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Vocês são todos uns afeminados! - Esbravejava Lian em seu primeiro porre alcoólico. Ele e seu segurança - Daisuke - tinham acabado de chegar ao bar de uma vila vizinha, onde resolveram parar para comer alguma coisa. O problema é que o dono do bar não se importava em fornecer bebidas à menores de idade e agora todos os homens que estavam no bar começaram a se levantar num ruidoso arrastar de cadeiras. Eram dez marinheiros ao todo. O "barman" suplicou para que o loiro levasse o provocador embora, mas ele percebeu que era tarde demais, pois os dois já estavam cercados. -
Um bando de... - Continuaria o bêbada se o nukenin não tivesse usado toda sua força no braço esquerdo para puxá-lo contra ele e assim defendê-lo de uma garrafa que voou sobre sua cabeça. Aquele foi o estopim.
Dois homens avançaram tentando chutá-lo, mas o loiro saltou acrobaticamente para cima de uma mesa, gemendo para puxar seu protegido para fora do cerco. Mas logo dois outros chutaram a mesa num movimento coordenado e os dois caíram estatelados no chão. Embriagado, Lian não conseguiu se levantar e ficou gargalhando. Já Daisuke, sentindo dores nas costas pela pancada repentina, levou a mão na mochila e puxou sua barra tripla num ágil movimento de pêndulo para chicoteá-la por toda região e assim atingir os dois brigões que caíram por cima de outros três. Nesse momento, outro marinheiro se adiantou para atingir as costas do loiro com uma cadeira de madeira que se despedaçou, garantindo alguns hematomas. O nukenin foi jogado para frente, onde os últimos brigões o esperavam com garrafas quebradas, obrigando o rapaz a arquear a postura numa pirueta e espalhar chakra pelo corpo para trocar de lugar com uma mesa.
A mesa quebrou com a força dos golpes dos marinheiros que o procuravam até vê-lo gemendo de esforça ao usar os braços fortes para arrastar Lian para fora do bar. -
Peguem-no! - Gritou um dos homens. A turba avançou contra eles dois com ferocidade, deixando o jovem não ter alternativa senão elevar a perna num golpe lateral e assim projetar seu protegido pela porta do estabelecimento. Maneira bruta, mas pelo menos agora podia se concentrar apenas na luta contra os brigões. Então, colocando-se na porta, ele direcionou seu chakra para as pernas e realizou um rápido shunshin até o balcão onde o "barman" se escondia. -
Estou aqui! - Gritou para chamar atenção. Revoltados em busca de sangue, os homens retornaram com cadeiras e garrafas em punho. Sem querer aguardar, o loiro fez mira e chutou um cinzeiro de vidro que descansava no balcão.
O vidro resistente voou e atingiu o primeiro homem bem na testa. O estalo fez o marinheiro cambalear e atrapalhar o avanço dos outros. Enquanto isso, o segundo acabava de chegar arremetendo a cadeira na sua direção, obrigando o ninja a esquivar-se escorregando pelo balcão para responder com um forte chute no queixo, para assim rodopiar a barra tripla e golpear o próximo homem no ombro. A madeira estalou e deslocou o membro do brigão que tentou fugir, mas não conseguiu por causa da turba que tentava alcançar o loiro. Ofegante, Daisuke rodopiou no ar e retornou à segurança do balcão quando um dos brigões lhe segurou um dos pés, puxando-o para baixo com vigor. O corpo do loiro caiu e embateu sobre a quina do balcão, agravando a dor nas costas e quando caiu no chão, recebeu um belo corte nas costas por um caco de vidro.
Aquilo o enfurecei como nunca. Sacando uma kunai, ele procurou rapidamente o traiçoeiro da garrafa e espetou sua lâmina que atravessou seu pé, deixando-o preso ao assoalho. Enquanto isso, ele recebeu mais um chute na barriga, sendo projetado contra uma mesa que virou com seu peso, mas lhe garantiu uma proteção mesmo que incompleta. O sangue lhe ardia as feridas quando achou que era hora de terminar com aquilo. Usando sua força para levantar uma cadeira, ele a desceu num gemido de esforço sobre a cabeça do marinheiro que agonizava pelo seu pé. O homem perdeu a consciência na hora. Foi aí que Daisuke começou a bater. Saltando por sobre a proteção da mesa, ele arqueou o corpo e elevou o joelho que atingiu o queixo do próximo para então girar o corpo com agilidade e elevar a perna embebida com chakra numa rápida meia-lua que golpeou o peito do outro, projetando-o pela janela do bar.
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Vamos nos divertir! - Comemorava Daisuke, como uma fera que acabara de se libertar. Mas logo o contra-ataque começou com uma cadeirada que atingiu seu antebraço. O machucado não foi tão grande, mas doeu mesmo assim. Girando o corpo em seu eixo, Daisuke levantou a perna num poderoso chute lateral, quebrando as costelas do elemento, para então concentrar chakra raiton e efetuar outro selo ao inserir três dedos na barriga do homem mais próximo. O marinheiro sentiu suas calças borrarem, tentando fugir para evitar a vergonha, mas o nukenin ensandecido tinha outros planos. Agarrando a gola da camisa, ele usou tora sua força para puxá-lo e girá-lo para que seus fluidos espalhassem entre seus colegas. Houve quem vomitou, ou quem fugiu, mas pelo menos diminuiu a turba para cinco marinheiros corajosos.
Os cinco se armaram com pedaços de madeira das cadeiras e avançaram. Recebendo o primeiro golpe no antebraço, Daisuke sentiu seus ossos trincarem, mas sua raiva era maior que a dor, fazendo-o levar chakra ao punho para atingir o primeiro com um poderoso Okashô com toda força que tinha ao mesmo tempo em que se esquivava com agilidade do segundo. O homem foi projetado para fora do estabelecimento e caiu inconsciente. Enquanto isso, o segundo e terceiro tentavam esfaqueá-lo, mas o jovem conseguiu agarrar uma kunai em tempo de bloquear somente o primeiro golpe, levando uma esticada no ombro que resvalou no osso. Gritando de dor, ele agarrou o marinheiro e o puxou com toda força contra sua testa que o fez desmaiar na mesma hora.
Com o choque, o nukenin ficou zonzo, porém não o suficiente para impedi-lo de elevar a perna e a descer com chakra na direção do segundo. O homem tombou forte, criando uma cratera no assoalho do bar. Ao verem isso, os outros dois marinheiros largaram suas armas e tentaram correr, quando o jovem sacou seus shurikens e os arremessou na parede do bar, rente aos dois. Ambos pararam em choque, e se viraram lentamente. Cambaleando por causa dos ferimentos, ele andou até os dois elevou o punho até o rosto para então levantar o dedo do meio num ar de provocação. Os marinheiros não quiseram responder a provocação e fugiram apressadamente pela porta do bar, onde Lian os atingiu com duas cacetadas com um pé de mesa. -
Muito bem! Eu falei afeminados! - Esbravejou todo valente como se fosse ele quem tivesse quebrado todo o bar.
FIM