Reunião de Emergência
( Dialogo com várias partes, ditas em locais diferentes mas simultaneamente
Arata está a falar com os Kages todos nas suas respectivas vilas, por via de clones. É capaz de ser confuso, mas foi a melhor maneira... se for preciso releiam duas vezes ou mais sff )
-- Hokage-sama – dizia Arata – Algo se movimenta nas sombras a grande velocidade. Tenho medo de não estarmos preparados.
-- O que acha que está a acontecer? – perguntava o Hokage. Estava sentado na secretária a ouvir cada palavra daquela ninja prestigiada.
-- Não sei bem. Mas o que quer que seja será algo em grande. – dizia Arata. Á sua frente encontrava-se um homem de trinta e poucos anos de cabelo branco. Sentado numa grande poltrona. Semi curvado para a frente e com os dedos em frente á cara. Olhava seriamente para Arata.
-- Algum fundamento do que dizes? – perguntava o Raikage.
-- Vários relatos nas ultimas semanas. A Akatsuki anda a tramar alguma, entre outras. – dizia Arata. Se havia alguem para espionagem esse alguem era Toriyose Arata. Cobiçada por todas as grandes vilas ninjas, esta decidiu manter uma posição de neutralidade, não se colocando ao serviço de nenhuma mas sim ao serviço de todas. Qualquer que fosse a informação, por mais pequena que fosse Arata sabia. – Mas uma em particular despertou a minha atenção. – Dizia Arata
-- Qual? – perguntava Arashi, o kage de Suna. O seu escritório era espaçoso, possuindo pequenos relevos dos anteriores Kazekages. Tal como nos outros escritórios era amplo o que deixava o clone de Arata caminhar nos seus largos passos enquanto racicionava, um dos “tiques” de Arata.
-- Uma organização bastante antiga mas que se manteve sempre no oculto.
-- E o seu nome qual é? – perguntava Arashi. Arata parou e olhou fixamente para o Kazekage.
-- Karasuemo. – disse Arata.
-- Ka... Não pode ser... – Dizia o kage da vila oculta no nevoeiro. O seu escritório, tapado de luz exterior, iluminado apenas por uma ténue mas branca luz electrica, criava algumas sombras dançantes que acompanhavam Arata no seu percurso pela sala. – Mas essa organização não tinha...
-- Tinha sido destruida juntamente com Orochimaru? Ao que parece não. – Dizia Arata continuando a andar na sala. – Alias, duvido que tenha sido Orochimaru a criar a organização.
-- Como assim? – perguntava Loki. Este, como todos os outros, estavam visivelmente preocupados com a minima suspeita. Desde a invasão a Konoha á dez anos atrás que a vila do fogo se tentava ainda recompor. O ataque tinha sido tão devastador que ainda hoje havia vestigios da luta entre Pein e Naruto.
-- Acho que alguem a criou á mais tempo. Mas não consigo saber nada. Tenho estado os dois ultimos anos á procura de pistas sólidas mas nada. Nem uma base. – dizia Arata. Tentava não manter um contacto visual com nenhum dos Kages. Precisava de manter-se concentrada acima de tudo. Precisa de estar em sintonia com todos os seus clones. - Acho que a paz está prestes a acabar. – disse Arata seguido de um penoso silêncio.
Kibou, o Tsuchikage de Iwagakure, respirou fundo.
-- Um potencial invasão? – perguntou ele temeroso pela resposta.
-- É bem provavel que sim. – disse Arata, parando finalmente no meio da sala do Kage de Iwa. – Penso que este será o melhor momento para que todas as vilas se mantenham atentas para qualquer iventualidade. Deve-se criar tréguas nos proximos tempos entre as vilas. Não podemos perder ninjas e informação importante. – dizia Arata. – Todas as vilas têm que se proteger mutuamente senão...
-- Senão o que? Iwa acaba como Konoha á dez anos atrás? – disse Kibou esboçando um sorriso de gozo na cara.
-- Isto não é altura para vinganças mesquinhas! – gritou Arata. – Um descuido, uma falta de atenção e ...
-- Sim sim Iwa pode ser destruida. – disse Kibou. – Mas agora diz-me, que provas tens de isto acontecer realmente? Ou será isto apenas uma paronoia de uma velhota? Uma velha que quer recuperar a gloria passada que perdera? Ou melhor, uma doce avozinha que quer ajudar o neto a recuperar a amiga.
Aquelas palavras entravam em Arata como se senbous se tratassem. Arata aproximou-se do Tsuchikage e, esticando a mão atrás, deu-lhe um estalo na cara.
-- Iwa não irá cair! Iwa continuara a ser a cidade inconquistavel! Mas apenas se acabares com estes comportamente de criança! – dizia Arata. Estava irritada mas mantinha o mesmo tom calmo e sereno.
-- Eu não admito. – disse Kidou ainda a esfregar a cara. – Eu nunca precisei de ajuda de outras vilas, nem irei ajuda-las! – gritou Kibou. Estava enfurecido. Era raro este comportamente no Kage, mas a historia entre Konoha e Iwa era muito antiga, assim como o odio dele.
-- Os outros kages estão informados do que eu sei. Tu não serás excepção. Abandonarei Iwa assim que puder.
-- Abandonaras Iwa agora... – disse Kibou acalmando-se.
-- Entendo. – disse Arata dirigindo-se para a porta. – Mas lembra-te que eu dei o aviso. O sangue de Iwa já não está nas minhas mãos...
E com isto saiu do gabinete, deixando o Kage a meditar.
--“Será que... não... Não irei ajudar nenhuma das outras vilas. Nunca ninguem ajudou realmente Iwa. Tivemos de ganhar as nossas guerras com o nosso sangue. – pensava o Kage de Iwa – Será mais um teste ás defesas de Iwa... Mas pergunto-me se será a melhor escolha...”
Arata encontrava-se agora nos pontos mais altos de cada vila. Cada clone seu sabia o que tinha acontecido, agora só faltava acabar com a segunda parte do plano. Arata concentrou uma grande parte do seu chakra, sentia-o a moldar-se á sua volta, a criar asas que Arata possuia. Com uma kunai cortou ambas as palmas da mão. Teria de ser derramado algum sangue para aquela invocação. Arata fez selos e pondo as duas mãos no solo criou dois circulos de invocações enormes.
Uma nuvem de fumo cobria os locais onde os clones e Arata estavam. Quando as nuvens desapareceram viam-se centenas, se não milhares de pássaros a esvoaçar á volta dos clones.
-- Encontrem a Karasuemo. Qualquer pista e reportem-me! Percorrem-me a mente para descobrir o que eu sei. – dizia Arata. Sentiu simultaneamente uma dor lacerante a penetrar-lhe no cerebro. Aqueles pássaros eram unicos. Não eram lutadores mas sim rastreadores. Normalmente invocados em numeros não maiores que cinquenta, Arata tinha invocado todos, espalhando-os pelos cinco cantos do mundo ninja. A dor de tantos a percorrerem-lhe a mente era dolorosa, mas tinha que ser feito. A dor acalmou. Sentiu que estavam preparados.
-- Boa sorte. – disse Arata antes de cair no chão.
Mas disse isso uma escuridão abateu-se sobre as vilas. Uma sombra esvoaçava agora pelas vilas, alertando os habitantes das mesma que algo se passava. As Aratas caiam no chão, sem forças e ambas desfaziam-se em pequenos e fracos corvos negros.
Arata tentava manter-se acordada no chão do telhado de Konoha. Ao seu lado encontrava-se uma pequena equipa de ninjas médicos.
Ultimos Preparativos : E que a Invasão comece
Tsuma estava a arrumar algumas coisas numa pequena mala. Preparava-se para partir em busca de uma potêncial cura para a má reacção de Akiko. Encontrava-se na mesma sala que ela juntamente com Keitaso e Natsame.
-- Bem desejem-me boa sorte. – dizia Tsuma para os companheiros.
-- Tens a certeza que não queres mais ninguem? Ela só precisa que fique uma a monotorizar.
-- Não é preciso. – recomfortava Tsuma. – Sabes que ela – nisto foi interrompida. Da parede começava a crescer uma pequena estaca de cristal que se dividia simultaneamente até criar uma superficie plana. Os que estavam na sala curvaram-se imediatamente.
-- Ue-sama. – disseram os três. (Ue-sama é um honorífico de grande respeito que não envolve nome)
-- Levantem-se. – diziam duas vozes em simultaneo. – Como é que ela está?
-- Em coma, mas estavel. – dizia Tsuma. – Ia agora procurar uma potencial cura para...
-- Ela pode esperar por uns dias. – disseram interrompendo Tsuma. – Tenho planos maiores neste momento.
-- Maiores que... O que? – perguntou Natsume mas depressa voltou á sua pose formal.
-- A Karasuemo vai atacar Iwagakure. – diziam os dois.
-- I...Iwagakure? – perguntava Keitaso. – Mas estamos preparados?
-- Se não estiverem, morrerão a falhar.
O silêncio involveu a sala.
-- Hoje mesmo irão a Iwa, avisar o Kage. – era algo que era inesperado vindo de um plano de conquista.
-- Mas assim...
-- Assim iremos lançar ainda mais o caos. Ser-lhe á dado vinte e quatro horas para evacoar quem ele veja que não tem competencias para lutar. E ao minimo indicio de confronto, matem-no.
Os três ouviram atentamente as ordens. O espelho quebrou-se. Os cacos partidos rodopiavam em pleno ar, formando um novo, mais amplo, em que era visivel uma vila ao longe.
-- Parece que está tudo a correr bem até agora. Em breve seremos livres deste maldito mundo. – dizia a mulher para o Homem.
-- Mas tudo a seu tempo. Teremos de planear tudo. – dizia o homem calmamente.
Ambos começaram a fazer selos e os espelhos da enorme sala mostravam o que se passava no mundo. Desde a Akatsuki no seu covil e á sua defronta com o seu novo brinquedo, ao Tsuchikage sentando no seu escritório.
Com um gesto de mão os espelhos mudavam novamente. Desta vez as imagens reflectidas inudavam a sala de luz. Por cima, no tecto, um majestoso Sol, por baixo, no chão, uma luminosa e pacifica Lua, tudo envolto em pequenos e brilhantes pontos luminosos.
De costas voltadas, começaram a fazer selos.
-- Ichiawase Seikitai ( Alinhamento do Corpo Astral ) – disseram os dois em unisono. Os olhos de ambos brilharam num misto de cores, e por toda a sala, ténuos textos brilhavam juntamente. O selo estava a descoberto.
O homem ergueu as mãos para o Sol enquanto que a mulher levava as mãos para a Lua e como num movimento de apertar e puxar, tentavam dirigir aqueles dois grandes astros massiços em direcção aos Tronos de Cristal.
-- Em breve... em breve... – diziam os dois simultanemante.
__________________
Algo de grande se aproxima do mundo Shinobi...