Três dias se passaram, todos eles desperdiçados por um longo sono de Broly, e só não durou mais devido a um terrível pesadelo.
Aquele tecto era diferente e aquela cama não era a dele. O "filme" daquele dia não saia da mente de Broly,a maneira de como foi quase fatalmente ferido pelo seu irmão gémeo, Chrono; de como sua poderosa kuchiyose foi raptada; de como atacou Kristea a frente de um amigo, e que, mesmo assim, ela tratou dele e que agora era forçado a repousar na cama de um hospital. Ao lado da cama, estava uma comprida corda, provavelmente tratava-se do alarme para chamar uma enfermeira, se necessário. Com a fome a apertar, Broly decidiu dar-lhe utilidade mas, quando olha para o lado, repara uma cama que antes não estava lá, onde em cima da mesma estava Kazuki Hitsuyaga, seu amigo que assistiu a tudo na primeira fila e, que provavelmente, estaria naquele momento ofendido e zangado com Broly por este ter atacado uma pessoa muito importante para ele.
Assim que Kazuki sentiu Broly a mexer-se, levantou-se, mesmo sem receber alta, e saiu disparado do quarto.
- Vai ser complicado entender-me com ele agora. – Pensou Broly. Correr a contar a Kazuki que ele possui instintos selvagens era capaz de ser má ideia, pelo menos por agora, o melhor era manter o segredo.
Estendendo a mão, Broly tocou na campainha. Demorou um pouco, mas valeu a pena esperar: Tratava-se de Kristea. A amiga de Broly carregava uma bandeja numa mão e um livro na outra.
- Finalmente acordaste, estava a ver que não. – Disse Kristea, enquanto colocava a bandeja sobe o corpo deitado de Broly. – Aqui esta a tua sopinha e, como me pediste, um livro sobre jujutsus e rituais, passei por acaso numa biblioteca pedi-o emprestado.
- Muito obrigado! Esse livro vai dar-me muito jeito. – Disse ele, ignorando a sopa.
- Pois é, não consegues comer a sopa neste estado… sem problema. – Disse ela, pegando na dita sopa e enchendo a colher. – Diz “Ahh”.
- Hãã? – Disse ele. Achando que lhe tinha obedecido, Kristea enfia-lhe a colher pela boca, deixando metade escorrer pelo queixo. – Não me vais dar de comer como um bebé! Isto é uma facada numa das três coisas mais importantes da minha vida, sendo estas: Orgulho; Justiça e Carreira!
- Não mudas tu, no outro dia estavas tão mansinho comigo…é sinal que estas a recuperar. – Disse ela, tapando o sorriso com uma mão.
Pela porta da entrada, surge Darko, a pequena pantera negra que, disparada, atira-se para o colo dorido do dono, chorando e gritando pelo seu nome. Ver Darko era bom, mas as visitas não acabavam por ai: Sai e Tsuki entravam no quarto do hospital, aproximando-se da cama onde Broly repousava.
- Sai sensei e…também tu Tsuki? – Disse Broly. Eram duas visitas inesperadas, especialmente a da Tsuki, depois de descobrir que ela era uma vampire hunter, Broly não esperava que ela ainda estivesse por ai. Fingindo ignorar estes pensamentos, Broly acarinhou Darko. – Não fiques assim pequeno, juro-te que irei salvar o teu pai!
- Bem, se calhar vou ver quem mais precisa de ajuda. – Disse Kristea, deixando-os sozinhos.
Tsuki deu um passo a frente de Sai, não conseguia esconder o nervosismo de encarar Broly.
- Só queria dizer que, quando saíres, teremos de falar. Há coisas que tens de saber sobre “eles”. – Disse Tsuki, referindo-se aos Hunters, e preparando-se para sair.
- Muito bem, e onde te encontrarei?
- Na tua casa, Duuh! – Respondeu ela, como se tal fosse óbvio.
Depois de tudo, ela ainda vivia na casa de Broly, ele nem queria acreditar.
Sai, o ex sensei de Broly, olhou para cima da bandeja e pegou no livro que lá estava.
- Ler faz muito bem, aprenderás a relacionar-te melhor com as pessoas.
- Nada disso! Simplesmente tenho andado a magicar umas coisas, e tenho a ideia perfeita para tal, só me falta saber algo mais sobre jujutsus e rituais e, assim irei criar o meu próprio e único ninjutsu de Rank S!
- Rank S? Nem eu que sou da ANBU sei algo assim, vários jounin’s habilidosos são completamente incapazes, e dizes que iras criar um? – Proferiu Sai.
- Eu não sou “outros jounin’s que andam por ai”, sou Broly Ruther, o génio que, sem clã nem família, sem sensei nem companheiros, sozinho e completamente as escuras chegou a onde chegou!
Sai riu-se, com ar de gozo, como se Broly tivesse dito algo errado, mas era escusado discutir com ele. Sai percebeu a sua boca, mas ignorou-a para não variar e retirou-se.
Uma semana depois, Broly recebeu alta: Vestiu as calças e a camisa negra, colocou as botas e luvas causadoras de faíscas, da mesma cor, o colete jounin cinzento escuro, os três piercings na orelha esquerda e o protector com o símbolo de konoha amarrado no cotovelo esquerdo, algo característico dele.
- Foi a primeira grande surra da minha vida, e garanto que será a ultima!
((fraquinho e escrito a pressa, queria despachar isso porque já estou a muito tempo no hospital e atrasado no tempo.))