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Invasão a Iwagakure
-- A Karasuemo vai atacar Iwagakure. – diziam os dois.
-- I...Iwagakure? – perguntava Keitaso. – Mas estamos preparados?
-- Se não estiverem, morrerão a falhar.
O silêncio involveu a sala.
-- Hoje mesmo irão a Iwa, avisar o Kage. – era algo que era inesperado vindo de um plano de conquista.
-- Mas assim...
-- Assim iremos lançar ainda mais o caos. Ser-lhe á dado vinte e quatro horas para evacoar quem ele veja que não tem competencias para lutar. E ao minimo indicio de confronto, matem-no.
Os três ouviram atentamente as ordens. O espelho quebrou-se. Os cacos partidos rodopiavam em pleno ar, formando um novo, mais amplo, em que era visivel uma vila ao longe.O grupo entre olhou-se. Mesmo não dizendo nada sabiam o que tinham a fazer. Das costas de Keitaso saía uma mão apenas rodeada em musculo que se puxava para sair do corpo. A mão foi saindo criando um braço, pernas e uma cabeça cadaverica apareceu. Lentamente ganhava musculo, pele e cabelo. Aquele ser saiu das costas de Keitaso. A copia e o verdadeiro eram indestinguiveis.
-- Eu informo os restantes. – dizia o clone de Keitaso. Todos acenaram afirmativamente e entraram no espelho. Pareciam que estavam a atravessar um liquido frio, mas a sensação era rápida. Quando sairam dos espelho sentiram a suave brisa a percorrer-lhes a cara.
Passaram-se menos de dez minutos desde que os comandantes desapareceram. Por baixo de uma aboboda alta, encontrava-se uma pequena multidão. Muito barulho vindos de muitas ideias perdidas, murmurios e afins.
No topo de uma pequena varanda encontrava-se Keitasu, Desu e um homem de cabelos loiros bastante espetados.
-- Quero a vossa atenção! – gritava Keitaso. Ninguem o ouviu. O barulho era tanto que nem a voz projectada de Keitaso se fazia ouvir. – Importas-te? – perguntou Keitaso ao homem loiro de cabelos espetados.
-- Com todo o gosto. – O homem esticou as mãos para que com o movimento as mangas do seu casaco recuassem revelando as suas luvas brancas e um pequeno cristal amarelo preso no seu pulso esquerdo. Concentrou algum chakra nas suas mãos e com um bater de palmas provocou o som de uma trovoada ali mesmo naquela sala. O silêncio foi imediato.
-- Agora que tenho a vossa atenção quero dizer... – dizia Keitaso antes de ser interrompido.
-- O que é que este marmelo quer? – disse alguem no meio da multidão. Imediatamente quem estava ao seu lado desviou-se, deixando sozinho no meio de um circulo. Saltando da varanda e percorrendo a sala num misto de fumo negro, Desu apareceu ao lado.
-- Qual o teu escalão “marmelo”? – perguntou Desu rodeado por aquele pesado fumo negro. O homem tinha perdido a garra quando Desu apareceu ao seu lado. Estava com algumas cicatrizes e tinha algumas ligaduras. O homem não respondeu, apenas estremeceu um pouco. –O teu escalão? – perguntou Desu outra vez.
-- Nom... Nomen Nullos. – disse o Homem pondo os olhos no chão.
-- Oh. – dizia supreso Desu. – Um Nullos com tanta garra. Isto é inédito.
-- Por favor... seja mesircurdioso! – implorava o homem.
-- Piedade é para os fracos. Um Nullos não pertence aqui. – disse Desu. Depois com um pequeno gesto com a mão aquele fumo negro cobrio o circulo. Por segundos houve silêncio, seguido por um grito insuportavel de dor e novamente silêncio. Quando a nuvem se dissipou o massacre era grande. Uma enorme poça de sangue cobria o solo destacando no centro um corpo violentamente mutilado que tinha perdido qualquer vestigio de vida. A sua pele estava cinzenta e parecia que tinha envelhecido alguns séculos. Podia-se ver e ouvir aquela nuvem espessa e negra a observer os pequenos vestigios de chakra e sangue que restavam daquele Nullos.
-- Como eu estava a dizer... – continuava o clone de Keitaso como se nada tivesse acontecido – Amanha iremos invadir Iwagakure e teremos...
O grupo dos comandantes já se encontrava em Iwagakure. Estava a ser incrivelmente facil de entrar sem serem descobertos. Ums genjutsus aqui, uns beijos aculá e caminho ficaria livre.
Tinha-se passado pouco menos de quinze minutos desde que sairam do espelho mas já tinham chegado ao edificio do Tsuchikage.
Os três caminhavam em linha recta, ao lado uns dos outros, ocupando quase sempre todo o corredor.
-- Desculpem, mas os senhores ainda não se identi... a rapariguinha nem teve tempo de acabar a frase. Keitaso tinha-lhe partido o pescoço com um movimento rápido e seco, e mantinha a mesma cara serena. Natsame e Tsuma continuavam a andar sem se aperceber sequer que Keitaso tinha morto mais alguem.
-- Devia ser a secretária do Kage. – dizia Keitaso.
-- Quem? – perguntava Natsame.
-- Aquela que está ali no chão. – dizia Keitaso. Tanto Natsame como Tsuma olharam para trás para observar um corpo numa pequena poça de sangue.
-- Deve ser... Tambem agora não interessa nada. – dizia Natsame.
Tinham chegado á porta do Kage e estava guardada com dois ninjas. Não deviam ser mais fortes que Chunnin.
-- Eu trato destes.- sussurou Tsuma.
-- Alto! – disseram os dois guardas. – Identifiquem-se!
-- O que? – exclamou Tsuma, representando. – Ninguem vos disse quem nós eramos? Oh que ultraje. Eu assim não consigo representar! – dramatizava Tsuma. Keitaso e Natsame tentavam não se rir, mantendo uma cara séria.
-- Não... Não nos disseram nada menina. Peço desculpa, deve ter sido um lapso nosso. – disse um dos guardas mandando um olhar para o outro como se quem dissesse “A culpa é toda tua”.
-- Não tem problema. – continuava Tsuma. – Digam-se só uma coisa, é aqui o escritorio do Kage? – perguntou Tsuma.
-- É... É sim... – exclamava um corado ninja.
--“Optimo. As feromonas funcionam na perfeição... Pobres cães sarnentos... Só pensam em sexo, sexo, sexo...” pensava Tsuma. – Obrigado. – dizia Tsuma com um grande sorriso. Estes coravam ainda mais. Realmente Tsuma era linda de morrer, literalmente. – Por terem sido tão simpáticos merecem um beijo. – dizia ela, beijando os guardas com um longo e demorado beijo nos lábios. Estes coraram até o seu limite.
-- Obr... obrigado. –dizia um dos guardas tão vermelho como um tomate.
-- Não devias agradecer. Afinal foi o teu ultimo beijo. – disse Tsuma perdendo o seu sorriso e pondo uma cara mais seria e sarcastica. Quase de imediato o veneno começou a ter efeito. As veias em contacto com os labios do guarda começavam a pulpitar fortemente e a tornar-se num leve tom verde. Começavam a contorcer-se e de seguida cairam no chão. O brilho nos olhos deles perdeu-se.
-- Tu gostas meeeeesmo de os beijar até á morte, não gostas? – perguntava Keitaso dirigindo-se á porta do escritório do Kage.
-- Hey, é o meu Modus operandi. – respondia-lhe Tsuma com um pequeno sorriso nos lábios.
Com o rodar de uma maçaneta a porta do escritório abriu-se. O kage soltou a cabeça dos relatórios e olhou para o Grupo.
-- Quem são vocês? – perguntava o Kage.
-- Antes de mais boa tarde. – dizia Tsuma num ar mandão que entretanto estava a observar uma pequena planta que o Kage tinha ao pé da janela. O Kage ficou confuso mas não disse nada.
-- E antes de dizeremos quem somos, lembra-te que estás em desvantagem numérica - dizia Keitaso esticando o seu braço. – Nós pertencemos a uma organização chamada Karasuemo. – dizia Keitaso calmamente transformando o seu braço numa espada cor de carne.
-- Kar... Karasuemo?! – exclamou o Kage. – Impossivel! – disse ele pegando na espada que tinha perto de si.
-- PÁRA! – disse Natsame. – Se queres manter os civis desta vila vivos escuta-nos.
O kage parou no mesmo sitio, na mesma pose e posição.
-- O que querem afinal? – disse ele não largando a arma.
-- O lider da Karasuemo foi simpático o suficiente para deixar-te evacoar a aldeia daqueles que tu pensas que poderão morrer durante a invasão.
-- “Invasão...? – pensava o Kage admirado. - Arata estava certa. O que é que eu faço agora...?” – E depois disso? – perguntava o Kage tentando manter a mesma calma.
-- Tens vinte e quatro horas para evacoares os fracos, idosos ou doentes da cidade. Qualquer palavra sobre o que aconteceu neste escritório e a invasão começa com a tua morte. – dizia Natsame com um ar calmo.
-- “Vinte e quatro horas...” – pensava o Kage.
-- E para garantir-mos que não á fuga de informação vai haver sempre alguem de vigia. – dizia a jovem secretária do Tsuchikage, que na realidade era Keitaso “disfarçado”. Os olhos do Kage abriram-se ainda mais.
--“Ele nem precisou de fazer selos...” – dizia o Kage admirado. “Sem duvida que um combate sozinho num espaço tão pequeno está fora de questão. Terei de concordar” Eu concordo com o acordo. – dizia o Kage.
-- Escolha sensata. – dizia Tsuma agarrando num pequeno vaso com a flor. – Então até daqui a vinte e quatro horas, e esperamos uma boa luta. – dizia Tsuma com um sorriso. – Á muito que não tenho uma luta a serio! – dizia ela perdendo logo o sorriso.
As duas sairam da sala numa nuvem de folhas e poeira.
--“Vinte e quatro horas... Karasuemo...” – mil e uma coisas percorria a mente do Kage. Olhou para o sofá onde Keitaso estava. Este, sobre a pele da secretária do Kage acenou-lhe com os dedos e esboçou um pequeno sorriso...
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Alguem tem as suas teorias ou apostas sobre a invasão?
Quem luta contra quem, e quem ganha?
Aceita-se visa e multibanco ^^