[Filler 3 - Saga "Pupilo"] Desejos

Assunto: [Filler 3 - Saga "Pupilo"] Desejos Sex 17 Jan 2014 - 20:30

Desejos

- Merda preciso de uma espada....

A minha mente abstraia-se no desejo de possuir uma nova espada. A minha katana ficara no complexo e eu não tivera tempo de a ir buscar. Caminhava num passo acelerado pela floresta escura, a meio da noite, desprovida do seu manto salpicado de estrelas e manchado com a lua. Os meus passos faziam estalar os secos galhos que jaziam no chão, fazendo o seu eco gritar a toda a floresta. Eu não estava atento a nada que se passava à minha volta. Na minha cabeça apenas passava a lista de coisas que me faltavam e "comida" e "explosivos" eram os itens que mais saltavam á vista. Por estranho que pareça já andava em caminho há dois dias. Dois dias de puro e prolongado aborrecimento, andando à voltas pela floresta, comendo alguns pacotes de bolachas que encontrara na casa, antes de rebentar com ela. Do nada, um eco de um grito de frustação, faz-me parar. Parei para tentar localizar a fonte de tal grito. Segundos depois o grito volta, seguido de um estalar horrendo que se prolongou durante largos segundos. Acompanhando esse estalar veio o cair de uma árvore ao longe, caindo majestosamente para cima das outras árvores:

- Quem derrubou essa árvore das duas uma: ou sabe onde fica a aldeia ou tem bens que possam ser roubados....

Mastiguei uma bolacha e pus-me a correr para a árvore caída, saltando por troncos derrubados, pedras escondidas pelo musgo, pequenos animais e baixando-me em algumas situações. Chegando perto da árvore caída, ofegante, vejo um homem alto, de pele clara e com cabelo curto e uma barba ruiva por fazer, juntando uns olhos esverdeados, dando o seu toque de beleza ao simples homem. Aparentava ter os seus trinta, quarentas anos. Vestia uma camisa vermelha com xadrez preto dentro das calças azuladas e um par de botas castanhas, empunhando um machado. Parecia ser o típico esterótipo de um lenhador. O homem cortava agora o enorme tronco em pedaços mais pequenos. Assim que se apercebeu da minha presença suspeita, parou e falou:

- Boa noite... Quem és tu e o que fazes por estas bandas a meio da noite cerrada? - perguntou na sua voz que mais parecia um rugido

"Pensa, pensa, pensa..."

- Ando à procura de uma aldeia por aqui perto para habitar durante algum tempo...

O homem não parecia nada convencido com tal resposta:

- E quem és...?

"Será que devia dar um nome falso? Talvez, mas dando o meu nome verdadeiro ele seria conhecido e falado pelo povo"

- Uchiha Takeshi de Konoha.

Disse o meu nome com convicção, algo que não fazia há algum tempo. Eu precisava de ter em mente sempre a minha verdadeira identidade, nunca tendo medo de escondê-la, apenas omitindo "certas" partes da história que as pessoas não necessitavam de saber. O homem começou a coçar a sua barba, pensando bem no que devia e no que não devia dizer. Ele olhava com um olhar inquisitório, julgando-me por algo que eu ainda não tinha feito. Por fim esboçou um sorriso:

- Pareces ser uma pessoa forte, alguém que nos poderá a ajudar a proteger a aldeia. Presumo seres um ninja. O meu nome é Igor, sou o chefe da equipa de lenhadores da nossa aldeia. Vem eu irei levar-te á nossa aldeia e arranjar um bom alojamento para ti.

O homem iniciou uma caminhada numa direção, para mim desconhecida, assobiando durante longos quinze minutos até a chegada à aldeia. Inicialmente não percebi a sua verdadeira dimensão, sempre supondo ser uma pequena típica aldeia com os seus trinta e tal habitantes, mas aquela "aldeia" não era nada assim. Podia afirmar que só aquela hora da noite via-se umas largas dezenas, perto de centenas, de pessoas. Umas traziam lenha, outros traziam peixe, outros patrulhavam a aldeia e ainda haviam outros que apenas não conseguiam dormir e apreciavam aquele espetáculo noturno, o movimento daqueles noctívagos. Começámos então uma curta e rápida visita guiada aquela fortaleza humana. Podiam-se ver altos edifícios completamente feitos de um material que eu não conseguia ver bem, mas tinham algo mais à mistura que os tornavam fortes e imponentes, para além do seu moderno aspeto:

- Aqui é o nosso mercado, ali as lojas, algumas lojas de conveniência, a residência do nosso Senhor e ali são os nossos "bairros" habitacionais. Poderás ficar numa destas casas, totalmente equipada com tudo o que podemos oferecer.

Mas que raio de súbita hospitalidade foi esta? Isto estava a tornar-se suspeito demais:

- Mas eu sou só um estrangeiro. Onde estou? Porque está esta gente toda a patrulhar e trazer carnes e peixes, lenhas e outros?

O homem parou e sorriu. Um sorriso irritante demais. Um sorriso que parecia natural, mas eu sabia perfeitamente ser forçado. Um sorriso que daqui a nada seria partido com um soco ou com um belo de um explosivo colado á boca:

- A nossa aldeia tende a estar escondida e bem protegida por causa da nossa avançada tecnologia, como podes constatar. Estes grupos trazem mantimentos e materiais para que de manhã eles ainda estejam bem frescos quando forem colocados no nosso mercado. Pareces ser um bom shinobi para ajudar nas patrulhas ou numa rápida defesa/ataque e por isso mesmo oferecemos todo o conforto que temos. Agora és tu que decides se ficas ou sais.

Ele tinha sido direto. Direto de mais até! Eu não podia perder esta oportunidade de aprender esta nova tecnologia. Podia ficar aqui para começar a minha investigação e, quiçá, encontrar alguém:

- Eu aceito com agrado e respeito!

Coloquei o meu punho fechado sobre o coração em sinal de respeito. Esta aldeia extremamente desenvolvida será a base de toda a minha operação. Agora só faltava que esse tal Katsu Imawaga dê sinal de vida. Igor acompanhou-me até a minha futura residência, explicando-me tudo sobre ela.

Assim que Igor saiu, a primeira coisa que fiz foi ver o que havia no frigorífico:

- COMIDA!

Comecei a saltar como um histérico. Definitivamente a fome tinha-me danificado ainda mais o cérebro. Fiz uma rápida e gigante sanduíche e, enquanto mastigava um pedaço da super-tripla-hiper-sanduíche, comecei a olhar em volta, mirando cada detalhe da casa e só depois se fez clique na cabeça:

- Mas isto é tudo feito de...madeira....!

Deixei a sanduíche escorregar-me pelas mãos, caíndo em cima da mesa. A minha boca estava aberta, ainda com pão meio mastigado, os olhos estupefactos de paixão e uma expressão facial de choque. Levantei-me da cadeira a correr e pus-me a abraçar a parede, sorrindo e falando coisas bonitas e apaixonantes para ela:

- Hum? Sim percebo, mas sshhh, não digas nada.... Eu agora estou aqui e em breve vou libertar-te....

Eu olhava para ela e apenas imaginava-a cheia de Kibaku Fudas, explodindo de seguida, provocando um enorme incêndio. Voltei para ao pé da mesa, agarrei na sandes e atirei-me para o sofá, comendo e imaginando as paredes e o resto da vila em chamas:

- Isto é o paraíso...

Trinquei mais uma vez a sanduíche e mastiguei o pedaço meio que aluado.

Assunto: Re: [Filler 3 - Saga "Pupilo"] Desejos Sáb 18 Jan 2014 - 19:44

Então o Takeshi pira com habitações feitas de madeira? Ele não pode ver nada disso à frente que submete-se logo a uma incontrolável vontade de explodir tudo

. Sim, o Takeshi é interessante e tem o perfil perfeito para ser membro da Akatsuki ahah.

Bom Filler, aos poucos vais avançando com a história, continua ^^

Assunto: Re: [Filler 3 - Saga "Pupilo"] Desejos Sáb 18 Jan 2014 - 19:51

(Aaaah finalmente, estava a ficar preocupado) Obrigado pela leitura Avô Tsu, claro que o Takeshi pira com construções de madeira. Em breve irás fazer um novo spawn na história claro. Mais uma vez, obrigado.

O teu neto favorito

Assunto: Re: [Filler 3 - Saga "Pupilo"] Desejos Seg 20 Jan 2014 - 14:33

Não esperava essa OST, confesso que ri quando a ouvi, tanto que tive que a tirar para conseguir ler o resto do filler. Esse Uchiha parece um pouco com o Deidara, pois gosta de explodir tudo. Creio que devia ter era o Bakuton esse jovem Uchiha. Bom filler e espero pelo próximo.

Força na Historia [Filler 3 - Saga "Pupilo"] Desejos 906945

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Assunto: Re: [Filler 3 - Saga "Pupilo"] Desejos Qua 22 Jan 2014 - 15:41

Ho... meu... deus... que coisa assustadora ahhaha
Piromaníaco total! Adorei! a tua personagem tem um carácter que não é costume! Uma lufada de ar fresco! (ou quente se tivermos em conta que ele explode coisas)
Estou a adorar ahahah continua! (a explodir coisas)

Tive que reler a última parte porque fiquei confusa. Fiquei a pensar que ele tinha esquizofrenia e que estava a falar sozinho ou a ouvir vozes. Só depois é que percebi que ele ficou maluco com a madeira

A situação é, no mínimo, duvidosa. Essa hospitalidade toda assim de repente... Duvidoso, de facto. Vou ler o próximo filler. Bom trabalho o/

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