[ARC #1: DESCOBRIR O PASSADO] Filler 1 – Perseguição!
Há 14 anos atrás Hi no Kuni - Finalmente conseguimos algum sossego – dizia um homem de cabelos escuros relativamente compridos ao colocar uma taça de ramen na mesa de madeira escura. Em frente estava uma mulher com uma criança com pouco mais de um ano ao colo e do seu lado direito um homem de cabelo grisalho espetado.
- Este pequeno já teve que dar umas corridas... e nem andar consegue! – Riu-se homem de cabelo espetado, enquanto dava uma trinca numa sande mista. Todos olharam para a criança com um carinho especial. Sem qualquer motivo aparente, o de cabelo longo larga os paus sujo de ramen e levanta-se.
- Está aqui alguém.
Um excruciante som ouviu-se na parte de trás da casa, como se uma kunai raspasse lentamente naquela madeira já de si de aspectos peculiares. À medida que as lascas de madeira caíam no chão um riso nada simpático propagava-se no ar.
- Já sabes que nenhum da vossa laia vai conseguir subsistir neste mundo – dizia uma voz grave num tom arrogante – enquanto nós existirmos.. vocês não têm lugar.
- Kuzai, foge com o Seizon! – disse o homem de cabelos negros ao sentir a madeira estalar. Ouviam-se vários passos à volta da casa, ao todo eram quatro shinobis que procuravam interromper uma tão merecida calma refeição – Já! – berrou.
- Achas que te vou deixar Jin? Ou ao Ryntama? Estás maluco! – Kuzai segurava o bebé como quem segurava o cajado da vida.
- Vai – disse o jovem adulto de cabelos cinzentos, enquanto pegava numa kunai invertida, colocando-se em posição de combate de frente para a porta – já sabes o que é que eles vão fazer. E esse rapaz precisa de ficar a salvo. O meu sobrinho NÃO pode sequer chegar a dois milimetros daqueles montes de merda.
- Achas que ele sem ti sobrevive um dia que seja por aí? – disse Jin com um tom de voz pesado – vai. Vai e faz com que eles nos salve a todos.
- Hai – com um selo a mulher desapareceu, tão depressa como se nunca ali tivesse estado.
- Fuinjutsu: Ningen Sōko no Jutsu! – o som era abafado mas os dois ninjas encurralados sabiam o que os esperava. Afinal de contas já não era a primeira nem a centésima vez que isto lhes acontecia. A perseguição era constante apesar de as razões da sua existência ainda não terem sido bem traçadas por nenhum dos dois. A fuga era constante, nem um nem outro tinha tido mais de um mês de descanso e, apesar de ser, de certo modo, mais dificil conseguirem sobreviver estando juntos, decidiram fazê-lo porque, apesar de tudo, eram irmãos.
- Esta porcaria outra vez... – uma barreira completa e translúcida encurralou os dois ninjas num espaço não muito maior que o que a casa ocupava.
- Katon – Karyu Endan! – gritou a mesma voz que tinha feito a barreira – Deixa-os queimar – o homem ria-se e, apenas pelo riso, conseguia-se perceber a mente deturpada e o ódio que este tinha por quem estava naquela casa de madeira velha.
- Suiton – Suijinheki!- Uma barreira de água envolveu Jin e Ryntama. Jin fez uma série de selos que acabava no selo da cobra.
- Crispy – diz um dos atacantes – procurem os corpos deles – um homem de dentes serrilhados olhava para a casa como quem olhava para um palácio, parecia que tinha ganho a lotaria. Passou a mão na boa e começou a cavar por entre os escombros da casa esturricada.
Escavaram e escavaram e escavaram... sem sucesso. Não conseguiam de maneira nenhuma encontrar os corpos dos dois “crispy dudes” mesmo estando à procura há mais de duas horas.
- Impossível – berrou um dos homens – isto é impossível. Quero ver o que é que vamos dizer quando voltarmos à vila.
Mizu no Kuni A mulher de cabelos loiros corria desalmada por entre o nevoeiro denso duma das ilhas do País da Água. Conseguia perceber que já ia numa das oito ilhas vizinhas da maior ilha do país que por sua vez continha Kirigakure no Sato. A doca já estava a vista. Lágrimas escorriam pelo rosto de Kuzai que no final do seu trajeto caíam para a cara do bebé que esta carregava nos braços.
- Vais-te portar bem... – o passo ia desacelerando cada vez mais, quase inverso à quantidade de lágrimas que caiam da cara da mulher – vais crescer, comer sempre bem e ser um grande shinobi. Se não nos salvarmos... tens que ser tu a mudar o rumo deste inferno, desta maldição - ao avistar um cargueiro com o símbolo de Kirigakure, Kuzai apressou-se a embrulhar bem Seizon e certificar-se que este estava bem aconchegado e sem frio. Com o mesmo selo que tinha feito para desaparecer da casa que estava sob ataque, desapareceu, deixando o rapaz no barco que tinha como destino a vila ninja.
Nota: estou enferrujado portanto que chovam críticas please :3