Corre. Pula. Abaixa. Com chakra na sola dos pés, sumia num shunshin, e velozmente aderia-se a uma árvore alta, escalando-o como um felino. Lá no alto, mais corrida. Mais pulos - desta vez, por entre os galhos. Abaixa para não bater a cabeça. Ela sorria com seus reflexos, melhores a cada dia. Um barulho de água a correr. A floresta não estava mais tão densa. Agilizando seus passos (ou pulos?) dignos de animais arborícolas, chegava à borda. No último galho, ela dava um pulo, aterrando cerca de 10 metros abaixos. A água molhou levemente seus pés, mas ela não afundara graças ao seu mizu no kinobiri. Aproveitando-se do pouso perfeito, patinava no rio, correndo como uma criança numa pista de gelo. Retirando com velocidade sua blusa e seu short, jogava-os desleixadamente juntamente com seus óculos escuros numa margem e dava um mergulho. A água era incrivelmente refrescante, mas o que a fascinava mesmo era a vida aquática. Decidiu então fazer uma exploração: concentrando chakra em seus pulmões, transformava-o em oxigênio com seu Sansokyoukyuu, e nadou submersa por alguns minutos, encantada com os peixes e outros organismos.
De volta à superfície, decidiu então iniciar seu treino de verdade. Vestiu seus trajes novamente, e procurou uma árvore com um galho aparentemente resistente. Não tardou a achar um, e reunindo chakra nos pés, subiu até lá, de forma que pudesse ficar de ponta-cabeça. O exercício era simples, embora ela não estivesse com muita vontade em realizá-lo: realizar abdominais, forçando seu corpo contra a gravidade, até que suas mãos tocassem os pés. Terminou estas dez flexões com a barriga a queimar, mas não desistia: ágil como um macaco, ela trocava de posição num segundo, colocando suas mãos a agarrarem o galho, como se fosse cair. Nesta posição, forçava agora seus braços a levantarem seu corpo até a altura da barriga, descendo vagarosamente e repetindo esta movimentação mais nove vezes. O suor escorria-lhe pela face - e também por suas mãos, que vagarosamente escorregavam. Na última flexão, a descida foi brusca demais, e as mãos molhadas não ficaram no lugar, provocando uma queda considerável na kunoichi:
- Traidoras! - ela resmungava, olhando suas mãos vermelhas e ensopadas de suor - e agora, com terra grudada.
Limpando-as rapidamente, ela levantava-se como um raio. Sacando agilmente um makimono do bolso, levava seu chakra ao selo, rompendo-o e deixando surgir seu enorme tessen. Agarrando-se ao leque, parecia que ele era um velho amigo a quem ela não via há muito tempo: acariciava-o, mas com agilidade ela o segurava e abria-o. Deixando fluir sua energia de natureza fuuton por ele, ela o agitava com leveza, criando uma corrente de vento fraca, mas que aumentava consideravelmente conforme o passar do tempo. Nuvens começavam a aglomerar-se e tornar o céu negro, enquanto um tornado descia, vindo de nenhures. Sorrindo, a chuunin parava de agitar o tessen, enquanto as nuvens dissipavam-se com a mesma velocidade com que apareceram:
- Ótimo. Consegui dominar por completo o Fuuton: Tatsu no Ōshigoto. Mas... Quero um pouco de espaço - ela sorria, enquanto moldava novamente seu chakra fuuton e o canalizava para o leque, agitando-o e criando bolsas de vento que cortavam as árvores como navalhas invisíveis, abrindo uma clareira considerável.
Uma parte de si estava eufórica com a proporção da destruição, pois significava que poderia enfrentar oponentes fortíssimos. Mas outra parte estava triste por ter causado tantos danos. Levando seu chakra novamente ao selo do pergaminho, selava seu tessen. Decidida a esticar novamente seus músculos, mirava em uma árvore qualquer, e ágil como um felino, pulava e executava um chute descendente. A madeira não cedeu, e ela executava agora uma série de murros, alternados com pontapés. A árvore era mais resistente do que supunha, então reuniu algum chakra na mão esquerda, rotacionando-o com velocidade até que alguns longos segundos depois uma esfera azul era formada. Correndo até seu alvo, a esfera era esmagada entre a madeira e a mão da chuunin, mas não fez o efeito desejado:
- Acho que já usei chakra demais. Ou ainda não sei usar bem o rasengan... - pensava, olhando sua mão esquerda bastante ferida.
- Que seja... Vou mais é relaxar um pouco mais! - dizia a si mesma, atirando novamente seus pertences e dando um refrescante mergulho.
- Nota da Eve:
Sim, eu sei que está uma porcaria. Mas preciso me reacostumar a treinar