste abandonara o seu rosto, ele tinha um sorriso de canto de boca e um olhar vivo e alegre.

– Esse sim é o Ki que eu conheço. – Falou Kaori apressando o passo para acompanhar o ruivo.

Ambos prosseguiram andando pelo caminho por onde Ki tinha vindo, estavam jogando conversa fora, falando bobagens e rindo, como sempre faziam quando estavam juntos.
Yamada Kaori é uma gennin de Kumo assim como Ki, mas também é a melhor amiga do rapaz, eles se conhecem desde bem pequenos, e sempre se deram bem, ambos são apaixonados um pelo outro, só que nenhum deles disse nada ainda e ambos tem medo de não serem correspondidos. O fato de Kiyoto gostar de Kaori faz com que qualquer coisa que ela faça para tentar alegra-lo funcione, ela funciona como um canalizador de coisas boas para ele, ela é quem mantem o ruivo alegre e divertido como ele é.
Não demorou muito para que chegassem na casa Ki, ambos adentraram a casa, Ki entrou tão rápido que sua avó tomou um susto ao ver o rapaz correndo em sua direção, ele entrou e deu um abraço em sua avó, notou seu avó sentado à mesa e também foi cumprimentá-lo com um abraço forte.

– Vocês dois. Sempre me deixando preocupado. – Falou Ki ao sentar-se na mesa com seus avós.

– Você se preocupa de mais garoto, fique tranquilo eu e sua avó sabemos nos cuidar. – Retrucou o senhor sentado ao lado direito de Ki na mesa.

– Seu avô está certo Ki. – Concordou a senhora.

– Tanto faz, o que importa é que estão bem e que é hora de comermos. – Disse Ki abrindo um enorme sorriso e dando uma pequena gargalhada abafada.

Após todos estarem sentado à mesa, inclusive Kaori que ficou para almoçar junto a eles, a comida foi servida, tinha muitas coisas que Ki gostava, principalmente carne. Assim que o almoço terminou Ki e Kaori se ofereceram para lavar a louça e deixar que Shina, avó de Ki, descansasse um pouco. Os dois dividiram as tarefas, enquanto um lavava o outro secava e guardava. Eles ficaram alguns minutos arrumando tudo e conversando, estavam toda hora contando piadas e rindo de coisas bobas que aconteceram no passado, sem tocar em assuntos trágicos. Quando terminaram de arrumar tudo estavam rindo muito e seguindo para a porta de saída da casa.

– Bem, vou indo, meus pais devem estar se perguntando o por que eu não almocei em casa. – Disse a morena parando do lado de fora da casa e virando-se para seu amigo.

– Tudo bem. Eu preciso arrumar meu quarto, aquilo está uma bagunça. – Falou o ruivo.

– Me diz uma novidade. – Riu a jovem de seu sarcasmo. – Até logo Ki. – Despediu-se do ruivo e foi embora.

O garoto apenas riu e acenou, ficou parado na porta observando Kaori sumir em meio as pessoas na rua, então virou-se e voltou para dentro de sua casa. Após fechar a porta o jovem decidiu ir para o quarto e tentar arrumar as coisas por lá.

Foi um bom filler de apresentação, apesar de que sua grande breve historia já havia contado boa parte do passado do garoto. Nesse s conseguiu ver um jovem que morre de amores pelos Avós e por uma jovem kunoichi. Ainda está muito cedo para captar o que realmente pretende criar para a historia desse novo char, por isso estarei a espera dos próximos para descobrir qual a trama que pretende criar para sua historia.

Força na Historia irmão. Filler 01 - Sentimentos. 906945

Obrigado Bruno. Eu quis enfatizar o amor pelos avós, que são a "única" familia que lhe resta, e pela Kaori, pois ela sempre esteve com ele desde pequenos.
E sobre a Breve Historia acho que poucos terão paciência para ler ela toda, ainda mais no meu registo ninja, ai eu estava pensando em posta-la em um tópico só para quem tiver interesse ler com mais conforto.

faço minhas as palavras do bruno

Para um filler de apresentação, está ótimo

apesar de eu achar a kaori deveras simpática, tenho um mau pressentimento em relação a ela

Agora sobre a escrita, tenho três pontos a ressaltar; O tempo verbal, não é recomendado ficar misturando passado e presente assim, isso incomoda e causa alguma incoerencia as vezes

Toma cuidado com isso. A falta de palavras, nao é algo grande, mas as vezes tu engoles algumas palavras

Mas nada que comprometa o entendimento. A repetição de palavras D: você repete muito o "ele", "ela" e "Avó"

Usa algum substantivo pra ajudar nisso ai

Mas por outro lado, gostei bastante do teu uso de vírgulas e da naturalidade dos fatos

assim, tu não ficas preso demais a algumas cenas, elas fluem, e isso é bem agradável de se ler

Parabéns!

Um bom Filler para apresentar a pacata vida de um Gennin de Kumogakure. Representaste bem a marca que a morte da mãe lhe deixou, tal marca que é apaziguada pelo constante amor e carinho que recebe da sua melhor amiga e amada, da avó e do avô.

Escreves bem, apesar de notar que não usas as vírgulas assim tão bem quanto o meu caro sócio Azura diz. Muitas das vírgulas deveriam ser substituídas por pontos finais, para uma melhor separação de ações e pensamentos. De resto, não estás mal.

Continua ^^

Obrigado pelas criticas! Tentarei melhorar.

Obrigado também por lerem!

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