The Foggy Swordsmen
Capítulo I
Os filhos da névoa
“Um novo caminho as dois…”
O sol brilhava alto no céu azul de Kirigakure enquanto toda a vila absorvia o calor. As ruas iluminadas estavam cheias de vida com pessoas a andar de um lado para o outro atarefadas com os seus afazeres diários, comerciantes aliciavam as pessoas com os seus pregões, outros transportavam caixas de madeira em pequenos carros de mão. Uma minoria de ninjas passeava-se pelas ruas com a missão de manter a ordem e a paz nas ruas.
Numa casa afastada do centro nevrálgico da vila Zef ainda se encontrava a dormir, tinha passado grande parte do seu tempo a descansar depois da sua viagem ao país do ferro e da despedida de Azura. Desde então não tinha recebido novas ordens, quer do seu pai, quer do Mizukage, mas por alguma razão neste dia o seu sono fora perturbado, o seu corpo envolto em cobertores não conseguia estar quieto na cama e como tal decidiu levantar-se. O seu quarto ainda se encontrava escuro, com pés cegos levou o seu corpo até a janela e abriu-a deixando entrar o sol naquele espaço soturno. A luz ofuscou o seu olhar sendo obrigado a tapar a sua visão com a mão.
Fora do quarto a casa permanecia silenciosa, coisa a qual já se tinha habituado desde que a sua mãe morrera. Sem mais demoras foi tomar um banho, cobriu o seu corpo com as suas ligaduras características e vestiu o seu colete chunnin colocando posteriormente a sua katana nas costas.
Ao descer para a cozinha encontrou uma carta com o seu nome em cima da mesa e com o lacre do Mizukage a selar a mesma, dando prioridade a sua fome retirou uma maça da fruteira e começou a comer enquanto lia a carta.
“Por parte do Mizukage Okashi, vendo desta forma informar que o Chunnin Ichinose Zef se deverá apresentar no escritório do kage neste mesmo dia pelas onze da manhã.”
Ichinose quase se engasgou com a maça após ler aquilo, apressou-se a guardar a carta no seu colete e a correr para o relógio que apontava dez e quarenta e cinco.
-Ainda tenho tempo. –Suspirou
O seu corpo deambulou ate a porta de casa, colocou a maçã presa entre os dentes e desapareceu num rápido shunshin aparecendo metros a frente e continuando com este ritmo não demorou muito tempo ate chegar ao centro da vila, olhou para um telhado e deslocou-se para o mesmo voando com a força de um shunshin correndo assim de telhado em telhado até avistar o enorme edifício do Mizukage.
Quando já se encontrava á porta do mesmo acabou de comer a sua maçã e começou a subir as escadas do edifício que davam acesso ao interior que já fervilhava de actividade, tendo inúmeros ninjas a caminhar de um lado para o outro, Zef já tinha estado ali por isso não lhe foi difícil encontrar a sala do Kage que estava prontamente guardada por dois Anbu’s perfilados dos dois lados da porta. Assim que Ichinose se preparava para entrar na divisão, um dos ninjas impediu-o.
-O Mizukage só aceita pessoas com marcação. –Retorquiu o ninja mascarado
Com isto Zef apressou-se a mostrar a carta lacrada com o símbolo do Mizukage ao que os ninjas responderam abrindo a porta para o gabinete. Assim que Ichinose entrou duas coisas prenderam a sua atenção, uma delas foi um ninja que ela já conhecia vagamente de pé em frente a secretária do kage e a outra e mais provocante foi o seu próprio pai ao lado de Okashi.
“Claro que isto tudo só podia ser obra dele” –Cuspiu interiormente Zef.
-Bem vindo Ichinose Zef. –Começou por dizer Okashi. –Não sei se já conheces o Zehel Matsuri, se não vão ter tempo para se conhecerem mais tarde. Passemos então para as coisas realmente importantes, e o motivo de vos ter chamado aqui aos dois.
Depois de uma outra observação ao gabinete do Mizukage Zef apercebeu-se da montanha de processos e informações sobre os ninjas de kirigakure, alguns nomes eram conhecidos de Zef, outros nem tanto, mas o mais importante eram os dois processos abertos em frente de Okashi.
-Vocês os dois foram escolhidos para estarem aqui hoje porque a vila de Kiri vê em vocês grande potencial. Zehel, porque já te conheço e vejo no grande ninja que te tornaste, Ichinose porque o teu pai como braço direito e líder da Anbu fez questão de me convencer a chamar-te aqui hoje. Os dois mostram grande desempenho com a espada, e por isso o vosso treino incidira grande parte sobre esse aspecto e será de grande importância para o futuro da vila. –Okashi olhou para os dois ninjas após terminar e depois para Hatori.
Com voz fria o ninja começou a explicar o que os chunnins teriam de fazer daqui apara a frente.
-A vossa primeira tarefa será uma coisa muito simples. Um dos postos avançados de Kiri tem sido alvo de ataques por parte de um grupo de criminosos, escumalha que se esconde na floresta e ataca todas as caravanas de mantimentos que enviamos, após capturaremos um dos dissidentes conseguimos extrair informação do mesmo. A vossa missão vai consistir na entrega destes documentos ao líder do posto avançado. E isto deve ocorrer sem mais demoras, vocês os dois vão partir hoje, pela calada da noite para evitar que sejam descobertos. E lembrem-se falhanços não são aceitáveis. –Com isto e com um olhar frio sobre os dois ninjas, Hatori acabou por desaparecer numa nuvem de fumo após direcionar um aceno ao Kage.
-Estão dispensados. –Disse calmamente Okashi, dando a ordem de retirada.
Os dois ninjas saíram do edifício. Zehel levava a pasta com os documentos devidamente fechada com lacre enquanto Zef caminhava a seu lado em silêncio, olhando para as mãos do ninja que seguravam a pasta.
-Não achaste estranho toda a conversa do Mizukage, e este encontro com ele vindo assim do nada? –Perguntou Zehel continuando a seguir em frente.
-Acho que os kages podem ser estranhos quando quiserem. –Murmurou Ichinose. –Só sei que missões dadas pelo meu pai nunca são assim tão “fáceis”. –Terminou Ichinose com uma enorme dose de sarcasmo.
-Suponho que o que dizes é verdade, no entanto houve algo estranho no discurso de Okashi, o seu enfase no treino com espadas, não achas isso um pouco suspeito? –Perguntou Matsuri.
-Visto que ambos somos bons com kenjutsu, não é de todo descabido, acho que pode ser só uma forma de seremos melhores. –Terminou Zef assim que os dois saíram do edifício.
-Acho que ainda temos algum tempo para prepararemos as coisas e descansar algum tempo. Acho que o ideal era partir hoje à meia-noite, quando tudo esta silencioso e escuro, o ponto de encontro será no portão da vila. Não te atrases. –Repreendeu Zehel, depois de Zef se ter atrasado para a reunião do Kage e partiu na direcção da cidade.
Zef fez o mesmo e partiu na direcção de sua casa, ainda tinha tempo para dormir e arrumar tudo o que precisasse. Outra sensação estranha estava a apoderar-se do seu corpo, algo lhe dizia que esta nova parceria seria bastante interessante.