<-- Filler Anterior - Filler [F3] - Uma visita intrigante...
Atamakabu, intrigado, sentou-se num banco no jardim da sua família. Okami seguiu-o ainda um pouco ofegante.
Atamakabu: Agora acalma-te e explica-me tudo. – disse calmamente.
Okami: Ok… - Okami respirou fundo e começou a explicar – Eu fui para a montanha meditar um pouco. Fechei os olhos, comecei a meditar e imaginei-me numa floresta verdejante com planícies e um lago com água cristalina. Conseguia ver várias espécies que habitam na floresta e sentir a vida dela! Mas de repente ouvi um barulho e olhei para trás para descobrir o que era. Foi então que vi um grande lobo a olhar para mim. O lobo disse que me conhecia e ao nosso clã e deu-me este colar. – declarou, descansando um pouco e dando tempo ao seu pai para “processar” a informação toda.
Atamakabu: Hum… Estou a ver… Descreve-me o lobo.
Okami: Era um lobo com cerca de 2,5 metros de altura e 3 metros de comprimento. Era branco e tinha umas marcas vermelhas no pêlo.
Atamakabu: Percebo. – proferiu, calmamente. Okami fitava o pai, esperando ansiosamente por uma explicação. – Pela tua descrição, acho que esse lobo é Kenshu, o Mestre Lobo.
Okami: O Mestre Lobo?? – perguntou, confuso.
Atamakabu: Kenshu é uma espécie de deus para os Guardiões, o mais forte dos lobos!
Okami: Ok, mas o que faz ele na minha cabeça?
Atamakabu: Parece que chegou a altura de te contar um pouco mais sobre o clã. É assim, todos os membros têm o seu “espírito animal”, é tipo a nossa versão selvagem e com selvagem não quero dizer perigosa mas sim “livre”, por assim dizer… Por exemplo, o meu é uma raposa e o da tua mãe é uma lontra. E pelos vistos o teu é Kenshu, o Mestre Lobo.
Okami: Ahh! Agora percebo! Só tenho uma pergunta: como comunico com ele?
Atamakabu: Faz como eu.
Atamakabu começou a meditar e de repente Okami começou a ver a imagem de uma raposa sobre o corpo do seu pai.
Atamakabu: Vês? Agora tenta tu. Concentra o teu chakra e imagina-te na floresta onde viste o Kenshu pela primeira vez.
Okami: Certo!
Okami começou a concentra o seu chakra e imaginou-se na floresta como o seu pai disse.
Okami: Kenshu? Onde estás?
Kenshu: Okami. Então já sabes quem sou…
Okami: Sim. O meu pai contou-me tudo.
Kenshu: Ainda bem. Assim já sabes tudo e pode-mos relaxar um pouco. E que tal se eu te mostrasse a floresta?
Okami: Parece-me bem.
Kenshu: Sobe para cima do meu dorso e agarra-te bem.
Okami: Certo!
Kenshu começou a correr passando por entre as árvores com grande agilidade. Passaram pelo lago atravessaram a floresta e pararam numa montanha.
Okami: Wow! A vista é espectacular! - disse, admirando a paisagem.
Kenshu: Sim. Verdadeiramente magnifica! Estas a ver aquela caverna perto do lago?
Okami: Sim, o que é?
Kenshu: A toca, a toca dos Guardiões! Queres visitá-la?
Okami: Sim, mas acho que não consigo. Estou muito cansado!
Kenshu: Percebo, não te preocupes! É normal, ainda não estás habituado a falar com o teu espírito animal.
Okami: Pois… Mas antes de ir, quero fazer-te uma pergunta: porque me deste este colar?
Kenshu: Isso, isso fica para mais tarde.
Okami: Bolas, és mesmo misterioso!
Kenshu: Não podes falar muito! – disse, sorrindo.
Okami: Pois… Somos mesmo iguais!
Kenshu: Sim, pois somos.
Okami: Não aguento muito mais, tenho de ir. Até à próxima… Mestre!
Kenshu: Adeus, amigo!
Após se despedir, Okami voltou ao “mundo exterior”. O seu pai observava-o, sorrindo.
Atamakabu: Parece que conseguiste.
Okami: Sim, mas estou muito cansado!
Atamakabu: É normal ficares cansado. Isso acontece nas primeiras vezes.
Okami: Mas, se o Kenshu é um Guardião, quer dizer que eu o posso invocar utilizando o scroll certo?
Atamakabu: Não, não é possível invocá-lo dessa maneira… Pelo menos não por agora… Agora vai descansar, depois falas outra vez com o Kenshu.
Okami: Sim… Logo falo com ele… - *a pensar* Daquela maneira?? Há outra maneira??
Atamakabu: *a pensar* Sim, parece que é ele… Faz bom uso do teu poder, filho!
Okami deitou-se na sua cama, a descansar. Tinha mais feito mais um amigo, mas este amigo era especial. Ainda não sabia a razão porque Kenshu lhe dera o colar mas tinha a sensação que iria descobrir em breve...
Um mistério acaba, outro começa...