ÍndiceCapítulos I e II - Visitantes InesperadosCapítulo III - Kaika e Kohana Capítulo IV - Os Dragões CelestiaisCapítulo V - Um Chamado na EscolaIII - Kaika e Kohana
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Hanamonogatari - Contos da Flor
_ Que droga de barulho é esse? - resmunga uma jovem a remexer em sua cama após ouvir muitas vozes que a acordara pela manhã. Ela então vai até a janela de seu quarto.
_ Ei, façam menos barulho, há gente tentando dormir! - gritou ela a dar as costas e ignorar qualquer fato estranho.
_ Nee-san. - fala uma outra garota a balançar a irmã para acorda-la.
_ AI QUE SACO! O que foi??? - irrita-se ela ao ver que não ia conseguir dormir naquela manhã.
_ Nee-san, não vistes a cerejeira sagrada florida? - pergunta para sua irmã que se sentava na cama.
_ O que tem ela? - responde com mal humor.
_ Estamos no verão, além disso as flores estão a brilhar num lindo e intenso rosa. - explica ela à irmã.
_ Aff, deixe-me ver. - e a garota vai até a janela novamente e seu rosto fica completamente iluminado de uma luz rosa proveniente das flores de cerejeira.
_ Sugoi. - arregala os olhos espantada.
_ Viestes até a janela e não notou antes? - ria a jovem.
_ Ko-chan, isso é um bom presságio, correto? - pergunta ela à irmã, a ignorar a piada e ainda fascinada pela beleza daquela cerejeira.
_ Sim, Kaika-san, é um aviso dos deuses. - sorria Kohana para sua irmã gêmea.
Kaika e Kohana, as gêmeas do Clã Jinsei, filhas de Abe no Seimei e Jinsei Wakana. As duas adolescentes possuem longos cabelos loiros até a cintura, pele branca, traços delicados e olhos lilás, típicos das possuidoras do Mangekyougan. O Clã Jinsei vive em um grande templo ao alto da vila de Kami no Sato e a sacerdotisa líder da família, Wakana, também lidera a vila.
_ Papai, sabes onde Ko-chan está? - pergunta Kaika após se arrumar e descer as escadas para tomar café da manhã.
_ Ela foi à praia meditar, devias seguir o exemplo de sua irmã mais nova. - responde o pai a causar uma feição de desagrado na filha.
(...) Kohana meditava em uma pedra na pacífica praia ao sul do País do Demônio, tinha caminhado algumas horas para lá chegar, e agora estava em harmonia com a natureza e os espíritos, até que...
_ Ei! Por favor, nos ajude. - gritava uma voz masculina que se aproximava da garota sentada na pedra.
_ Pois não. - sorria ela gentil e calma.
_ Bom dia... ou boa tarde... enfim, gostaríamos de saber onde estamos. - pede o homem acompanhado de uma garota.
_ Estamos no País do Demônio, para ser mais exata estamos na costa sul do país. - sorria ela a responder.
_ Vocês estão bem? O navio de vocês naufragou ou apenas se perderam no mar? - pergunta ela muito solícita, porém era visível o espanto daqueles dois forasteiros.
_ Esses olhos lilás não me são estranhos... - sussurra Hana para Kyo, mas a outra garota conseguiu escutar.
_ Isso mesmo, é o Mangekyougan. Prazer, Jinsei Kohana, sacerdotisa e filha da Saishu (mais alto nível sacerdotal) de Kami no Sato. - se apresenta a garota a descer da pedra e se curvar.
_ Por alguma razão sinto que devíamos saber de quem se trata. - Kyo falava, mas era interrompido pela moça.
_ Como assim? - indaga Kohana.
_ Bem, tudo que lembramos é do nome um do outro, nada mais. Eu lembro que ele se chama Kusanagi e ele se lembra que meu nome é Hana. - responde Hana visivelmente chateada.
_ Bem, ao menos se lembram de alguma coisa, né? - sorri Kohana.
_ Será que vocês eram namorados? Hohoho. - brinca a jovem e logo os outros dois gritam.
_ NÃO, NÃO! - Kyo e Hana aprontam um escândalo.
_ Como vocês podem ter tanta certeza se não lembram de nada? - e a moça coloca ambos em dúvida.
_ Bem... nós achamos que não, né? - pergunta Kyo a olhar para Hana e a moça se cora.
_ É... acho que não... - e logo ela abaixa a cabeça a olhar na outra direção.
_ Será? - sussurra consigo mesma.
_ Bem, podem ser irmãos também. - sorria Kohana após perceber que os dois estavam sem graça.
_ Hmm, talvez. O que achas, Hana-chan? - sorriu o jovem para a loira.
_ Acho que não temos tempo para pensar nisso, Kusanagi-san. - assim que Hana responde ela é interrompida por Kyo.
_ Nii-san. Me chame de Nii-san. - diz o garoto de cabelos castanhos.
_ Kusanagi-san, nós não - falava Hana, mas ao olhar para o rosto sorridente de Kyo que ignoraria tudo que ela dissesse ela conserta.
_ Nii-san. - fala ela com uma feição descontente e um suspiro ao final.
_ Fale, minha linda irmãzinha. - responde Kyo.
_ Acho que ao invés de pensar se somos irmãos, amigos, namorados ou seja lá o que for, temos que descobrir como voltar para casa. Isso é, se essa não for nossa casa. - fala Hana preocupada.
_ Ela não é bonitinha, Ko-chan? Tão preocupada e responsável. - dizia o Kusanagi para a outra moça, ignorando totalmente o que Hana dizia.
_ Pare com essa bobagem, nós temos que pen- gritava Hana quando de repente fica tonta e começa a cair, segurada por seu parceiro.
_ Hana-chan, o que houve? - pergunta o Kusanagi preocupado enquanto Hana ainda não conseguia sequer abrir os olhos.
_ Vamos leva-la ao templo. - diz preocupada Kohana.
(...)O guardião do templo ao extremo sul do país tinha grandes conhecimentos em medicina e farmacologia, por isso pode tratar devidamente de Hana que agora descansava.
_ O que ela tem? Vai ficar boa? - pergunta Kusanagi preocupado.
_
Sim, porém há algo errado com a saúde dela, não consigo saber ao certo o que é, o corpo dela está bastante debilitado, como se tivesse feito uma viagem muito longa, mas temo que esse efeito seja permanente. Desculpem-me, usei todos os meios possíveis, mas não consegui chegar à uma conclusão exata. - dizia o velho guardião.
_ Eu também me sinto um pouco estranho, não consigo pensar direito em nada e... sei lá... - fala Kusanagi visivelmente entristecido por não entender o que estava a acontecer.
_ Não se preocupem, tenho certeza que mamãe e papai ajudarão no que for possível, então relaxem. - sorria Kohana com as mãos nas costas do Kusanagi que estava sentado.
_ Hino-sama, há algum remédio ou advertência para ela? Estou a pensar em leva-la para a vila a fim de conversarmos com meus pais.- pergunta a bondosa jovem.
_ Vou dar-lhes algumas vitaminas e outros medicamentos para que ela fique um pouco mais forte, porém será apenas temporário aconselho procurarem ajuda na vila, há bons profissionais e acima de tudo, não permitam que ela faça grandes esforços. - avisa o velho que sai a buscar os frascos de remédios.
(...) Após algumas horas com Kusanagi a carregar cuidadosamente Hana, os três chegam ao templo do Clã Jinsei onde colocam Hana para descansar em um confortável cômodo enquanto os membros do clã discutiam a situação.
_ Ko-chan, tens que parar com essa mania de ajudar os pobres, estás a trazer desconhecidos para nosso templo sagrado, não sabemos se eles tem boas intenções. - diz o tio de Kohana, irmão de Abe no Seimei.
_ Titio está certo. - fala Kaika enquanto lixava as unhas das mãos.
_ És muito boazinha, Ko-chan, dar um golpe em você é tão fácil quanto tirar o doce de uma criança. - brinca a irmã.
_ Se acalmem, Ko-chan fez apenas o que ela achava certo. Estou orgulhosa de ti, filha, mas realmente precisas ter mais malícia e não confiar tanto em estranhos. - fala a líder da vila, mãe de Kaika e Kohana.
_ Mas então, o que faremos com os dois? Eu penso que devíamos investigar se - falava o marido da líder quando um barulho na porta interrompe.
_ O que raios é isso? - pergunta ele um pouco irritado pela bagunça no templo.
_ Onde está Hana-chan? - gritava Kusanagi a abrir a porta à força e passar por vários guardas.
_ Ei, o que é isso? - pergunta Kaika irritada com a audácia do jovem.
_ Só quero ver Hana-chan! Já estou muito tempo a esperar. O que fizeram à ela? - e o Kusanagi estava bastante irritado.
_ Demonstre mais respeito! Estás diante dos dois sacerdotes mais importantes de nossa era, devias ao - falava o velho irmão de Abe no Seimei, mas é ignorado.
_ Não quero saber se são importantes ou não, apenas quero minha irmã, quer dizer, amiga, companheira, sei lá. - responde firmemente.
_ Kusanagi-san... - sussurra uma voz suave.
_ Hana-chan! - se espanta Kohana.
_ Devias estar em repouso. - enquanto a garota dizia isso o Kusanagi corria até Hana que já estava a cair novamente.
_ Estás bem? Te fizeram algo? - pergunta ele preocupado.
_ Nii-san... tsc, quer dizer, Kusanagi-san... - se esforçava ela para manter os olhos abertos.
_ Garota, espere. - diz Wakana enquanto todos viram a atenção à ela. A sacerdotisa caminha até a garota, a olha nos olhos e ativa seu mangekyougan. Nesse momento um forte brilho toma conta dos olhos da sacerdotisa e um vento se inicia a balançar todas as coisas na sala.
_ Wakana! - grita Abe no Seimei para a esposa, ele pega um ofuuda e o lança no ar para realizar uma técnica, porém assim que o ofuuda flutua ele desintegra.
_ Mamãe! - se desespera Kohana a tentar ativar eu mangekyougan, mas não conseguir.
Tudo se silencia e o brilho se apaga. Wakana e Hana desmaiam.
_ Wakana! - grita o marido a ajudar sua esposa e tentar reanima-la.
_ Meu mangekyougan... se foi... - sussurra Wakana a desmaiar novamente ao lado de Hana.
- Spoiler:
Bem pessoal, esse filler estava escrito há MUITOS meses, em janeiro o atualizei, março novamente, enfim, estou a postar antes que fique mais 5 meses aqui.
Essa saga acontecerá em um tempo cronológico bem acelerado, sem muito detalhamento pequeno, principalmente nessa primeira parte que será um preparo para as aventuras de Kyo e Hana. Enfim, creio que daqui 2 fillers iniciarão as histórias que tenho em mente, que se passarão num ritmo/tempo também diferente do que costumo usar em meus textos
p.s.: "hohoho"