O edifício envidraçado erguia-se até às alturas e certamente que furaria as nuvens, se as houvesse por perto. Erguido num canto do país do Vento, o arranha-céus não tinha sinais ou letreiros, não tinha nome ou dono. Durante a noite era invisível, com as suas paredes envoltas no breu, mas durante o dia era visível como um pilar de luz e o brilho dourado do sol reflectido espalhava-se em seu redor, quilómetros e quilómetros. Era um monumento magnífico, por ventura dos maiores do mundo. Mas dificilmente alguém se aproximaria suficientemente para o ver. De facto, poucos quereriam ter de lá ir nas suas vidas.

Na sala branca do último andar do prédio sentava-se um homem. Não demasiado alto, com cabelo loiro cor de mel. Sentado numa cadeira de madeira trabalhada, fitava pela janela reflectora o deserto sem fim, onde crescera. Ali passara os melhores e os piores momentos da sua vida. A sua mão dirigiu-se a um copo de vinho próximo, branco, fresco, cheio, como gostava dele. Ouviu duas batidas leves na porta. Não que precisasse, já sabia que ele lá estava.

- Entre - ordenou, não se voltando para a porta e continuando a fitar o deserto. A porta abriu-se e o homem entrou. As suas vestes de um branco imaculado pareciam fluir como água atrás de si e os seus olhos brilhavam num tom escarlate. O seu Sharingan, arma letal usada tantas vezes na sua vida nunca o abandonara, nunca o traíra, excepto contra o homem sentado à sua frente. 
- Está na altura, Magnífico- anunciou, curvando a cabeça - a cobrança espera, Kirigakure deve pagar. - O homem chamado de Magnífico rodou o copo na mão, apreciando o brilho do sol na cor esverdeada do vinho, antes de dar um gole comprido.
- Tens razão, afinal de contas o Banco não espera, nem perdoa. - admitiu - arruinar-nos-ia a reputação. - fez uma pausa enquanto se levantava e ia até à secretária colossal. Retirou da gaveta cimeira dois objectos, um carimbo e uma barra vermelha. Dobrou o papel que estava em cima da mesa num pergaminho e encostou a barra de cera vermelha à vela que ardia no escritório. As gostas pingaram lentamente, até estampar sobre elas o carimbo. O lacre estava selado. A dívida tinha de ser cobrada, em dinheiro, trabalho ou... sangue. 
Entregou o papel ao homem à sua frente, enfrentando o seu olhar sem medo. Sabia que não o tentaria manipular e ainda que tentasse, sabia que nunca o conseguiria. 

- O Banco exige que a dívida seja paga. 
- Ouro, Trabalho e Sangue - replicou o Uchiha.
- Ouro, Trabalho e Sangue - respondeu o outro.

O agente saiu da sala com a nota de crédito na mão. O lacre do Banco abriria qualquer porta, era sabido. O homem chamado de Magnífico sentou-se à mesa apreciando o seu vinho, enquanto seis vultos, um branco e 5 negros saíam do edifício. Sempre assim tinha sido e sempre assim seria. As vilas vinham e iam, pediam e devolviam. As guerras travavam-se, mas o Banco ficava, o Banco ficava sempre.

"E não poderia ser de outro modo", indagou, "afinal de contas, nós fazemos o trabalho de Deus.", concluiu num sorriso.



A sala do Mizukage repousava na sua meia-luz característica, causada pelo contraste entre a luz das velas e o nevoeiro que insistia em envolver a vila, ensopando as ruas e as suas gentes, dia após dia. Os jounins à volta de Okashii, o seu Mizukage, olhavam preocupados. Não era normal serem solicitados daquela forma e o tom do seu líder era tudo menos apaziguador.

- Amigos - começou, pigarreando - o que nos traz aqui hoje é um assunto grave. - Fez uma curta pausa para respirar - há cerca de cinco anos, quando nos preparávamos para a Grande Guerra, Kirigakure contraiu um empréstimo. Era necessário, era necessário para manter o grande exército da Kyodo. Usámos como garantia os despojos da guerra, que obteríamos quando Konoha e Suna caíssem - suspirou - não caíram, destruímos mas não conquistámos. Mas eles não o esqueceram.
- Eles? - indagou Inohana, a sensei de Hikaru.
- O Banco - esclareceu Okashii - o Banco de todos os Shinobi. O Banco de todos os Bancos, de todos os regimes, de todas as Nações. 
- Mas são apenas banqueiros - interrompeu ela, certamente que os podemos...
- Não, não podemos - cortou um Jounin mais velho de barba preta, pontiaguda. Eles conseguem sempre o que querem, sempre. No passado, outras Vilas falharam as suas obrigações, Sunagakure foi uma delas. - explicou.
- E então? - indagou ela, pouco concenvida.

- E então subitamente Iwagakure conseguiu os recursos que não tinha para contratar a Akatsuki e por pouco não apagou Suna do mapa. Essa foi a segunda grande guerra - explicou o Mizukage - eles não a causaram, é certo, mas acenderam-na. Provavelmente abordarão primeiro o senhor Feudal, mas se ele decidir não pagar... - soltou um suspiro profundo abanando a cabeça - "Ouro, Trabalho e Sangue" - citou - não temos Ouro e já trabalhamos tão arduamente quanto conseguimos neste momento... Se eles vierem - engoliu em seco - levarão alguns dos mais jovens - anunciou em tom trémulo - preparem-se, é tudo.

- Nunca!! - insurgiu-se Inohana de um grito - isso não pode ser! Eles são o futu...
- E que escolha temos nós?! - gritou Okashii perdendo as estribeiras por segundos - Não é mais fácil para mim do que é para ti e não arriscarei uma guerra que envolva todas as pessoas deste pais se o puder evitar. Custe o que custar - frisou - estão dispensados.

Inohana abandonou o edifício com o coração pesado. A ideia de que um dos seus pequenos, Riku, Kayrie ou Hikaru poderia ser levado era assustadora demais. No entanto ainda havia uma hipótese. O Lorde Feudal ainda poderia cobrir as suas dívidas. Tinha de as cobrir.

Hohoho, bancos e cobranças, dívidas por pagar, governos à mistura. Isto vai ficar interessante x)
Gostei bastante do teu filler e deixou-me curioso quanto ao seguimento da tua história. Continua! ^^

Opah, já está a aparecer treta com o banco e o seu mágico "o Magnífico". Finalmente, está na altura do universo de Naruto e de Harry Potter juntarem-se! Parece que essa treta poderá afetar o Hikaru (agoiros ftw), mas a mãe dele, que aparentemente têm um carguinho todo catita à beira do Mizukage, vai fazer o máximo para prevenir isso.

Sobre as OST, recomendo-te deixares as suas caixas um tanto mais largas para o leitor ter oportunidade de dar pausa quando passar para a próxima .

Continua ^^

Agora vejo a Trama se armando sobre a sua historia, pelo jeito está a elaborar uma boa historia com um conteúdo bem forte. Estou a seguir uma linha de raciocínio parecida com a sua, mas no caso envolvem nobres e não bancos. Só que a idéia é a mesma já que os que eles querem é o lucro. Vou continuar a acompanhar a sua Saga e espero que a mantenha por um bom tempo para nos presentear com ela, pois já se dá para perceber que pelo menos um bom contexto tem, falta agora saber se vai ser uma excelente historia e isso só se consegue com postagens de novos fillers e avanço no enredo da historia.
 

Força na Historia!!!  

Citação :

Hohoho, bancos e cobranças, dívidas por pagar, governos à mistura. Isto vai ficar interessante x)
Gostei bastante do teu filler e deixou-me curioso quanto ao seguimento da tua história. Continua! ^^

Obrigado, eu também espero que vá ficar :b

Citação :

Opah, já está a aparecer treta com o banco e o seu mágico "o Magnífico". Finalmente, está na altura do universo de Naruto e de Harry Potter juntarem-se! Parece que essa treta poderá afetar o Hikaru (agoiros ftw), mas a mãe dele, que aparentemente têm um carguinho todo catita à beira do Mizukage, vai fazer o máximo para prevenir isso.

Sobre as OST, recomendo-te deixares as suas caixas um tanto mais largas para o leitor ter oportunidade de dar pausa quando passar para a próxima .

Continua ^^

Não é a mãe, é a sensei!  Não é bem Harry Potter, mas também não vou revelar fontes, afinal o segredo é a alma do negócio :C 


Obrigado Tsu ^^ 

Citação :

Agora vejo a Trama se armando sobre a sua historia, pelo jeito está a elaborar uma boa historia com um conteúdo bem forte. Estou a seguir uma linha de raciocínio parecida com a sua, mas no caso envolvem nobres e não bancos. Só que a idéia é a mesma já que os que eles querem é o lucro. Vou continuar a acompanhar a sua Saga e espero que a mantenha por um bom tempo para nos presentear com ela, pois já se dá para perceber que pelo menos um bom contexto tem, falta agora saber se vai ser uma excelente historia e isso só se consegue com postagens de novos fillers e avanço no enredo da historia.
 

Força na Historia!!!  

Suponho que acabei por escolher o Banco sobre a Nobreza porque a minha área é mesmo essa, banco, finanças e afins por isso acho que consigo desenvolver um bom conteúdo à volta disso, mas o tempo o dirá! 

Obrigado por acompanhares Bruno, vou tentar não desiludir ^^

Bem, pelo menos... Tenho que te dar o mérito por teres enveredado pela área financeira em vez dos nobres Tem o seu quê de original (nunca tinha pensado em bancos dos shinobis, por acaso...)

Então o Banco leva a tráfico de crianças? Dafuq... Onde estão os direitos humanos? o.o
Quero saber mais sobre essas pessoas... Aquilo é bastante suspeito... E ainda acho estranho o Kage colaborar assim.

Vá, continua, quero saber mais o/