Daisuke fazia sua patrulha matinal nas cercanias do Buraco quando viu ao longe duas carroças suspeitas no meio das dunas. Acionando seu chakra para aumentar a velocidade, o loiro deslizou sobre as formações de areia até alcançar o grupo que se assustou com sua chegada. -
Algum problema? - Perguntou a um dos homens. O senhor levantou as mãos num sinal de agradecimento, indicando que as duas rodas de suas carroças haviam atingido uma rocha e agora não tinham como trocá-las, pois a carga era bastante pesada. Acenando com a cabeça, o nuke ofereceu ajuda e logo buscou o corpo da carroça, colocando suas mãos por baixo do eixo ele usou toda sua força para elevar o veículo o suficiente para que os mercadores começassem as trocas. Seu corpo musculoso mantinha-se imóvel à medida que a roda dianteira saía e outra nova era posta no lugar. Rapidamente o aperto foi dado e o loiro pode descer a carroça vagarosamente para seu alívio. Seus braços latejavam. Realmente a carroça era pesada, mas mesmo assim não desanimou. Inda na direção da segunda carroça, ao invés de elevá-la, o jovem pensou e buscou a carga mais pesada da bagagem, usando novamente seus poderosos braços ao puxar a caixa com toda força e colocá-la no chão num gemido de esforço. Tudo ocorria bem e graças a sua ideia, a carroça já estava mais leve, facilitando um pouco para seu corpo que se contraiu fortemente para levantar a outra carroça.
Os comerciantes estavam extasiados pela força do ninja e comemoravam enquanto trocavam a última roda problemática quando a bagagem que ele retirara da carroça falou. Isso mesmo. Falou. Um leve pedido de socorro vindo do caixote fez com que o instinto de Daisuke avisasse que havia algo errado. Foi então que sentiu o golpe de uma madeira diretamente nas costas da cabeça. O golpe foi forte e o fez cambalear lateralmente e se arrastar até o chão. -
O idiota nos ajudou. - Comemorava um bandido fantasiado de comerciante. Com a visão enevoada, o loiro ainda tentou se levantar, mas foi recebido com um forte soco no rosto, fazendo-o desabar na areia escaldante e rolar duna abaixo enquanto os bandidos deixavam a caixa com os reféns e partiam com a mercadoria roubada. Tudo durou poucos minutos, mas foram suficientes para que o ninja treinado pudesse acordar de seu torpor e retornar ao alto da duna com grande velocidade. Furioso, ele olhou em volta e não viu mais as carroças, apenas o caixote de onde os pedidos de socorro se originaram. Juntando chakra na tatuagem, ele rapidamente invocou seu bastão condutou e o girou com propriedade para atingir o caixote num golpe lateral. A madeira se despedaçou, revelando os dois cocheiros das carroças. Sedentos, eles agradeceram o salvamento com um grande sorriso. -
Vou buscá-los. Não saiam daí. - Concluiu ao ter uma ideia de como os localizaria.
Dando sua água para os homens, Hiroshi juntou as mãos numa cadência de selos e usou seu chakra fuuton para criar um colchão de ar que o expulsou muito alto no céu. O vento batia forte no seu rosto e lá de cima ele rapidamente colocou as mãos para proteger os olhos e rodopiou em seu eixo numa manobra acrobática quando viu as carroças há menos de um quilômetro ao norte. Então, enquanto caía, para não perder a vantagem, o jovem juntou as mãos num novo selo e usou seu chakra fuuton novamente para criar outro colchão de ar apontado para a direção dos bandidos. Ele nunca tinha feito isso e temia por sua segurança, porém, sua raiva por ter sido enganado era muito maior que sua consciência. Atingindo o bolsão, todo o ar envolvido o expulsou numa trajetória em parábola até chegar perto dos meliantes que nem sequer perceberam sua aproximação. -
Isso vai doer. - Ele sussurrou ao aterrissar contra uma duna numa impacto doloroso e quando a poeira baixou, restava só a metade de cima do garoto sob a areia. Suas pernas doíam e estavam arranhadas por causa da fricção da queda. Juntando chakra nas pernas, ele utilizou a força extra para desprender-se da areia e rastejar até uma duna alta para ter uma melhor visão do carregamento. Lá estavam eles. Alegres por um assalto bem sucedido. Furioso, Daisuke se levantou com dificuldade e disparou contra as carroças.
Arremetendo em grande velocidade, ele entrou pela abertura traseira onde dois ladrões descansavam. -
Surpresa.- Sussurrou ao chutar com toda força o rosto do primeiro e invocar seu bastão novamente para girá-lo com poder na cabeça do outro. Curioso com os recentes ruídos, o cocheiro ladrão procurou saber o que acontecia, colocando o rosto para dentro da carroça quando foi recebido com outro giro do bastão que atingiu seu queixo, apagando-o instantaneamente. Sem seu cocheiro, o cavalo parou, deixando a outra a viajar sem preocupação. Vendo que seu serviço ali tinha terminado, o jovem então saltou para ao próximo alvo, entrando também pela abertura. Porém, assim que chegou, parecia que era aguardado, pois os dois bandidos avançaram contra ele, atingindo-o com um soco no abdome e um chute na cabeça. Daisuke se segurou para não cair do veículo e recebeu o outro golpe do bandido com um giro de seu bastão que fez o punho do bandido quebrar. Num grito, o homem tentou fugir usando o outro como cobertura, mas Hiroshi juntou grande quantidade de chakra no punho livre e atingiu os dois com um fortíssimo okashô, enviando-os para fora da carroça. Assustado, o cocheiro largou as rédeas e correu. -
Não vai escapar! - Enfureceu-se ao invocar três kunais e arremessá-las com toda força contra as costas do agora moribundo. Era o fim dos bandidos.
FIM