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Kazumi: Como é que quer que eu me acalme?- perguntou ele, louco de raiva- Pediu-me para vir aqui para me falar sobre a minha família, mas não há mais nenhum assunto que lhe diga respeito!
???: Porque dizes isso?- atirou o desconhecido, num tom ameaçador.
Kazumi: Porque eu estou sozinho neste mundo, não tenho família, todos eles desapareceram!- gritava Kazumi, com as lágrimas a escorrerem-lhe pelo rosto.
Arashi: E se eu te disser que isso não é verdade?
[CONTINUAÇÃO]
As palavras do Kazekage Arashi, roucas e secas, tiveram o efeito de uma bala na cabeça de Kazumi, já que este passou da fúria ao silêncio num piscar de olhos. Após uns poucos minutos de silêncio, ele falou.
Kazumi: Como é que disse Kazekage-sama?- disse Kazumi, num murmúrio quase inaudível, prestes a chorar.
Arashi: Disse que não estás sozinho, ainda te resta um familiar!
Kazumi: Não sei porquê, mas NÃO ESTOU PARA BRINCADEIRAS DESSE TIPO!- Kazumi estava prestes a ter um ataque de fúria- COMO É QUE SE ATREVE A FALAR ASSIM DA MINHA FAMÍLIA!?
???: Rapazinho, vamos lá acalmar os ânimos, que isto não é brincadeira nenhuma. O que o Kazekage-sama está a dizer é a mais pura das verdades.
Kazumi: E COMO É QUE TU SABES ISSO?
Arashi: Porque o teu familiar que está vivo é ele- atirou secamente o Kazakage, já irritado com a atitude do Gennin.
Kazumi: E como é que eu vou acreditar nisso? Podem provar-me que isso é verdade?- perguntou ele, bastante impaciente com a conversa.
???: Muito simples, basta que eu te diga o meu nome. Mas será que mereces que te diga?- troçou o rapaz com ar brincalhão.
Infelizmente para ele, esta brincadeira saiu-lhe caro já que logo a seguir a fechar a boca levou um valente soco de Kazumi, que o atirou para o chão com a boca ensanguentada.
Kazumi: QUERES BRINCAR COMIGO É?- Kazumi estava totalmente cego pela fúria que o atravessava- MANDA MAIS BOQUINHAS E EU DESFAÇO-TE!
Arashi *usando o Ayatsuito no Jutsu para prender Kazumi*: Agora já não o desfazes. E vais levar uma punição por esta atitude, mas depois eu trato disso. O que ele disse é verdade, se tu souberes o nome dele, vais logo entender que ele é teu familiar.
???: Pergunto outra vez, estás interessado em saber o meu nome?
Kazumi: Sim!- disse ele, mais calmo graças às palavras do Kazekage.
???: Pois bem, depois não digas que eu não sou teu irmão- disse o rapaz, criando suspense.
Kazumi: DESEMBUCHA!- gritou Kazumi já bastante impaciente.
???: Está bem, está bem, acalma-te que eu digo.
Após ver que Kazumi estava bastante mais calmo, apesar de impaciente, decidiu contar-lhe.
Kuriogami: Bem, já está na altura de saberes. O meu nome é Kuchiki Kuriogami e tenho 15 anos.
Dito isto, um grande momento de silêncio se seguiu. “Ele é meu familiar, ou isto é tudo uma brincadeira de muito mau gosto? Brincadeira cada vez me parece menos, até porque se fosse assim o Kazekage-sama não me tinha amarrado. E mais ele tem o nome da minha família, os Kuchiki. Será que isto é mesmo verdade?”, pensava Kazumi, que se encontrava extremamente confuso com todas estas revelações e mistérios. Após alguns momentos com este tipo de pensamentos, Kazumi rompeu o silêncio.
Kazumi: Isto está tudo muito mal contado, quero que me expliquem como é que tudo isto aconteceu- disse o confuso Kazumi.
Kuriogami: Para te poder contar a história primeiro precisas de saber qual é o nosso grau de parentesco.
Kazumi: E qual é?
Kuriogami: Bem, acho que te vou pôr ainda mais confuso com isto, mas cá vai. Eu e tu somos...- Kuriogami parecia receoso da reacção de Kazumi- IRMÃOS!
Kazumi sentiu-se quase a desmaiar com esta revelação. “Como é que é possível eu ter um irmão e não saber de nada? Ainda por cima mais velho do que eu! Os pais nunca me falaram disto!”. Kazumi tinha a cabeça a funcionar a mil à hora, mas mesmo assim não entendia como era aquilo possível.
Kazumi: Realmente, deixaste-me ainda mais confuso- disse Kazumi, com ar de desaprovação perante as palavras do “irmão”.
Arashi: Bem, agora é a minha vez. Importaste que seja eu a contar a história Kuriogami?
Kuriogami: Não me importo nada Kazekage-sama, faça o favor.
Arashi: Então vamos começar pelo princípio. Como já deves ter reparado Kazumi, o Kuriogami é 3 anos mais velho que tu, certo?
Kazumi: Certo.
Arashi: Então assim é mais fácil. Os teus pais, 2 anos depois de se casarem, tiveram um filho, que é o Kuriogami. Apesar de quererem uma rapariga, eles sempre o amaram. Um dia, mais ou menos 2 anos depois do nascimento de Kuriogami, os teus pais foram forçados a abandonar o rapaz, por razões que desconheço.
Kazumi: Foram forçados a abandoná-lo? E como é que o senhor sabe isso?- perguntou Kazumi, que já estava bastante intrigado com aquele pormenor da história.
Arashi: Soube disto pelos teus pais, pois eles vieram ter comigo, logo a seguir a terem-no deixado num determinado lugar. Estavam muito cabisbaixos e a tua mãe até estava a chorar.
Kazumi: E não lhe contaram o porquê de terem abandonado?
Arashi: Apenas me disseram que alguém os tinha forçado e não quiseram entrar em mais pormenores. Mas continuando, passado algum tempo, tu nasceste e continuavamos sem saber de Kuriogami. Então, recebi um pedido de adopção de uma criança com cerca de 3 anos e meio, vinda de um velho mestre em Genjutsu de Suna, o grande Zatori-sama. Quano este me enviou uma fotografia da criança, que me pareceu familiar na altura, mas nem me interessei muito e esqueci aquilo.
Kazumi: E então?- Kazumi já mostrava sinais de estar a explodir no seu interior, devido à grande impaciência para realmente saber o que tinha acontecido.
Arashi: Quando o Kuriogami se graduou na Academia, eu vi o nome dele e fiquei horrorizado, mas fiquei ainda pior quando soube que ele tinha sido criado e ensinado por Zatori. Foi então que me lembrei de fotografia de criança dele e fui comparar com a enviada por Zatori e, como já estava à espera, eram exactamente iguais. Foi aí que decidi procurá-lo e contar-lhe tudo. Foi um bocado difícil para ele acreditar na história, mas quando ele aceitou e viu que realmente era verdade, pediu-me para te conhecer. E pronto, mandei-te aquela mensagem para vires aqui e vocês finalmente conheceram-se.
Kuriogami: Então, que pensas de tudo isto?- perguntou Kuriogami, que estava na esperança de o seu irmão o aceitar.
Kazumi: Amigos são amigos. Família é família. É impossível viver sem os 2. Portanto, quando descobrimos um familiar ou um novo amigo, a única coisa a fazer é aceitá-lo!- murmurou Kazumi, com as lágrimas no canto do olho.
Kuriogami: Isso quer dizer que...- Kuriogami estava a tirar uma kunai da sua bolsa- QUE ME ACEITAS?
Kazumi: Sim, eu sempre quis ter um irmão, alguém com quem conversar, brincar e treinar. Tu és o irmão que eu sempre quis e não te vou perder por nada deste mundo!
Kuriogami*desamarrando Kazumi*: Faço minhas as tuas palavras- disse, enquanto abraçava Kazumi.
Foi um longo e sentido abraço, que até emocionou o Kazekage Arashi. “Eu tenho um irmão”, pensavam os 2 ao mesmo tempo.
Arashi: Bem, meus rapazes, acho melhor irmo-nos embora daqui.
Kazumi: Há algum problema Kazekage-sama?
Arashi: Não, não há problema nenhum, eu é que tenho de trabalhar e vocês têm de pôr a conversa em dia.
Kuriogami: Nesse caso, não me importo de ir embora- disse Kuriogami, rindo-se às gargalhadas.
E saíram os 3 do local, em direcção ao escritório do Kazekage. Para surpresa de Kazumi, o tempo tinha melhorado substancialmente, as nuvens tinham desaparecido completamente e o dia tinha ficado, como é costume no deserto, limpo, com o ar seco e com muito calor.
Kazumi: O tempo melhorou bastante.
Arashi: Pois, tens razão. Bem, chegamos. Meus rapazes, boa sorte para vocês e que a vossa relação resulte. Quero ouvir notícias vossas rapidamente!- disse o Kazekage, sorrindo para os 2.
Kuriogami: Adeus e obrigado por tudo Kazekage-sama.
Kazumi: E não se preocupe que vai ter notícias nossas rapidamente!
Arashi: Adeus rapazes!
E seguiram os seus caminhos, o Kazekage para o seu escritório e os 2 irmãos para lugar indefinido, onde iriam descobrir-se um ao outro...
[CONTINUA]
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Aqui está a segunda parte da minha saga. Tal como eu disse, é bem maior que a outra parte
Espero que gostem ^^