Ankuko arrumava as coisas freneticamente na mala, sem de dar ao trabalho de dobrar ou arranjar fosse o que fosse, ele queria era se despachar o mais rápido possível, para iniciar a sua caminhada que era bem longa.
- Bem, pelo menos 4 diazitos de viagem é... e é preciso que faça poucas pausas, por isso, vou apontar para 5 dias, uma semana deve chegar. - Ankuko acabara de fazer as mochila, levando apenas alguma água e comida e uma muda de roupa interior. Saiu de casa, fechou a porta a chave, despediu-se dos vizinhos. - Adeus Ankuko, boa sorte! - Diziam eles, ao ver Ankuko passar. Após percorrer várias ruas, ruelas e travessas, alcançou a saída da vila.
- Adeus Suna, até ao meu retorno – Disse com um aceno, á medida que se virava de costas. Iniciou a sua caminhada, o dia estava bom, as nuvens brincavam silenciosamente no céu sobre a guarda do sol, que brilhava intenso. Suna já mal se via no horizonte, e Ankuko mantinha a passada, correndo em velocidade moderada para não se cansar desnecessariamente. Estava previsto demorar 4 ou 5 dias, o que lhe iria proporcionar muito tempo para treinar e conhecer novos locais. Quando o sol já se escondia no horizonte, Ankuko achou por bem, acampar durante a noite, já que no deserto as noites são bastantes frias.
Encontrou duas rochas encostadas uma a outra, que formavam uma pequena caverna. Ankuko dirigiu-se para a caverna, onde montou acampamento. Fez uma pequena fogueira, com algumas ervas secas que se encontravam em redor da pedra, tirou a mochila, e ficou em silencio a contemplar o fogo enquanto pensava o que faria quando chegasse a Konoha.
- Será…que alguém me vai reconhecer? Ou será que irei passar despercebido como sempre? Deus queira que sim, quanto menos atenção chama, mais dificilmente o meu tio saberá que estou em Konoha. Por outro lado, não faço a mínima ideia onde os meus pais foram enterrados… Onde será que ele está agora? Ontem fugiu sem deixar rasto, admitindo que iria voltar…mas parece que tão depressa não me vai encontrar, pelo menos em Suna, e duvido que venha atrás de mim. Só gostava de saber, é como é que ele ainda está vivo, a doença já o deveria ter morto, ele deve ter encontrado alguma maneira de retardar ou reduzir os efeitos da doença. Ele parecia forte, talvez até mais forte que Kuja…esse também era uma boa peça, será que o vou encontrar em Konoha? Espero bem que não… - Se súbito, os seus pensamentos foram interrompidos por um estranho barulho atrás de si. Um rosto semelhante foi iluminado pela fogueira, era Cuh Eka. – Cuh Eka? Que fazes aqui?
- Ehehe, vim me despedir, já que tu nem te deste ao trabalho disso. Ias-te embora sem dizer nada ao Cuh Eka, ninguém ignora o Cuh Eka! – Disse fazendo a sua pose habitual. – Também não é difícil ignorá-lo… - Responde Ankuko. – Claro que não, especialmente com a minha nova técnica! - Cuh Eka começou a fazer os selos. – Até tenho medo… - Receou Ankuko. – Kamasutra no Jutsu! – De repente, toda a área envolvente estava repleta de casais heterossexuais executando inúmeras posições sexuais. – Ahahah, que dizes desta técnica mortífera? – Ankuko não resistiu, e mandou uma enorme gargalhada que fez Cuh Eka corar. – Tás te a rir de que? Han? Han? – Cuh Eka não se havia apercebido, mas um fio de sangue corria-lhe pelo nariz. – A tua própria técnica afecta-te a ti, ahahahah. – Disse Ankuko, custando a falar devido ao riso. Uma nuvem de fumo preencheu o ar, e o Jutsu terminou. – Bem, já vi que não és fã destas técnicas, vai-se lá saber porque. – Disse Cuh Eka tentando se recompor. – Bem, desejo-te boa viagem, e que tudo te corra bem. Fui! – Disse, desaparecendo entre corações. – Este Cuh Eka…
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Azul - Pensamentos