Angelus e Kijuni tomavam o pequeno-almoço quando alguém bate à porta.
- Vou já! – gritou Angelus, levantando-se da mesa em direcção à porta.
Pouco depois, Angelus abriu a porta e, para surpresa dos dois, era Taro quem ali estava.
- Olá Angelus. Desculpa vir tão cedo…
- Bom dia, Taro-san. – Kijuni levantava o braço, em sinal de cumprimento - Nós já estávamos acordados, aliás já estamos a tomar o pequeno-almoço. É servido?
- Não, não… Vim buscar o Kijuni. Já tratei de umas coisas e preciso que o Kijuni venha.
- Com certeza, quer que eu vá também?
- Não, deixa estar. Não que não te queira lá, mas…
- Compreendo, é algo mais dirigido ao seu filho… - disse, de certa forma desapontado, Angelus.
Apesar de não estar a participar na conversa, Kijuni ouvira quase tudo. O que quereria o seu pai? Vestiu-se rapidamente, abandonando o resto da refeição e encaminhou-se para a porta. Não estava ansioso para saber qual era a surpresa, mas, para o seu pai ter dito que Angelus “podia ficar em casa”… Estranho no mínimo…
- Vamos indo então. - proferiu Kijuni.
- Sim, sim! Vamos! – exclamou o seu pai.
Deixaram para trás a casa de Angelus, que informou que ficaria por lá. Mas agora estava na hora do inquérito.
- Onde vamos?
- Já vês…
- Já vês, não. Vamos ter com alguém? O que vamos fazer?
- Estás curioso demais. – dito isto, Taro olhou para o seu relógio. – Anda! Já é tarde!
Aceleraram o passo e continuaram o caminho, até que Taro parou a marcha junto a uma casa. Não era nem grande nem pequena. Taro pediu ao seu filho para esperar um pouco e ainda nem tinha passado 1 minuto quando voltou.
- Entra. Estão à tua espera – dito isto, afastou-se.
- … Vais embora?
- Sim. É de ti que estão à espera, não de mim.
Kijuni entrou naquela casa e logo se deu de caras, com um homem parecido a ele. Só que mais velho. Tinha duas cicatrizes no lado direito do seu rosto e usava pêra. Basicamente eram estas as diferenças entre os dois, até o penteado era idêntico, sendo a única diferença era que o cabelo de Kijuni era um pouco encaracolado.
- Segue-me – disse ele.
Atravessaram a casa de ponta a ponta até chegarem a um jardim da casa. Sentado em cima de uma pedra que servia de margem a um pequeno lago estava um rapaz, que também era bastante parecido com Kijuni.
- Com que então és o Kijuni… - disse o rapaz. – O meu primo realmente não mentiu… É bastante parecido connosco não é pai?
- É verdade. – respondeu o homem que pelos vistos era pai daquele rapaz.
- Não me apetece, mas vamos treinar então? – perguntou o rapaz a Kijuni.
- … Primeiro gostava de saber quem são vocês…
- Julguei que o teu pai já te tivesse dito, mas pelos vistos, não. Eu sou o Shikamaru e este – apontou para o homem com cicatrizes na cara – é o meu pai, Shikaku.
Kijuni ficou surpreendido. Então o seu pai andara todo este tempo a esconder-lhe que ia treinar com os Nara, a sua família, sobre a qual tanto ouvira falar enquanto era pequeno.
- Pareces surpreso. O teu pai não te disse nada, hein? Que problemático…
- Já percebi que vamos treinar. Vamos então? – questionou Kijuni, revelando um pouco da sua ansiedade.
Shikamaru fez sinal para que o seguisse. Andaram, lentamente, até ao final do jardim, que depois se estendia em direcção a uma floresta. Continuaram em direcção à floresta, mas não andaram muito mais. Shikaku subiu a uma árvore e sentou-se num ramo grosso, observando a cena de lá de cima.
- O teu pai, veio falar comigo para que eu te treine, mas as coisas não são assim tão fáceis. Tens de o merecer, daí a razão deste treino… Aliás deste teste…
- Teste… Não tenho a mínima hipótese contra ti…
- De facto, não tens. Mas basta-te fazer boa figura perante mim para mereceres ser treinado.
- Certo…
- Vamos então começar?
Um aceno de cabeça de Kijuni indicou que se podia começar o “combate” e então, Shikamaru saiu daquela zona, rapidamente. Kijuni olhou para Shikaku mas este manteve a mesma expressão de indiferença. Logo de seguida, ouviu o zumbido de algo a cortar o ar. No entanto, falhou o alvo… Apesar disso, Kijuni não teve mais tempo para descansar: shurikens e kunais voavam ao seu encontro e da melhor maneira possível o jovem bloqueava e desviava-se das armas. Escondeu-se atrás de uma árvore, mas logo se afastou. No chão, junto à árvore, estava uma kunai embrulhada num papel explosivo. Kijuni correu na direcção contrária, mas logo foi bombardeado com mais kunais e shurikens. Subiu a uma árvore, de modo a esquivar-se do ataque , mas logo teve de saltar dela, para evitar mais uma kunai com papel explosivo. Foi então que viu Shikamaru. Estava na árvore imediatamente a seguir à de Shikaku. Estava quase que ajoelhado e com as mãos juntas formando um selo, fez com que a sua sombra chegasse até ao seu pai. Este quando se deu conta do que o filho estava a preparar-se para fazer ainda se tentou saltar, mas era tarde. A sombra de Shikamaru apanhara-o.
Kijuni sabia o que era aquilo. Shikamaru tinha usado o Kage Mane no Jutsu, aprisionando o próprio pai, mas qual seria a sua ideia? Logo a seguir descobriu e não gostou… Shikamaru saltou de cima da árvore e Shikaku imitou-o. Parecia que queria usá-lo como marioneta. Os dois puseram a mão atrás das costas e para desagrado de Kijuni, voltaram com as mãos cheias de kunais. Shikaku riu-se.
- Então a razão de usares a tua bolsa aí era para isto?
Shikamaru planeara isto anteriormente. Realmente, as histórias de Taro não defraudaram as expectativas de Kijuni, Shikamaru sempre era bastante inteligente.
Pai e filho começaram então a correr em direcção a Kijuni atirando kunais e shurikens. Kijuni desviava-se da melhor maneira possível, mas estava na hora de contra-atacar. Sacou das suas shurikens e atirou um par delas que, enquanto iam no ar, se multiplicaram e acabaram por embater nas restantes shurikens de Shikaku e Shikamaru.
- Katon: Goukakyuu no Jutsu! – gritou Kijuni depois de ter realizado uma porção de selos.
- Realmente as informações de Loki eram verdadeiras… O garoto tem mesmo uma grande habilidade. – pensou Shikamaru.
Shikamaru desprendeu o seu pai e este acabou, no último segundo, por evitar a bola de fogo de Kijuni, saltando. No entanto, Shikamaru não tentou aprisionar o seu pai novamente. Apressou-se a enrolar umas poucas shurikens em papel explosivo e logo as mandou contra Kijuni. O genin viu-se obrigado a saltar para o lado oposto, mas tropeçara em algo, caindo.
Uma fina linha estava atada a uma kunai que por sua vez, estava espetada numa árvore. Era uma armadilha preparada por Shikamaru.
- Kage Mane no Jutsu… Realizado com sucesso!
- Ahhh! – gritou, revoltado, Kijuni.
O primeiro ataque de Shikamaru falhara o genin de propósito. A kunai espetada na árvore tinha a função de manter a linha levantada, para que Kijuni pudesse tropeçar nela. Depois era apenas uma questão de o “empurrar” até à armadilha. Entretanto, Kijuni foi libertado.
- Eu já estava à espera que não conseguisses me ganhar e tiveste esta falha grave de não detectar a armadilha…
Kijuni permaneceu calado.
- Apesar disso, bateste-te bem…
- Isso significa?
- Significa que procurarei ensinar-te o que sei.
Kijuni suspirou de alívio. Estava já a pensar que, depois de ter chegado tão perto, Shikamaru não o iria treinar… Estava radiante e naquele momento, abstraiu-se de tudo, ouvindo, ao longe, a voz de Shikaku a advertir o filho por ter feito dele uma marioneta. Iria ser treinado por Shikamaru…
- Vamos voltar então? – questionou Shikamaru, interrompendo o “sonho” de Kijuni.
Regressaram então os três até casa e, não tinham ainda chegado a entrar na casa, quando o que Kijuni julgou ser um alarme tocou.
Shikamaru e Shikaku viraram-se um para o outro.
- Fica com ele pai. Tenho de ir! – disse Shikamaru.
Logo de seguida, sem dizer nada a Kijuni, desapareceu rapidamente.
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Desculpem ser tão longo e tão chato. Este treino passa-se mesmo antes do filler do itachi dattebayo (
Aqui), tipo 1 hora antes
EDIT: Editei porque me esqueci de meter título