Hideki levantou logo antes do nascer do sol e começou a preparar-se para o assalto a uma taverna a alguns quilômetros de seu acampamento. Aposto que naquela taverna conseguirei os suprimentos que preciso. Pensou, bebendo o resto da água que tinha, pouco menos de 300 ml.

Espreguiçando seu corpo, foi ao solo começando a fazer uma série de flexões. Enrigecendo os músculos dos braços, gerou força física para subir no ângulo, e ao atingir o ápice, descer. Continuando neste exercício repetitivo, o suor começou a manifestar-se em seu corpo evidenciando o esforço tremendo necessário para fazê-lo. Terminando na casa das vinte flexões, pôs-se de pé.

Saltou e agarrou um galho, se pendurando a ele e iniciando flexões de barra, trabalhando os braços. Subindo e descendo, enquanto controlava sua respiração para não acelerar o ritmo desnecessariamente e cansar com mais rapidez. Sua mão começava a transpirar, dificultando o serviço. Seu corpo começava a clamar por um descanso mas sabia que não devia parar por ali caso quisesse fortalecer seu corpo, decidindo então parar quando atingisse vinte flexões de barra.

Deitando no solo posicionou as mãos ligeiramente atrás da cabeça e endireitou o corpo, iniciando a última fase do aquecimento, os abdominais. Este exercício não se mostrou ser um desafio tão grande e custoso como os anteriores, conseguindo atingir a marca de vinte também, jogou-se para o lado respirando pesadamente. Estava pronto.

- Vamos lá.  - falou, pulando algumas vezes. Checou seu equipamento, dez shurikens, onze kunais santottan e sete selos explosivos. Acumulando um pouco de seu chakra nas pernas sumindo num veloz shunshin em direção a taverna. (Shunshin no Jutsu)

Chegando no estabelecimento, notou que o sol não iluminara ainda o local e os lampiões de querosene estavam acesos mas a porta fechada. Vou atrair quem estiver lá dentro para fora e procurar um local discreto de entrada assim poderei surpreender qualquer "surpresa" que apareça. Analisou a situação, e ao olhar para a chaminé viu seu ponto de entrada sorrateira, mas teria que achar caso este desse errado.

Andando abaixado, deslizou a kunai santottan para fora de sua manga caso algo o identificasse. Viu um pequeno celeiro, e decidiu investir nele, acumulando chakra nas mãos e nos pés com um selo neutro, criou ventosas de chakra e recolheu a arma. Correndo na direção do celeiro, flexionou os joelhos e saltou escalando a construção de madeira, chegando no telhado e entrando pelo sótão. Viu que tinha algumas vacas, porcos, galinhas e dois cavalos. Dois cavalos...Duas pessoas moram no nível superior da taverna, como temia. (Kinobori no Jutsu)

Hideki aterrisou no solo e amarrou um cavalo nos fundos da taverna, perto da chaminé e soltou os outros. Sacando uma kunai santottan, golpeoou o cadeado do celeiro com um golpe descendente quebrando-o e abrindo as portas. Atirando uma kunai com selo explosivo nos fundos do celeiro criou um enorme estrondo que assustou os animais e os impeliu para fora do celeiro. Primeiro distrair e confundir, enevoar o campo de batalha e atacar sorrateiramente. O dono virá averiguar e deixará alguém na taverna caso seja ladrões, um contra um eu poderei ganhar com facilidade e pegar o necessário para mim, afinal a taverna é o sustento deles e não quero causar-lhes mal. Analisou seu plano de batalha.

E tudo correu como tal planejou. Um homem na casa dos quarenta saiu com uma besta carregada nas mãos, indo em direção ao celeiro. Seiji, utilizou os arbustos para se movimentar silenciosamente e subindo numa árvore, acumulou chakra com um selo In, e copiando a aparência do homem, se transformou numa copia do mesmo. Acumulando chakra nas pernas, flexionou as pernas e saltou para a chaminé que não estava acesa com um shunshin, descendo lenta e cuidadosamente infiltrando-se.(Henge no Jutsu e Shunshin no Jutsu)

Abaixado, retirou sua kunai santottan da manga e deparou-se com uma jovem garota, filha do taverneiro, empunhando uma lança de frente para a porta do local. O nukenin começou a aproximar-se e levando a kunai perto da nuca da garota, pisou numa tábua de madeira mal colocada causando um grande ruído que fez a garota virar-se rapidamente, atingindo a costela do rapaz acidentalmente e fazendo-o perder a concentração voltando a sua aparência original.

- Pa... - tentou gritar, mas o albino avançou num shunshin, correndo para as costas da mesma e pondo a mão na sua boca enquanto que a outra colocava a lâmina da kunai no pescoço da jovem.

- Por favor não grite, não quero machucar ninguém, só quero um pouco de comida e algo para beber. Estou sem uma comida decente a semanas, sobrevivendo de raízes e lesmas. - sussurrou, sendo sincero com suas palavras. O rapaz a soltou e a empurrou contra o chão jogando-a, e pisando na lança.

O nuke foi em direção à dispensa rapidamente pegando um pouco de queijo, pão, carne defumada e duas garrafas de vinho e uma de água. Arrancando uma cortina da janela, fez uma trouxa de tecido improvisada e pós pendurada nas costas, neste momento, um virote varou a janela cravando-se na clavícula do rapaz que gritou de dor e soltou a kunai no solo. Tenho que ir embora.

O nukenin agarrou o virote e o arrancou, pegando sua kunai e arrancando um trapo de roupa improvisando uma gaze improvisada no ferimento. O homem estava perto da porta, e abrindo-a atirou outra virote.  Seiji recolheu sua kunai para a manga e atirou uma shuriken interceptando a seta.

Tombando uma mesa circular e arrastando-a na direção do homem, utilizou a mesma como escudo contra os virotes numa bela estratégia de combate, e aproximando-se do homem, saltou por cima do objeto e socou seu oponente na face, este cambaleou mas recuperou-se e deu uma cabeçada e agarrando a gola do rapaz o jogou contra a mesa arrastada. Tenho que preservar as garrafas e impedir que elas quebrem. Analisou.

Por trás, a garota avançou com a lança novamente e o rapaz pegou uma cadeira e deixando a lança trespassar a mesma tentou empurrar, mas a garota perseverou e avançou, chutando as genitais do rapaz o levando ao solo em meio a uma dor excruciante, e em seguida levou um chute na barriga e outro na face, quando ia tomar outro na face, o rapaz agarrou o pé da jovem e a empurrou, recompondo-se e dominando-a por trás colocando assim uma kunai no pescoço dela.

- Se atirar eu a mato, não precisava ter chegado a esse ponto. Só quero comer e beber para não morrer de fome. - falou suplicante, aproximando-se da janela.

Próximo o bastante, empurrou a garota para frente e saltou na janela saindo da taverna e correndo em direção ao cavalo preso nos fundos. Lançando a kunai contra a amarração, pulou para a sela e bateu com os calcanhares contra a barriga do animal, balancando as tiras de couro e fazendo o animal galopar. Distanciando-se alguns quilômetros da taverna e não usando trilhas ou estradas para não ser rastreado, pulou do cavalo com dificuldade devido aos ferimentos e bateu em sua bunda mandando a égua para o taverneiro, seu dono. Vou comer bem essa noite.

FIM