Incertezas!
Kirin ainda não acredita que Ronny possa ter feito tal coisa, nunca se sentira tão confuso...
Enquanto Kirin corria para o escritório do Hokage, pensava na sorte que tivera até hoje. Jio, o seu primeiro sensei que o acolheu como um filho, tentou usá-lo. Fujita, o seu segundo sensei, ficara desempregado e por sorte não foi expulso de Konoha. Ronny, com quem tinha recentemente criado laços e seu terceiro sensei, traíra-o e estava na posse da sua linhagem. Kirin não se sentia triste mas o facto de nunca ter vivido com um certo grau de normalidade fazia-o sentir-se confuso. Talvez o mundo fosse mesmo assim. Kirin não quis pensar mais nisso pois era algo que estava para além da compreensão dele. Em breve chegou à moradia do Hokage e acordou-o. Enquanto Loki se vestia, Kirin explicava tudo o mais rápido possível sem tropeçar nas palavras.
- Fujita… – pensou Loki.
*Flashback*
- … e é por isso que acho que devemos estar constantemente a vigiar Ronny – disse Fujita.
- Fujita, eu percebo o apreço que tens pelo teu ex-discípulo, mas não podemos levantar suspeitas sem motivo – respondeu-lhe Loki.
- Como queira, Hokage-sama. Eu já não cumpro o dever como sensei mas ainda sou um shinobi de Konoha e gosto de proteger a cidade. Se houver algum problema não tardarei em agir.
- Ronny tem sido leal desde que se tornou um shinobi praticamente – começou Loki – É difícil acreditar que ele fará algum mal à vila ou aos seus habitantes.
- Eu percebo, Hokage-sama.
*Fim de Flashback*
Algures perto de Konoha, dentro de um genjutsu.
- Porque é que te esforças tanto por Kirin, um rapaz como muitos outros que existem? – perguntou Ronny num tom malvado.
- Ele não é só um rapaz, ele é muito diferente de ti – disse Fujita em sofrimento – Mas os da tua laia nunca perceberam isto. Ele arriscou a sua vida por mim no passado, eu fiquei em dívida para com ele. Uma dívida que demora a minha vida toda a pagar, uma dívida à qual gosto de chamar amizade!
- É isso que eu odeio em vocês, só pensam nas vossas vidinhas miseráveis – disse Ronny – O mundo nunca se tornará num local melhor graças a vocês!
- Se para o mundo se tornar num local melhor tu precisas de fazer o que estás a fazer, então estás a ir no caminho errado! – gritou Fujita.
- Já estou farto de te ouvir, MORRE! – ripostou Ronny aos berros, ao mesmo tempo que puxou a alavanca da máquina de tortura do seu genjutsu.
De volta ao coração de Konoha. Loki ordenou que 2 anbus fossem à prisão de Konoha ver como estava o Jio, pois Fujita alertou Loki de que Jio estava possivelmente metido nisto. Em seguida pediu a 3 anbus que o acompanhassem, a ele e a Kirin.
- Vamos já encontrar Ronny – disse Loki acalmando Kirin – De certeza que Fujita não permitiu a sua saída da vila. Ou pelo menos não foram muito longe.
Com a anbu do lado deles, encontrar alguém era mais fácil do que comer um prato de ramen. O problema era se chegariam a tempo. Os ninjas começaram a usar técnicas de rastreamento até que um deles arrebitou a cabeça.
- Estou a sentir uma enorme libertação de chakra perto do portão de Konoha – disse um anbu.
- Vamos! – disse Loki.
Os ninjas começaram a saltar de casa em casa à sua velocidade máxima. Loki ia na frente com os anbus, ganhando distância de Kirin que não era tão rápido. Em breve chegaram ao portão de Konoha e avistaram um movimento numa clareira. Kirin ainda ia um pouco ligeiramente atrasado, mas em breve também lá chegaria. No ambiente da batalha, o clima estava a abrandar. Fujita estava no chão, sem forças.
- Hum, és bom, sobreviveste ao genjutsu… Mas agora vou acabar contigo – disse Ronny dirigindo-se a ele com uma kunai na mão.
Entretanto, na prisão de Konoha, um anbu estava a vigiar a entrada da cela de Jio, enquanto o outro fazia um exame ao prisioneiro.
- Hey, porque estás a fazer esse selo? – perguntou o Anbu, mas Jio manteve-se calado – Desfaz esse selo senão eu corto-to os pulsos!
- Ok, se tem mesmo de ser… - disse Jio pousando os braços.