Texto do Madeira. Kimahu vs Madeira – First Round
A chuva abatia o local, caindo na diagonal, banhava também o corpo dos dois ninjas, um deles sou eu, mas nem a chuva nem o frio, nem qualquer coisa que por mais grave que fosse nos fazia sair daquela posição… Continuámo-nos a mirar… A observar, e tentámo-nos estudar mutuamente, o lago era a única coisa que nos dividia, algumas rochas e árvores também estavam dispersadas pelo local… Pouco sabíamos acerca um do outro… A única coisa que conseguia desencantar era que ele jogava em casa… Isso era um ponto a menos para mim. Teria eu hipóteses de vencer? Não conhecia minimamente o meu adversário, apenas o seu nome… A minha pouca experiência poderá afectar a minha performance? Lá os espectadores estavam perfeitamente e abrigados da chuva pelo menos… Tinha-se criado um local VIP para os participantes e para os que quisesse assistir. Esses estavam sentados em cadeiras, debruçados pela janela a olhar atentamente, observando também uma nuvem negra que se aproximava.O Jounin também com uma headband de Kiri presa no seu braço esquerdo que estava visível a mim, perto do ombro, estava preste a dar o sinal, mas prefere antes voltar a dar o sermão habitual…
- Serei o Jounin responsável. O combate acabará assim que um desistir ou morrer. Como nós não queremos nada disso, intervirei quando for preciso e assim, acabarei o combate. Percebido? Vai ser Kimahu de Kirigakure contra Madeira de Kumogakure – Informou fazendo Kimahu olhar para a minha headband que estava presa na perna.
-Hai! – Respondemos os dois em sintonia
Voltámos à posição de estátua… Kimahu engole um pouco de saliva o que me faz ter uma reacção de defesa imediata, fazendo o Jounin e o meu adversário olharem para mim.
-“Estará com medo? Se sim, que sorte que tive! Fica mais fácil vencer!” – Meditava Kimahu
Voltei ao meu lugar e prosseguindo o movimento o Jounin baixa definitivamente o braço dando inicio ao combate.
Mas algo de incrédulo estava a acontecer, não me conseguia mexer…Não era um jutsu, nem era uma estratégia. Respirava rapidamente, uma expiração algo agressiva. Estava com medo.
Kimahu saltou para o meu lado do terreno atravessando a cascata pela ponte rapidamente e prosseguindo o seu ataque em seguida começando a correr. Pé ante pé chegou e deu-me um murro bem encaixado no maxilar. Não perdendo tempo desferiu um pontapé na barriga, afastando-me alguns centímetros para trás. Kimahu aproveita para respirar um bocado, e eu tento ganhar espaço afastando-me num salto e dando uns passos para trás
- Madeira, acorda para a realidade! – Gritava alguém lá das bancadas. Manel, Marcelos, Maiko, Kurato e Tsakata, não os via bem mas sabia que eram eles tinham de ser…! Todos acenavam e incentivavam-me a continuar… A ganhar!
Depois disto a chuva cessa deixando grandes poças de água no chão, fazendo os espectadores olharem para o céu e esquecerem-se por segundos dos combatentes. Mas esses não se tinham esquecido um do outro… Começavam-se a mirar outra vez, preparando algum ataque.
-Yosh, VAMOS PARTIR A LOIÇA PEOPLE! – Kimahu preparava-se para atacar outra vez, correndo na minha direcção pisando uma das poças fazendo saltar a água para os lados, encharcando um pouco as suas sapatilhas.
Voltei a dar um salto para trás para me antecipar uns segundos, quando Kimahu arma um pontapé, faço três selos rapidamente e levanto-me agressivamente batendo uma palma:
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Mizu Kaketsu no jutsu! - Kimahu não conhecia o jutsu por isso parou – má jogada, apenas me ajudou. O jutsu nem fora muito rápido mas possuía grande força, elevando Kimahu bem alto. Tentei feri-lo enquanto ele estava no ar, atirando umas shurikens, às quais uma delas acerta-lhe na perna, as outras passam de raspão no seu rabo.
Apenas dei mais alguns saltos para trás e pus-me em posição de guarda muito estranha para ninjas mas tipica para practicantes de karaté.
-Karaté Kid? – Gozava Kimahu estando quase a cair – Aleijaste-me o cu ó boi. – Ria-se ele
-Goza muito… - Respondi soltando um riso por segundos, mas aquilo não podia acontecer, só podia dar satisfações no fim do combate e nada mais!
Kimahu aterra com dificuldades pois a perna doeu-lhe quando bateu no chão. Este retira a arma espetada e exclama:
-Quem disse que era uma ofensa? Já não se pode brincar!?
Não respondi e prossegui o combate. Não estávamos muito distantes um do outro, tentei dar desencadeio a uma luta corpo a corpo, mas este evitou-a prudente do jutsu. Má escolha tê-lo usado tão cedo.
Então atiro uma bomba de fumaça, encobrindo-me:
-“Isto deve ganhar um tempo para folgar…Não quero gastar o meu chakra todo agora.”
Kimahu tinha-se afastado precedentemente, assim que a bomba tocou no chão. Estava a ser um combate algo parado, movimentos espertos e eficazes, tentou guardar-se no chakra, pois o clima da sua terra não ajudava o seu alinhamento elementar, e não valia a pena usar ninjutsus Katon, mas iria agora iria finalmente investir com tudo, visto que a chuva tinha cessado gritou:
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Endan!Desviei-me da bola rapidamente saltando para o ar.
Em seguida perpetuo-se ao próximo ataque fazendo uns selos e cuspindo uma bola de fogo maior:
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Gokyakuu no jutsuEstava em pleno ar, e estava a ponto de levar com a chama:
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Bunshin no jutsuA labareda que tinha um descomunal tamanho continuou a avançar, batendo no meu corpo que se virou em fumo.
-Ahaha! Apanhaste o clone! – Gozava eu
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Housenka no jutsu! – Cuspindo uma bola de fogo, que me desviei com um salto muito puxado quase como por sorte a bola passou-me de raspão nas calças, queimando-as um pouco. Mas Kimahu não descansou e lançou em seguida outra, rapidamente dei um salto para cima, muito imprudente. O meu oponente que obviamente não é estúpido aproveita e lança uma última bola de fogo na minha direcção, eu ainda estava longe tinha de pensar em algo, antes que me pusesse mais perto da derrota. Fazendo poucos selos muito rapidamente:
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Suiton:Seishitsu Sabaki no Jutsu – Montes de folhas secaram, agora não havia lá vida na arena sem sermos nós, já não tínhamos a companhia de insignificantes ervas no chão… Manejando a água com destreza tentei fazer frente ao ataque, calculando a distância e força necessários. Era o tudo ou nada, puxei o braço para trás e num movimento brusco lancei a água. Esta e o jutsu colidem não dando hipótese de nenhum prevalecer.
Voltei ao chão a respirar violentamente… Um rasto de dióxido de carbono era visível devido ao frio. Respirávamos rapidamente cansados, tossindo também um pouco. Estava a ser puxado e de momento Kimahu parecia o provável vencedor… Mas o combate estava muito longe de acabar, e os dois sabíamos disso.
Tentei acercar-me dele, mas afastou-me com duas kunais às quais me agachei. Em seguida ele aproxima-se e eu pego numa kunai para me tentar defender. Velozmente Kimahu faz o mesmo, e lança a sua contra mim. Respondi fazendo a mesma coisa. O impacto entre as kunais foi tão grande que as duas foram direccionadas para o lado esquecidas no ar.
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Mizu Bunshin no jutsu – Decidi terminar o combate agora. Se não me consigo pelo menos equiparar com este ninja, como ganharei o torneio? – Vamos malta estratégia A.M
-A.M? – Perguntava Kimahu descrente –
Sunshin no jutsOs clones pararam de correr em direcção onde estava Kimahu. Não fazia a mínima ideia de onde estava… Mas na realidade estava-me apenas a espiar, olhando-me pelo canto do olho procurando uma brecha para atacar, até lá recuperaria o seu chakra. Apesar de eu não saber nada sobre o meu oponente, ele tinha conhecimento entre a diferença de habilitações entre os dois. Estava a tentar fazer um duelo inteligente, sem grandes expectativas em atacar Ninjutsu.
Comecei-me a fartar… Não podia aguentar mais aquilo… Cobrindo a minha mente com força, mordi o polegar e com selos rápidos anunciei:
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Kuchyioses no jutsu – Tore – Uma nuvem de fumo ia saindo da minha mão, que estava pousada no chão, um pequeno pássaro estava lá em cima agora. – Vai buscar o Kimahu! Ponham-se todos em posição!
Os clones obedeceram e dispuseram-se em quadrado agarrando uma kunai…
Tore andava à busca de Kimahu atentamente, voando por entre árvores olhando com precaução nas suas majestosas copasKimahu sentiu um ligeiro movimento nas folhas e abre um espaço para ver o que é afastando o ‘verde’ com as mãos. Aí é quando ele desejou nunca ter a tentação de descobrir o que palpitava nas folhas, acabava de ter revelado a sua presença.
-Porra! – Gritou ele atirando uma shuriken ao pássaro. Tore com a sua velocidade desvia-se e faz voo rasante até mim. Ao ouvir as indicações da minha kuchyiose fiz um selo fazendo sumir o pássaro.
Kimahu salta da árvore e prepara-se para enfrentar os cinco Madeiras.
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Shirei Aruku no jutsu – Dissemos
Kimahu colocou-se em posição de defesa e atirou umas quantas kunais, num movimento circular com o braço soltando-as a toda a velocidade.
Os clones armaram-se de kunai, todas elas presas com kibaku fuudas, excepto eu que atirei uma bomba de luz, Kimahu tenta sair dali, mas um dos clones lança uma kunai com kibaku fuuda para onde ele iria aterrar, acabou por explodir, e asua força fez parar Kimahu.
Os três clones restantes circundaram Kimahu, puxaram do braço para cima e pregaram a sua kunai e kibaku fuuda no chão, ficando lá, não dando chance do oponente escapar.
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Goukyakuu no jutsu! - Disse ele levando a chama até um dos clones, esta estava apontada para a cabeça, em seguida manteve-a e atacou outro clone, e por fim o último deles. As kibaku fuudas explodiram deixando uma fumaça estendida pelo local. Quando esta se dissipou apenas restava lá um tronco.
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Housenka no jutsu – Continuou uma voz escondida. Uma bola de fogo vinha na minha direcção, mas depressa a labareda se esfumou dando lugar a uma shuriken. A tentativa de ataque de Kimahu tinha sido inútil contra mim, pois defendi com uma kunai desviando o projéctil.
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Mizu Bunshin – Repeti eu mais uma vez, criando um clone acompanhado de uma kunai. Este começou a correr lateralmente numa linha curva.
Kimahu olhava para os dois ao mesmo tempo e decidiu ir à luta comigo. Remessando uma shuriken. Mas a meio de caminho tinha ficado suspensa e começava a voltar para Kimahu, este tinha preso uma linha shinobi na arma! Dando uma volta de 240 graus ( 75%), faz com que a shuriken tome um alvo diferente, desta vez o clone. Esse defende-se com a kunai e volta a tirá-la para um sitio morto. Eu ainda longe apressei-me a atirar também a minha para o tal sitio morto, desviando a trajectória da kunai lançada pelo clone.
Kimahu não se apercebe mas vai a tempo de se desviar saltando bem alto.
-Hora de acabar…
Shirei Aruku no jutsu!… - Referenciei eu agora a minha vitória.
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ENDAN! – Gritou ele tentando-me parar.
O chakra de ambos estava-se a esgotar, foi quando Madeira reforça ainda mais a sua vitória com três selos:
Kori Shinchuu no Jutsu Kimahu começa-se a sentir tonto, não percebendo que era um genjutsu, pensando apenas que se estava a sentir mal, que tinha apanhado uma constipação, espirrando também, então apercebe-se que estava num genjutsu e liberta-se:
Kai!O passo começava a voltar normal mas tinha preparado um Doringan entretanto, Kimahu olhou e tentou-se desviar, foi quando se viu preso. Tinha feito dois clones antecipadamente e prenderam Kimahu em Cordas.
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DORINGAN!A esfera soltara-se e fazia o juízo final a Kimahu, este incapacitado para se mexer, utilizando as suas últimas esperanças de fugir ao ataque lança uma kunai que destrói um clone fazendo o baixar. Mas o Doringan tinha sido muito rápido e ter tentado soltar-se foi um erro. A técnica trunfo acertou-lhe em cheio no peito fazendo-o cair.
O Jounin preparava-se para declarar o fim do combate a meu favor, quando de repente o corpo de Kimahu deu lugar a um tronco.
Com o suor fazendo extravasar ainda mais a minha aflição perguntava-me como era possível? Pus a mão na testa e tentei-me recompor. Em posição firme comecei a andar, mas fui projectado para trás. Era Kimahu, em condições iguais às minhas, pouco ou nenhum chakra lhe restava mas se eu arrisca-se mais ataques e os falhasse estava em maus lençóis.
No terreno acidentado comecei a correr frente ao meu adversário, saltando e lançando algumas kunais. Kimahu respondeu com uma kunai. As duas passaram ao lado uma da outra não acertando também em nenhum de nós.
Caímos os dois ao mesmo tempo, em perfeita coincidência, antecipei-me a ele e desferi um chakra punch com que ele se agachou e respondeu com um pontapé da direita. Este vinha com grande velocidade mas eu afastei-o com um chakra Subo que também o afectou na perna, fazendo-se sentir quando a pousou.
Depois desfiri outro chakra kick que o afasta, continuando o ataque lança umas kunais e shurikens. Ele não tem outro remédio senão saltar. Saltei ainda mais alto e encaixei mais um último chakra punch.
Kimahu com alguma sorte caí na água da cascata fazendo-a subir para cima violentamente com a chapa, ele volta ao normal e usa o Mizu Kinoribi para se equilibrar em cima de água já meio tonto e sem forças. Pousei também na água usando o Mizu no Kinoribi, batalha na cascata era o que se seguia… E tudo iria acabar aqui.
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Mizu Bunshin! – Dizia eu criando um clone em plena água. Este também assente nela com o Mizu no Kinoribi.
Kimahu começa o seu contra-ataque atirando umas kunais ao clone, este desvia-se com muita agilidade e começa a correr contra Kimahu, este retalia com um murro, mas o clone apanha a mão e aperta-a com força sorrindo maqueavélicamente e espetando outro murro no abdómen de Kimahu. Este cai de barriga e cara no chão. Foi quando o clone desaparece e eu alarmado vou a correr para o amparar.
Levanto-o com alguma dificuldade pois também estava esgotado.
-Não sei muito de ti Kimahu-san mas adorei o combate, és um excelente adversário, oxalá te defronte outra vez e quem saiba talvez ganhes tu.
Kimahu sorri para mim com alguma frieza, mas essa quebra-se pouco depois. Os paramédicos aproximavam-se para também ajudar, mas o aleijado faz sinal de estar bem e começa a abandonar a arena de costas para mim. Toda a arena estava calada, quando eu rebento o silêncio com palmas… Na audiência também se começava a ouvir algumas pessoas, e poucos segundos depois toda a arena aplaudia Kimahu e a sua coragem, eu não fui excepção.
Quando Kimahu acabou por sair da arena, ainda mais palmas foram dirigidas para mim, o Jounin esticou-me o braço para cima em sinal de vitória e comecei a andar até à saída fazendo sinal também que não precisava de ajuda aos paramédicos.
-Passei a primeira fase!!! – Corria eu frenético de braços estendidos. – UHHHHUUHHH – Gritei saltando bem alto – “Guardei algumas das minhas capacidades para depois… Não queria revelar já tudo o que tinha… Mas neste duelo, senti que revelei demais…”