[Filler 13 - Saga Pupilo] Burn, baby, burn!

Assunto: [Filler 13 - Saga Pupilo] Burn, baby, burn! Sáb 19 Jul 2014 - 20:43

Burn, baby, burn!

Habituara-me á escuridão, ao frio e principalmente á solidão. Nunca pensara que a morte fosse algo tão.....simples. A "luz branca" há muito que me abandonara e eu ficara preso no limbo.
"Estarei adormecido? Talvez não tenha morrido mesmo...Mas a luz veio...."
Fui interrompido por dois suaves batuques.
"O que é isto?"
Tentei ver, mas estava tudo negro. Os batuques voltaram. Mais rápidos e mais altos, gradualmente, aumentando a intensidade. A cada batuque, sentia a minha imagem a estremecer, a desvanecer. Uma forte pancada puxou-me para trás e com ela veio um som agudo e extremamente irritante. Numa mistura de confusão, sons e pancadas, uma voz feminina invadiu a escuridão:
- Anda lá miúdo...
Senti duas mãos no meio peito e uma nova pancada. Não sei explicar o que aconteceu ou como aconteceu, mas eu estava ali. Os meus olhos estavam abertos, mas a visão estava turva e triplicada. Uma enchente de ar invadiu-me os pulmões e, inconscientemente, ergui o tronco. Senti uma mão na minha nuca e outra no meu peito:
- Calma, calma, calma....! Está tudo bem Takeshi... - repetia a voz - Estás....vivo.
Os meus sistemas começavam todos a trabalhar a um ritmo demasiado rápido para me conseguir habituar. Haviam vários estragos para reparar e tempo era algo que faltava a mais. Deixei-me recostar para trás naquilo que parecia uma maca. Uma mulher extremamente bela olhava-me nos olhos, com um afável sorriso nos lábios. Gentilmente, punha no lugar alguns fios de cabelos dourados que lhe pendiam na suada testa:
- Tu deste-me um valente trabalho, rapaz.
Abri a boca para falar, mas a garganta estava seca e as palavras desapareciam na língua. Percebendo a minha aflição por líquidos, a loira apressou-se a entregar-me uma garrafa de água. Quando a fresca água me tocou nos lábios parecia ser o mais doce mel que alguma vez existiu. Nunca a água me soube tão bem e eu tenho o fogo no corpo....literalmente. Tentei falar mais uma vez:
- Ka...Kaaa....Katsu....Tenho....de falar.....com o....Katsu... - limpei a voz - Tenho de falar com o Katsu, senhora!
Ela retribuiu o meu pedido com um sorriso carinhoso:
- O Katsu virá em breve, mas antes temos de tratar de ti e da tua recuperação. E por favor....não me trates por "senhora". Gaina-sama chega.
Assenti com um tremido sorriso.
- Agora dorme, precisas de dormir para recuperar. Estarei aqui quando acordares. E não tenhas medo de não acordares. Essa parte já passou.
Ela passou a mão pelo meu cabelo. Ele parecia...maior....Não dei muita importância. Com todo aquele esforço físico e psicológico não demorou até eu cair num sono profundo, mas nada relaxante. Agora que a consciência me tinha sido restaurada, o meu sono era atormentado por memórias, pesadelos do que se tinha passado. Vezes sem conta eu via Katsu a espancar brutalmente aquele monstro. A fuuma shuriken a cravar-se no meu peito e a escuridão final. Tudo aquilo misturava-se e criava um cenário tenebroso ao qual não me queria habituar. Abri os olhos de rompante, com o coro todo suado e respiração ofegante. Ao meu lado ainda estava sentada Gaina-sama, folheando algumas folhas agrafadas. Ao ver-me acordado, sorriu:
- Bom dia Takeshi. Suponho que tenhas....fome?
Por acaso nunca tinha pensado muito nisso, mas agora a fome começava a apertar-me o estômago. Receosamente, olhei-a nos olhos e assenti com um leve aceno da cabeça:
- Muito bem, vou pedir que te preparem um pequeno-almoço completo. Precisas de comer, mas antes, acho melhor ires tomar um banho e arranjares-te.
Levantou-se avançou para a porta:
- Quando o teu banho estiver pronto alguém virá para te ajudar a caminhar até à casa-de-banho.
Abriu a porta para sair quando se virou e perguntou:
- Como queres a água?
Passei a mão pelo braço:
- A escaldar....por favor.
- Muito bem. - respondeu-me e saiu.
Olhei para a janela e reparei num espelho de parede, suficientemente grande para mostrar todo o meu corpo. Com cuidado, e muito dorido, levantei-me daquela mistura de cama e maca e avancei lentamente para o espelho. Não sei explicar o que senti ao ver a minha figura, mas parecia que se tinham passado anos: o meu cabelo estava mais comprido, chegando a ficar entrançando numa mecha de cabelo. Os meus olhos deixaram de ter o seu tom acinzentado para ganhar uma cor âmbar. Seria o Karyuka a finalmente manifestar-se? Nunca me alterara o físico. Seria uma nova fase? Passei a mão pelos cabelos e reparei numa marca, parecida a uma tatuagem, que se estendia desde o pescoço e acabava no ombro. Perdera as minhas tão acostumadas roupas cinzentas e agora vestia o negro. O colete aberto fora substituído por uma t-shirt preta e as largas calças passaram a umas estranhas calças escuras. Já tinha visto algumas em vilas modernas e chamavam-lhes de Jīnzu. Os meus típicos chinelos negros passaram a umas Ōrusutā avermelhadas modificadas. Não percebia bem que raio de estilo era aquele, mas tinha de começar a adaptar-me a ele. Nova vida, literalmente, novo Takeshi.
Continuava a descobrir a minha nova figura quando a porta se abriu e uma jovem espreitou para dentro:
- O seu banho está pronto. - disse secamente
Virei-me, agradeci e encaminhei-me para a casa de banho, seguindo-a pelos labirínticos corredores da luxuosa mansão. Finalmente parámos numa porta entreaberta:
- Aqui está. Bom proveito.
Virou-me as costas e foi embora, abandonando-me á boa sorte. Não lhe dei grande importância. Abri a porta e avancei para a enorme casa-de-banho. Não liguei muito aos seus pormenores, apenas cria relaxar num bom banho de água bem quente. Despi-me, dolorosamente, pois cada músculo do meu corpo me doía. Passei a mão pela cicatriz que a Fuuma Shuriken me provocara e tocar-lhe fez-me ter uma espécie de flashback, o mesmo de sempre: Katsu a espancar o diretor da Shin, as mortais poças de ácido, a Fuuma Shuriken a rasgar o ar antes de se cravar no meu externo e por fim, a solidão... Fechei os olhos e abanei a cabeça, tentando afastar aquelas imagens. Entrei dentro da banheira fumegante e deixei-me repousar na luxuosa peça vitoriana em ferro fundido esmaltado.

Cerca de duas horas depois....

Sentei-me na cama, ainda de cabelo molhado, mas limpo e revigorado, quando alguém bateu á porta, dei permissão, mas o desconhecido hesitou durante alguns segundos. A maçaneta girou e a porta abriu:
- Posso? - disse o homem
Os meus olhos arregalaram-se e os punhos cerraram. Levantei-me furioso com o cabelo a pender para a frente:
- Katsu?!
A marca no pescoço começava a ganhar uma tonalidade florescente, conforme o Karyuka iniciava a sua combustão sobre o braço que suportava a marca:
- Tem calma.... - disse Katsu
Abri uma das mãos, formando uma bola de fogo nela:
- Calma? CALMA? - gritei
O âmbar dos meus olhos salpicou algumas faíscas antes de toda a íris rebentar em chamas:
- Temos muito para falar.... - e desatei a correr com a bola de fogo a ganhar balanço.

Gostei do que li! A Gaina é uma fofa por ter prescindido do seu tempo divino para tomar conta de alguém como o Takeshi, ele devia ficar-lhe eternamente agradecido ahah. Se bem que ela vai ter forma de pagar a dívida, ela tem sempre

.

O final meteu-me a pensar no que acontecerá a seguir, algo que nem eu bem sei. A cada dia que passa tenho novas ideias ótimas para o Takeshi e Katsu, portanto vamos esperar pelo meu Filler agora D:

Continua ^^

Assunto: Re: [Filler 13 - Saga Pupilo] Burn, baby, burn! Dom 20 Jul 2014 - 15:16

Alright, hora de comentar isto (que já tinha lido ontem)

O Takeshi anda mesmo com o fogo no corpo. Agora o Karyuka liga sozinho quando vê o Katsu porque pronto, há ali unfinished business?

Controla-te, homem! O Katsu não te fez mal, foi o parvo do Tsutao D: (meh, ele não sabe, I guess)
E yeah, agora deves algo à Gaina. Ou o Katsu, já que foi ele que pediu. Um de vocês terá que pagar Razz

(se bem que me parece que será um preço um bocado alto para o que foi, mas espero que não, né...)
Estou para ver o que vão fazer com isto. Continua o/

Assunto: Re: [Filler 13 - Saga Pupilo] Burn, baby, burn! Seg 21 Jul 2014 - 23:14

Não consegui perceber se a transformação foi realmente algo devido ao Karyuka ou se foi uma seqüela feita pelas técnicas de renascimento de Gaina. Agora pelo visto o Takeshi não está muito a fim de conversar pacificamente com seu parceiro Katsu, mas também é normal já que o mesmo o matou literalmente. Apesar de não ter sido realmente o Katsu, mas para Takeshi foi ele ao atacar, agora quero saber como os dois vão se entender daqui para frente. Pelo jeito acabou o amor entre os dois

Força na Historia!!! [Filler 13 - Saga Pupilo] Burn, baby, burn! 906945

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