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O céu estava começando a ficar limpo e o sol saia de seu esconderijo que era por de traz das nuvens, se via alguns pássaros a voar pelo céu já mostrando que a tempestade já havia passado. Por causa dela tivemos que passar mais um dia na vila antes de partimos novamente em viagem. A tempestade lá fora poderia já ter acabado, mas a da minha cabeça ainda estava a relampear muito. Principalmente depois que abri aquela caixa e li o que estava escrito no pedaço de papel que se encontrava dentro dela, palavras às quais só me fizeram aumentar ainda mais as minhas angustias.
 
“Na minha volta da missão estávamos passando pelo o rio que rodeia a vila de Iwa, rio que a sua margem vive várias pequenas aldeias. Em uma delas, a qual seu o nome era Yumi, encontramos algo muito estranho, melhor dizendo, não encontramos nada. A pequena aldeia havia desaparecido e tudo que restava era sinal de destruição, não conseguimos encontrar ninguém vivo para nos contar o que aconteceu, mas era notório ver que o que havia acontecido ali tinha acontecido há pouco tempo, pois as crateras do lugar estavam ainda quentes. Meu capitão ficou assustado ao ver aquilo, pois ele só havia conhecido três pessoas que poderiam ter feito aquilo e ambas estavam consideradas mortas. Falou que a aquilo eram vestígios do elemento Jinton, mas que só poderia suspeitar e não dar certeza, pois pode ser também um usuário de Bakuton. Só que essa hipótese foi mostrada estar errada quando um homem se mostrou ali perto. Apresentamos-nos para ele como shinobis de Iwa e ele começou a correr e por isso nós os seguimos, foi quando ele mostrou para nós um poder que se fazia um tempo que não era visto, ele usou o elemento Jinton. Criando uma grande lâmina branca que cortou um pedaço da montanha a qual começou a cair  sobre nós, conseguindo assim escapar.”
 
Esse papel era uma parte do relatório que Mai havia feito ao final de sua missão, nesse relatório ela contava que se encontrou com um usuário de Jinton. Isso confirmava o que Konan havia me falado, agora fico a me perguntar se ele também falou a verdade sobre todo o resto, fato que está a mexer muito com a minha cabeça. Eram palavras duras para mim, pois agora sei que além de ter sido minha culpa que Anya morreu, também levei à morte todas as pessoas daquela pequena aldeia que me acolheu tão bem. Tinha que conviver com o peso de cem mortes de inocentes almas por não seguir meu caminho shinobi, só para eu ter as noites de prazer com uma garota a qual me apaixonei. Alguns poderiam falar que o certo é seguir o coração e o amor vale mais que tudo, só que seguir esse amor causou a morte dela e das outras pessoas mostrando que até aquela escolha de mais pura bondade pode levar ao resultado ruim.
 
- Está tudo bem Kusanagi-san? _ perguntava Elinor ao se aproximar de mim.
 
- Só estou um pouco cansado da viagem, pois ontem à noite tive que ficar de vigia e não dormi direito. _ respondi tentando não demonstrar preocupação _ Não é sensato ficarmos aqui por muito tempo, temos que chegar logo ao País do Jardim e falta poucos dias para isso. Temos que entregar as delicadas flores cheirosas ao seu jardim.
 
- Essa família está longe de ser uma flor delicada, ela tem muitos espinhos e seus esporos exalam veneno camuflado de perfume. O maior risco não é o que vem de fora, mas sim o que vem de dentro. _ a resposta da Aia foi inesperada e acaba me deixando sem palavras. Em seus olhos vi o que parecia ser ódio, será que essa menina tem algum problema com os Tyrell? Se isso fosse verdade poderia a usar para confirmar tudo o que o homem havia me falado.
 
- Eu sei como se sente Elinor-chan, também venho de uma família de nobres e sei como eles são pessoas de difícil convívio. Falo por experiência com meus tios e primos. Só que basta ignora-los que tudo ficará bem. _ tento não ser direto, mas deixar algo no ar para vê se consigo captar alguma coisa. Afinal estou mexendo em casa de abelha, se não tiver cuidado posso ser ataco por um enxame.
 
- Meu pai foi fiel a eles por toda sua vida, por culpa dessa lealdade ele acabou morrendo. O pior de tudo que eles sabem quem o matou e não fizeram nada contra isso. Um homem que dedicou mais de trinta anos a uma família e morre por ela, a única gratidão foi me deixar como Aia falando que iria cuidar de mim. Enquanto isso o assassino do meu pai está aí vivo e não fazem nada para ele pagar por isso. _ devia ser um fato muito forte para ela desabafar isso comigo, tão forte que consigo ver em seus olhos o grande rancor. Fato que poderia muito bem usar ao meu favor.
 
- Sei como você se sente. Também perdi alguém muito importante para mim, isso me consome até hoje. _ não era mentira o que estava a falar, mas iria usar minha dor para conseguir trazer ela para meu lado. Se ela entendesse que sou como ela talvez me ajudasse.
 
- Você conseguiu pegar a pessoa que tirou essa pessoa de sua vida? _ ela se mostrou interessada, pelo jeito estou indo pelo caminho certo para conquistá-la para mim.
 
- A principio pensei que tinha o matado, mas agora descubro que pode ser algo maior do que apenas um homem. O problema é que não tenho certeza das informações que tive, apesar de que com uma ajuda de dentro poderia ter certeza disso. _ espero que não tenha sido muito direto e que esteja jogando com as peças certas.
 
Creio que ela percebeu a minha indireta já que olha para mim de uma forma diferente, agora seria tudo ou nada. Ela tem algum rancor sobre os Tyrell, vi isso em seus olhos durante nossa conversa, além de seu tom de voz mudou quando começou a falar deles. Já tinha dado o primeiro passo e não poderia recuar, ela seria uma informante perfeita já que os servos costumam escutar quase tudo que acontece na casa de seus senhores. Ficamos a nos encarar por alguns momentos e percebi que ela não recuou em nenhum momento, será que ela só estava a esperar eu dizer algo? Tinha que ir em frente e ver até onde isso iria dar.
 
- Sabia que poderíamos nos ajudar um ao outro Elinor-chan? Talvez não pareça, mas sou um grande shinobi da minha vila e possuo excelentes habilidades. Esse foi um dos motivos de a Kage ter nos colocado nessa missão tão importante. Poderia lhe ajudar a achar o assassino do seu pai, assim como você poderia me ajudar a descobrir toda a verdade que tem escondido entre as pétalas dos herdeiros de lótus. _ foi um tiro único e direto o que acabo de fazer.
 
Tinha que ser rápido já que depois de chegar à terra natal dos Tyrell perderia a minha grande chance de saber a verdade. Além do mais a Liga das Sombras está a nos vigiar, se eu não agisse logo eram eles que iriam agir. Eles eram perigosos e se por acaso eles atacassem poderia acabar matando o Sensei e a Yabuki. Não poderia deixar isso acontecer já que é minha responsabilidade, pois eu já sei deles e seria mais mortes por causa de eu não fazer direito o meu trabalho. Por isso tinha que ser o mais rápido possível e tinha pouco tempo para descobrir a verdade e agir.
 
- Então? Qual é a sua resposta? _ pressiono ela a dar-me uma resposta, pego na sua mão e olho em seus olhos e vou aproximando meu rosto do seu rosto _ Você sabe como eu me sinto, pois me sinto como você. Nós dois estamos sendo consumidos por esse ódio, senão fizermos nada agora poderá ser tarde demais e teríamos que aprender a viver com todo esse rancor dentro de nós. Por isso estou aqui a pedir a sua ajuda e oferecendo a minha para você.
 
Vejo que ela está balançada e não sabe muito bem o que fazer. Continuo a me aproximar dela até que meus lábios vão de encontro com os dela. Durante alguns segundos nossa bocas eram apenas uma, assim como sua língua vai ao encontro da minha, minha língua vai ao encontro da dela. Sinto seu corpo quente e seus seios fartos e macios a pressionar meu peito, nossos olhos se mantinham fechados e estávamos há aproveitar esse instante. Até que uma hora ela recuou e colocou a mão na boca, conseguia ver em seu rosto assustado que estava perdida e não sabia o que fazer.
 
- Desculpa Kusanagi-san, mas tenho que ir. _ dizia ela antes de correr sem me dar uma resposta.
 
Agora a sorte estava lançada, em pouco tempo iria descobrir a situação que estava. Poderia descobrir a verdade com as informações de uma nova aliada, como também poderia ser dado como um infrator caso ela contasse a senhora Ollena o que havia peço a ela. Não podia fazer mais nada e agora bastava apenas esperar e torcer por ter feito a aposta correta.

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Ui, então o Kyo aproveita-se do seu lado charmoso para arranjar uma ótima aliada que lhe forneça todas as informações que precisa, ou ele até sente qualquer coisa por ela? Acho que só está a pensar na missão, sinceramente, visto que a morte da antiga amada ainda o vai afetando. Bem, ele que aproveite o comboio e se vá divertindo, carpe diem, meu caro, devia ter aprendido isso com o Katsu ahah.

ótimo Filler, estás a criar uma ótima história que devia ser lida por muita mais gente. Continua, mesmo assim!

Quero a recompensa! brincadeiras a parte.

Kyo o filler foi ótimo so detectei dois erros de ortografia mais nada que atrapalhe a leitura.

Como sempre Kyo arrasando corações, não que é uma boa idéia ter a rameira como informante pois ja tenho um teoria sobre o pai dela...

Well continua cara

Eu particularmente gosto de analogias com o tempo. Já me ganhou no início, haha!
Mas olha só o que temos aqui, um Kyo jogador. Não há como ser melhor que isso, sem dúvidas. Qualquer filler que mostre essa coisa pensada e planejada merece receber atenção especial.
Em uma passagem, o Kyo me lembrou O Rei que Perdeu o Norte na cama, gostei bastante!

Well, vamos ao próximo!