Administrador | Kiri
Sexo : Idade : 28 Localização : Belem/ Pa - Brasil Número de Mensagens : 3178
Registo Ninja Nome: Azura Inugami Ryo (dinheiro): 4965 Total de Habilitações: 502,25 | Assunto: Filler 27 - Hiato - Uma folha Seg 6 Jan 2014 - 18:29 | |
| Anteriormente...- Spoiler:
Porém a porta abriu, algo inesperado, fora dos cálculos. Amagi estava lá. O mestre do seu juramento, o dono de suas ações, aquela cobra que o reviveu. O velho cumprimentou os presentes, deu a volta na sala e se pôs na frente da janela, olhando o céu. Seu objetivo era um enigma, mas Azura não ousava interpretá-lo.
- Azura. - O velho parecia ter a garganta seca. - Conte ao nossos convidados a sua história. Diga-os o que você é e apresente-os nosso inimigo. Creio que precisaremos de toda a ajuda possível a partir de agora, pois estamos em uma guerra.
- Hiato - Uma folha... - Minha pele é quebradiça. As órbitas dos meus olhos são negras e meu corpo sente frio constantemente, como se estivesse a todo momento a beira da morte. - Ele falou. Não conseguia mover seu corpo, apenas sua cabeça ao longo do travesseiro. - Eu não lembro de nada antes… Disso. - Azura completou com a face inexpressiva.Angelus sentou-se num sofá, estava sério, mais sério que nunca.- Azura foi criado para ser o soldado perfeito. Sem sentimentos, sem reclamações, sem piedade… - Amagi falou, saindo da frente da janela e olhando a todos na sala.Zef tinha os braços cruzados e apoiava-se na parede, refletindo.- Azura, mostre-o. - O velho mencionou com a mão e em resposta o ruivo moveu o braço com dificuldade, levantou a camisa azul-claro até o nível do peito e descansou.Angelus assustou-se, Zef olhou incrédulo. Uma cicatriz profunda adornava o peito do rapaz, como um risco negro recém soldado.- Seu peito foi aberto e um selo foi criado diretamente no coração dele, uma espécie de selo que força seu coração a bater. - Amagi estava sério. - E este selo é alimentado unicamente por chakra. - O homem esboçou um sorriso em seu moustache perfeito. - Não é incrível?Angelus levantou-se de súbito e caminhou a passos largos apenas para segurar o ancião pela gola do manto azul que o cobria.- Que tipo de monstro é você?! - Ele falou alto e em sua voz todos ali perceberam um tom de raiva. - Como ousa brincar com a morte assim! Seu covar-- Azura não é! - O velho iniciou seu discurso. - Não é trabalho meu!Naquele momento o ruivo teve sua atenção atraída. Seu corpo era fraco, sua mente pedia para que ele dormisse, mas o interesse crescia dentro de si.- Aotsuki trabalhou dentro de kiri. - Ele engoliu em seco. - A organização nasceu dentro desta vila, entre nossos cientistas… E Azura, senhores, é o fruto do seu trabalho!Angelus soltou o homem devagar, como quem assimilava a informação.- Nós invadimos a base subterrânea dos cientistas criminosos e matamos todos que vimos… E quando exploramos o local encontramos ele em um cápsula de resfriamento, quando o tiramos de lá, ele ainda estava vivo! Demoramos meses para estudá-lo e descobrir o porque de sua vida…- Isso explica aquelas criaturas… - Azura sussurrou. - Então Que— Ugh! - O ruivo foi interrompido por uma crise de tosse, seus lábios encheram-se de sangue, e o líquido vermelho escorreu também de eu olho direito.Azura desmaiou.- O que diabos está acontecendo com ele?! - Zef se manifestou, ele saiu de seu estado de reflexão e correu para o lado do sensei. - O pulso está ficando menor!Angelus também agiu, ele deixou o velho de lado para checar os batimentos do rapaz.- Ele está morrendo…- Sério? Isso foi uma piada? - Zef retrucou.- Ele está no seu limite, este momento já era esperado. - O velho Amagi arrumou a roupa sobre o corpo. - O selo é alimentado por chakra, e seu chakra é provido por seu corpo único… Ele perdeu sangue demais, seu corpo está fraco, seu chakra está fraco... - Deu passos até a porta e parou frente a mesma. - Apenas deixem-no, ele morrerá em alguns minutos.- Impossível! Eu vou levá-lo para konoha e tratá-lo. - O jounnin de konoha falou.- É inútil! - O homem permaneceu estático, olhando a porta. - Ele não pode ser salvo por nenhum procedimento médico, ele precisa de sangue…- Então tome! - Zef chamou a atenção do velho e atraiu seu olhar. - Se é sangue que quer. Sangue terá. - O high gennin esticou o braço e descobriu as bandagens que cobriam a articulação.Amagi sorriu, mas não comovido com a cena, e sim divertido com a situação.- Seus sangues não são compatíveis, mas não se preocupem, crianças. - O velho abriu a porta e antes de sair, olhou-os sobre o ombro. - Ja está tudo arranjado. Nosso amigo não vai morrer assim, eu ainda tenho planos para ele… Só espero que não vão embora, a próxima hora será decisiva para a sua sobrevivência… E para a nossa.. . . - Citação :
- É escuro. Frio.
Meus pés estão sob uma massa tangível. Como sangue. Estou nu? Não importa. Dor, dói, meu peito dói. Não há horizonte, não consigo ver além daquela colina negra, porém o céu também é negro. Estou num deserto? Porque o chão está negro? Eu não sinto nada. Meus pensamentos… São minha realidade… O mundo muda, distorce e modela… Eu estou em um quarto, uma sala de jantar? Sim sim, é uma sala de jantar. Ha pessoas sorrindo felizes, uma mesa de madeira, uma lareira, amor. O que é amor? Alguém está entrando pela porta, as pessoas daquela sala assustam-se. Porque não ouço suas vozes? A mulher agarra a criança, sua filha, e a abraça. O homem que entrou por último é ruivo, não vejo sua face. O primeiro a morrer é o mais velho. Um corte limpo o fez cair sem vida no chão, o assassino é profissional. Logo depois foi o mais novo, parecia ser um político, ele morreu diferente. Pego tentando fugir… A mulher e a criança estão num canto da sala, de pé, chorando. Ouço soluços, mas não ouço gritos. Porque elas suplicam? Porque querem viver? A morte é tão quente, tão… Confortável… A mulher abriu os braços na frente da criança tentando defendê-la, ela está falando coisas, muitas coisas, mas eu não ouço, ouço apenas soluços. A espada cortou a garganta da mulher rapidamente, ela cai e tenta cobrir o ferimento, mas morre segundos depois. A criança chora, tenta espremer-se contra a parede como se pudesse atravessá-la. O assassino atravessa seu peito com a katana sem hesitar. A cena repete. De novo. De novo. Quem é o assassino? Repente novamente, mas algo surge na minha frente. Uma folha brilhante? Desde quando havia uma folha flutuando na minha frente? Os soluços ficam mais altos, eu ouço o som dos engasgos e súplicas, a criança é atingida de novo. A cena repete. Eu tento falar para o assassino parar. “Pare. Pare. Pare.” A cena repete. O som está mais alto, minha cabeça dói. Quem é o assassino? Não importa, apenas pare. Não tenho escolha, minhas mãos envolvem a folha brilhante. Ela parece mais brilhante segundos antes de ser coberta pelas minhas mãos. O brilho remanescente ilumina a face do assassino no exato momento de meu toque. O assassino sou eu. Ele sou eu. O intruso sou eu. Esta besta sou eu. Então Quem sou eu? O brilho preenche a sala. Fecho meus olhos e quando reabro, sinto algo em minhas mãos, sinto roupa em meus ombros e sinto algo em minha face. Meu dedos apertam a empunhadura da katana que atravessa o peito da criança. A cena repete, mas desta vez eu sou o assassino. Eu ouço tudo. Meu corpo se move só, contra minha vontade… Ou será que essa é minha vontade? Pare… Pare… A cena repete-se. Eu a mato novamente. Novamente. Novamente. Pare… Pare… Pare. Pare. Pare. Pare! Pare! Pare por favor! Pare! Pare! Não! Não a mate Não! Um chama acende em meu peito! Eu sinto calor subindo pela minha garganta. A primeira vez que sinto calor, e apesar de ser uma sensação nova, ainda me é familiar. Minhas mãos tremem e eu percebo que já tenho controle do meu corpo. “O que… O que eu fiz?” sussurrei incrédulo. “O que…” Minhas mãos estão sujas de sangue e a katana que atravessa o corpo da criança parece ainda mais banhada. Ela ainda não morreu, noto. Estamos próximo. Ela ergue a mão para mim e uma lágrima rola em sua face. A criança tira minha máscara, seus dedos estão mas frios que eu, porém seu toque é macio. Ela acaricia minha face. “Assassino…” E cai sob meus pés morta. Retiro a katana tão rápido quanto a pus ali e me ajoelho. Não! Não! Eu a matei! Não! O calor em meu corpo sobe, culpa, sinto a necessidade de gritar. Perdão.
O mundo muda novamente, e eu estou na imensidão negra que estive antes. As roupas vieram comigo, e com elas as lágrimas… O mundo parece pacífico, porém eu estou submetido a mesma condição inicial, e quando o mundo transforma-se novamente, eu ouço uma voz…
“Azura! Acorda! Azura!” A voz vem de todos os lados, é uma voz conhecida, e nessa imensidão de solidão é bom ouvir algo familiar. “Argh… Azura!” Eu quero ficar. Quero ver com meu novo olhar cada um dos meus pecados. Eu descobri que sou o mal. Mas não posso ignorar quem me chama, afinal, eu o conheço. Me despeço do meu mundo privado. Sinto que vou voltar para cá em outro momento, então fecho meus olhos… . . . O ruivo abriu os olhos, ainda estava atordoado, sua visão parecia clarear aos poucos e as formas definiam-se lentamente. Em meio ao caos que era sua vista, viu fumaça, escombros, corpos ao chão e kunais por todo o lado. Estava de pé sobre ruínas. Sentiu algo macio sob a mão direita, algo facilmente quebrável. Uma sensação de poder tão gigantesca que percebeu ter o mundo inteiro a seus pés, mas ainda assim aquilo não foi o suficiente para sanar seu torpor.- Ugh… Azura!O ruivo desfez o aperto da mão e olhou na direção do braço erguido. Seu membro estava cinzento, deformado, grande e tão poderoso que poderia quebrar aquele pescoço em um assopro.E no fim, sendo erguido pelo pescoço por uma mão demoníaca, estava Zef.---------------------- Filler um pouco grande, eu sei I'm sorry. Não gosto de escrever em 1º pessoa, mas espero que as pessoas tenham entendido o ponto de vista de um ser sem sentimentos descobrindo a culpa. |
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Outras Vilas
Sexo : Idade : 29 Localização : Coimbra Número de Mensagens : 444
Registo Ninja Nome: Watanabe Shiro Ryo (dinheiro): 1050 Total de Habilitações: 33,5 | Assunto: Re: Filler 27 - Hiato - Uma folha Seg 6 Jan 2014 - 18:42 | |
| O.O divinal este filler, não estava a espera de este final, e adorei aquela parte em primeira pessoa. Por favor não mates o Zef ainda tens muito que lhe ensinar . Bem parece que ainda ai vem muitas surpresas agora com esta misteriosa mão demoníaca. Continua, and may the force be with you! |
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Administrador | Kiri
Sexo : Idade : 28 Localização : Belem/ Pa - Brasil Número de Mensagens : 3178
Registo Ninja Nome: Azura Inugami Ryo (dinheiro): 4965 Total de Habilitações: 502,25 | Assunto: Re: Filler 27 - Hiato - Uma folha Seg 6 Jan 2014 - 19:44 | |
| - Ichinose Zef escreveu:
- O.O divinal este filler, não estava a espera de este final, e adorei aquela parte em primeira pessoa. Por favor não mates o Zef ainda tens muito que lhe ensinar . Bem parece que ainda ai vem muitas surpresas agora com esta misteriosa mão demoníaca. Continua, and may the force be with you!
Obrigado por ler! Não se preocupe rapaz, o Zef ainda precisa apanhar muito, não vai morrer tão fácil! Já agora, a mão demoníaca, não é?, que bom que gostaste, a explicação melhor estará no próximo filler, então espero que acompanhe o7 |
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Administrador | Kumo
Sexo : Idade : 28 Localização : Nárnia, where unicorns tend to live! Número de Mensagens : 5771
Registo Ninja Nome: Shikaku Kinkotsu Ryo (dinheiro): 0 Total de Habilitações: 24 | Assunto: Re: Filler 27 - Hiato - Uma folha Sáb 11 Jan 2014 - 18:03 | |
| Ótemo Filler! Finalmente, alguma "humanidade" parece começar a surgir no pequeno zombie e está, obviamente, a criar alguns conflitos quando este está mais vulnerável. Estou para ver o que o Azura vai fazer adiante, ele é o melhor amigo do Katsu, né, estou sempre preocupado com ele . Continua |
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Administrador | Iwa
Sexo : Idade : 36 Localização : Em algum lugar de lugar nenhum Número de Mensagens : 3387
Registo Ninja Nome: Kyo Kusanagi Ryo (dinheiro): 14350 Total de Habilitações: 733,75 | Assunto: Re: Filler 27 - Hiato - Uma folha Qui 16 Jan 2014 - 22:32 | |
| Bom filler parece que finalmente o Sennika está a aparecer, será que isso vai fazer o Azura deixar de ser um Morto Vivo? Muito boa sua escrita e passou bastante emoção na parte em 1ª pessoa. Que bom que se empolgou novamente para escrever, tenho que voltar a escrever também Força na Historia |
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