Vitan acordou, despertado pelo ruído que ecoava pelo quarto.
- Onde estou? – Perguntou Vitan, ao seu lado Katsutu, já bastante desperto, lutava contra as enfermeiras que o tentavam meter na cama.
- Larguem-me, eu já estou recuperado! – Afirmava Katsutu debatendo-se para se levantar.
- Está naquilo à 10 minutos. – Hiagushi ao sei lado, recebia-o com um sorriso. – Então como estás? – Perguntou.
- Cansado, mas não me dói nada.
- Foi uma luta e tanto, aquele rapaz não brinca em serviço. – Sophia entrava no quarto, e ao ver Vitan já acordado, saltou na sua direcção.
- Ela vai-me atacar! – Gritou Vitan, encolhendo-se.
- Vitan já acordas-te, estava tão preocupada. – Sophia abraçava-se a Vitan, parecia importar-se com ele pela primeira vez.
- Sophia, estás-me a sufocar.
- As feridas do teu peito e braço eram muito feias, mas eu consegui aguentá-las até chegarmos ao hospital. – Sophia, algo envergonhada, larga Vitan.
- Obrigado Sophia, fico-te a dever uma. – Tanto Sophia como Vitan, evitaram o olhar um do outro.
- Bem, está na hora de partirmos.
- Ok, ok. – Todos abandonaram o quarto, deixando Vitan e Katsutu sozinho.
- Foi um belo combate. – Afirmou Vitan, despindo a bata.
- Tenho que concordar. – Disse Katsutu, ajeitando a Samehada.
- Tivemos um mau começo, peço desculpa pelos insultos. – Vitan estendeu a mão a Katsutu.
- Não há problema. – Katsutu correspondeu ao cumprimento. – Está na hora de abalar, finalmente as enfermeiras deixaram-me em paz, até ao Exame Chunnin, espero te ver lá e combater de novo contigo. – Katsutu saiu pela janela, deixando Vitan sozinho no quarto.
Vitan mudou de roupa, vestindo a sua vestimenta habitual, dirigiu-se á saída, onde se reuniu com Sophia e Hiagushi.
- Bem, e agora, para onde vamos? – Perguntou Hiagushi.
- Não faço a mínima ideia. – Respondeu Vitan.
- Então que viemos cá fazer? – Perguntou Sophia, olhando acusadoramente Vitan.
- Não é minha culpa, só sei que está algures em Kirigakure. – Defendeu-se Vitan. – Gostava mais de ti lá em cima. – Disse Vitan entre dentes.
- Disseste algo?
- Nada, nada. Mas, eu gostava de ir até ao porto, porque eu caía no oceano.
- Ok, vamos lá então.
O trio pôs-se a caminho para o porto de Kirigakure. O dia começava a fugir, dando lugar à noite, os barcos dos pescadores começavam a abandonar o porto, preparando-se para uma noite piscatória.
- Bem, já cá estamos.
- A sério… - Ironizou Sophia.
- Epá, tu és mesmo chata.
- Alguém quer ir a pesca? – Perguntou Hiagushi, cortando a discussão.
- Será que tem canas para pescar almas? – Perguntou Vitan, provocando risos entre os três.
- Enquanto caías, não houve nada que te desse uma indicação, do local?
- Nada…
Um pescador, um homem velho, marcado por anos de actividade, passou por eles, cumprimentando-os com um alegre, “Boa Noite”.
- Boa Noite. – Retribuíram os 3.
- Olhe desculpe, nós não somo de cá, e gostaríamos de saber, se é possível, acompanharmos o senhor na noite de hoje, gostaríamos de ver como é a arte piscatória por estes lados.
- Com todo o prazer, é um trabalho chato, é sempre bom ter com quem conversar. Venham.
O pescador guio-os até um barco de aproximadamente 5 metros de comprimento. Subiram a bordo, e partiram para o mar.
- Então, o que vos trouxe a Kirigakure. – Perguntou o pescador.
- Viagem de negócios. – Adiantou-se Hiagushi, interrompendo Vitan.
- Muito bem. – Aprovou o pescador, à medida que atirava uma rede ao mar.
Vitan olhava atentamente o mar, negro, não revelando nada do que se escondia nas suas profundezas. Um nevoeiro cerrado começou a formar-se.
- Vitan… - Sophia abanava Vitan, mas este limitava-se a olhar para o mar, não respondendo. – Vitan, não sejas parvo, estás-me a assustar. Vitan!! – Vitan caiu borda fora, mergulhando no negro e gelado oceano, desaparecendo de seguida.