Treino 5 – Passear o cão
Kazuki andava descontraído pela vila a passear um alegre cão de um amigo dele que lhe tinha pedido para o passear porque estava ocupado naquele dia. Chamava-se Sam e era grande e forte, a maior parte do seu pelo curto era preto com algumas partes alaranjadas e pertencia a raça Saluki, o cão do deserto.
Quando o rapaz chegou a um parque, o cão começa a ladrar e tenta correr mas o gennin quando sente o puxão do fio da coleira na sua mão direita, ele imediatamente vai com a mão esquerda ao fio e agarra-o, puxando para trás.
- Mau cão! Mau… cão! – gritava Kazuki, fazendo uma grande força e esforço para trás enquanto Sam puxava-o tentando correr para frente. Devido as forças opostas, eles não se moviam do sítio, então o rapaz olha para a direção que o cão quer correr e vê ao fundo outro cão a brincar com uma criança. Ainda puxando o fio da coleira, Kazuki começa a ficar a sem forças então ele decide largar o fio.
- Espero que bem que só vás brincar com eles e não causes problemas… - comenta Kazuki para ele próprio, assistindo o Sam a correr alegremente, com língua para fora a mover-se de um lado para ao outro, em direção da criança e do outro cão mas de repente ele muda de direção para a esquerda.
- Não! Sam anda cá! – grita o rapaz, correndo em direção do animal que saia do parque para uma das ruas de Suna que estava muito movimentada. Ainda a uns cinco metros de distância de Kazuki, o cão facilmente entra dentro da multidão de pessoas passando-lhes debaixo das pernas,
“Não acredito…” pensa o gennin, preparando-se para passar entre as pessoas. Ele entra na multidão correndo, desviando-se rapidamente para esquerda e para a direita quando alguém lhe parecia a frente, não tirando os olhos de Sam. No meio da multidão, um punho aparece a sua frente, acertando-o na cara, caindo no chão atordoado.
- Rapaz tem mais cuidado! Ias magoar a velhinha! – era uma voz grossa que vinha de um homem alto e forte, estava vestido com uma tank top branca e com uns calções verdes. Ainda um bocado tonto, o rapaz levanta a cabeça e não vê velhinha nenhuma nem o Sam.
- Era preciso dares um soco!? – grita Kazuki zangado, colocando as mãos na cara para saber se estava sangrar. O homem pega-o pela camisa, levantando-o e aproxima a sua cara perto da dele, tentando intimida-lo.
- Tu não me grites rapaz, acho que vais ter que me dar os teus ryos como castigo pela tua negligência.
O rapaz com mão direita vai a procura de uma bomba de luz no local onde as bolsas supostamente deviam de estar mas depois lembra-se que ele não tinha trazido equipamento nenhum porque ia simplesmente levar o cão a passear, ele decide dar uma grande cabeçada na cabeça do homem numa tentativa de escapar, algo que causou imensas dores a Kazuki, parecia que tinha levado com uma pedra na testa. O homem nem reage, é como se não tivesse sentido nada, simplesmente ri-se e diz: - Não senti nada… É melhor dares-me os ryos antes que me passe contigo.
A multidão toda formava um ciclo a volta deles, gritando ao homem para largar o Kazuki mas este simplesmente ignorava.
- Vai à merda, não te vou dar nada! Andas a apro-
O homem estava a agarra-lo pela camisa com a mão direita e com a sua mão livre tenta dar um soco na cara de Kazuki enquanto falava, ele imediatamente desvia a sua cabeça para a direita, fazendo com que o punho e um bocado do braço passassem mesmo ao seu lado, então ele aproveita e dá-lhe uma valente trincadela no braço.
- Foda-se! Pirralho de merda! – o homem empurra-o para trás devido a dor no braço, largando-o. Kazuki já livre, corre e com a mão direita, prepara para lhe dar um soco na barriga que no momento bate sente dor na sua mão porque para ele aquilo era o equivalente a dar com o punho numa parede. O homem tenta dar-lhe um soco mas Kazuki dá um mortal para trás, acertando com os seus pés no queixo dele, afastando-se uns cinco metros.
- Filho da puta! – queixava-se o homem com as mãos no queixo.
“Este gajo parece ser feito de pedra… Cada ataque que dou dói me e para ele é como se não fosse nada… Exceto agora com os meus pés na sua cara…” pensava o gennin, percebendo que como tinha mais força nas pernas e a cabeça do homem seria o seu ponto mais vulnerável, ao dar um pontapé na cara o homem perdia.
- Anda cá, pirralho! – o homem começa a correr em sua direção, Kazuki realiza a Shushin e dá um grande salto em direção dele. No ar com os pés na cabeça dele, ele dá um forte pontapé na sua bochecha direita, impulsionado o grande homem para esquerda que cai inconsciente no chão. O rapaz aterra direito no chão e as pessoas começam todas a aplaudido.
- Obrigado! Obrigado! – agradecia Kazuki, realizando algumas vénias como se tivessem acabado de dar um show, ele lembra-se que ainda tinha de encontrar o cão.
Correndo entre a multidão, o gennin em direção da casa mais alta naquela rua, chega perto da parede e flui o seu chakra nas solas dos seus sapatos. Concentrado, ele coloca devagar cada pé na parede, verificando se estava seguro e começa a subir a casa, chegando até ao telhado. Do telhado ele procura o Sam, que o vê não muito longe a correr como um doido com um osso na boca. Kazuki realiza alguns
Shushins, saltando de telhado em telhado, aproximando-se cada vez mais a rua em que cão corria.
Já perto, o rapaz corria de telhado em telhado sobre casas ao lado da rua em que o seu amigo de quatro patas estava, ele começa realizar uma série de selos enquanto corre e concentra o seu chakra por todo o seu corpo e diz:
- Bushin no Jutsu!
O seu chakra sai do corpo dele e toma a forma de quatro clones, sendo que um deles estava mais pálido do que normal, provavelmente devido a sua pouca concentração enquanto corria. Os clones saltam para a frente do cão e ele pára, derrapando no chão e virando para traz. Kazuki aproveita o momento e salta para cima dele do telhado.
- Apanhei-te!
O rapaz aterra nas costas do cão e agarro-o pelo pescoço mas mesmo assim, o cão mantem-se forte e começa correr com Kazuki nas costas.
- Uou! Uou! Como raio é q- UOU! Mau cão! O que é tu comes para aguentares comigo!? – gritava Kazuki, com os seus braços agarrados a volta do pescoço do cão, ele fazia força para não cair.
- AJUDA! Este cão é doido!
As pessoas olhavam para o rapaz nas costas do cão que corria alegremente com o osso na boca, quando uma pessoa tentava apanha-lo, o cão rapidamente desviava-se. Isto foi assim durante quinzes minutos até que foram parar ao mesmo parque de antes. O cão pára e Kazuki deixa-se cair para o lado com a mão direita agarrada ao fio da coleira. O Sam larga o osso e começa a lamber a sua cara.
- Hey, hey, achas que é assim que te vou perdoar? Cão maluco… – diz Kazuki, fazendo-lhe uma festa.