Haruka acorda e repara que está num sítio escuro no qual apenas há um caminho. Este era de escadas brilhantes azuis e não parecia ter um fim.
- Hã? Mas aonde é que eu estou? Que caminho azul é este? Como é que eu vim cá parar?
Eu estava no quarto com a Mitsuki-chan e -- Ah, pois é! Onde é que está a Mitsuki-chan? – interrogou-se Haruka.
Bem, eu não sei o que é que se está a passar aqui mas parece-me que a única coisa que posso fazer neste momento é subir as escadas. – disse ela.
Haruka sobe as escadas e passados uns minutos diz:
- Mas que escadas tão estranhas... parecem não ter um fim…
No momento em que ela diz isto começa a ver o final do caminho.
- Há um fim! Este caminho leva a algum lado e já estou a ver algo lá no fim! – exclamou ela contente.
Só tenho que chegar lá a cima e de certeza que depois consigo voltar para casa!!
Quando Haruka acabou de subir as escadas ficou estupefacta com o que viu.
- O quê!? Outro lance de escadas!? Isto não me pode estar a acontecer, depois de tudo o que eu já subi…
Lá teve ela que subir todas as escadas outra vez mas desta vez com mais escadas do que o lance anterior.
- Estou cansadíssima, já não aguento mais… - disse Haruka chegando ao fim do segundo lance de escadas.
No fim deste lance, ao contrário do primeiro, havia uma porta prateada o qual iria dar a um local onde Haruka nunca poderia imaginar. Ela abriu a porta e viu um deserto.
- M-mas o que é isto…? E agora? O que é que faço?
Sem saber o que fazer, ela andou pelo deserto sem nenhum rumo.
Após andar muito tempo, Haruka começou a ficar cheia de sede e com dores de cabeça. Foi então que começou a ter visões.
- Só mais um pouco… quando eu chegar a aquele lago vou poder beber toda a água que quiser.
Ela esforçou-se por chegar ao tal lago que no fundo era uma miragem, e quando que lhe passou pela cabeça desistir, lembrou-se do Takayuki e daqueles versos:
“Aqueles que são ingénuos por momentos difíceis passarão
e aqueles que são amigáveis passar por escravos terão”.
- Porque será que os ingénuos vão ter que por momentos difíceis? Eu quero ver o Takayuki-kun outra vez e quero descobrir o significado dos versos. Para além do mais, tenho que falar com a minha irmã. Eu tenho a Mitsuki-chan e a minha tia à espera, não vou desistir de tudo! – pensou Haruka decidida.
Apesar de o lago ser uma miragem e como tal Haruka nunca haveria de lá chegar ela encontrou alguém de que não estava à espera.
- Takayuki-kun! – pensou ela feliz por o ver de novo.
- Haruka-chan, estás bem? Pareces cansada. Há quanto tempo é que andas por aqui perdida?
- Não sei… muito tempo mesmo. Estou farta de andar e nunca mais chego ao lago. – disse ela cansada.
-Mas como é que vieste aqui parar?
- Também não sei...
-Humm… O que achas de irmos juntos até esse lago para beberes água e depois procurarmos uma maneira de voltar a Konoha? – perguntou o Takayuki com um sorriso nos lábios.
- Sim.
Até chegarem ao lago…
- Haruka-chan?
- Sim?
- Qual é o teu elemento? Poderia ser que as tuas técnicas servissem para sairmos daqui.
- Eu sou do elemento água mas neste momento acho que não tenho chakra suficiente para fazer nenhuma delas.
- Estou a ver... Bem, não te preocupes, eu tenho a certeza de que vamos encontrar o caminho de volta! - disse o Takayuki na tentativa de animar Haruka.
- Espero que tenhas razão.
- Sabes, andar neste deserto faz-me lembrar um pouco aqueles dias de Verão em que ficava sozinho em casa a comer um gelado e a ler um livro.
- Quando ele era pequeno ele estava sempre sozinho em casa?- perguntou-se a si mesma.
Os meus pais também costumavam ir em missões quando era pequena, até que um dia foram numa missão na Vila de Água e eu nunca mais os vi. Agora descobri que tenho uma irmã e que está na Vila da Água. Estranho, não é? Ando há já muito tempo à procura dos meus pais e afinal tinha uma irmã.- disse Haruka.
-Pois, percebo-te.
Haruka e Takayuki foram conversando até que finalmente chegaram ao lago.
Eles beberem a água e Takayuki perguntou:
- Agora já só falta encontrarmos o caminho para Konoha. Estive a pensar e este sitío parece ser a Sunagakure, por isso segundo os meus cálculos devemos demorar 1 hora a chegar a Konoha.
- 1 hora? Tanto tempo assim? Bem, já faltou mais.- pensou ela.
Passado uma hora ele chegaram de facto a Konoha e despediram-se.
- Muito obrigada, Takayuki-kun. Sem ti, nunca teria conseguido chegar a Konoha.
- Eu não fiz nada. Vai para casa e aproveita para descansar que bem precisas.
- Está bem.
- Adeus, Haruka-chan.
-Adeus, Takyuki-kun.
Ela foi para casa e quando lá chegou contou tudo à amiga, a qual estava muito preocupada com Haruka.
- A sério? Esta história é inacreditável…
- Pois é. O que eu acho mais estranho é a maneira como fui parar à Sunagakure.
- Sabes, há uma coisa que ando para aqui a pensar. Como é que vocês chegaram a Konoha depois de terem caminhado 1 hora? É que a mim sempre me disseram que apesar de Konoha ser aliada da Sunagakure elas estavam longes uma da outra. Seriam precisos 3 dias para chegar a Konoha.
- O quê!?- disse Haruka espantada.
- Exactamente. Só seria possível vocês terem chegado cá em tão pouco tempo se não estivessem na Sunagakure.
Entretanto numa caverna situada em Konoha…
- Ainda bem que nos mudámos da cave para aqui, aquele espaço era tão pequeno que parecia uma casa de banho.Hahaha. – riu-se um homem.
- Senhor?
- Sim?
- Fiz o que o senhor me pediu. Através do nosso plano consegui descobrir que a pessoa em questão tem muita resistência, conseguiu subir 2 lances de escadas. Um com 24 escadas e o outro com 35 escadas. Também descobri que apesar de não ter demonstrado ter nenhuma justu, é forte de espírito já que não desitiu no deserto.
Em relação ao rapaz ela não desconfiou.- disse a voz jovem.
- Óptimo! Agora só espero que ela também tenha feita a sua parte.
No dia seguinte, Haruka foi ter com o Loki-sama para saber a morada de Takayuki.
Depois de a ter foi à casa dele e tocou à campainha.
- Haruka-chan? Precisas de alguma coisa?- perguntou o Takayuki.
- Bem, eu queria dizer-te que o deserto onde tivemos não poderia ser a Sunagakure pois desta Vila até Konoha seriam precisos 3 dias.
- Deserto? 3 dias? Mas o que é que tu estás a falar?- perguntou ele.
- Como é que ele não se lembra? Foi ontem. Será que aconteceu algo de ontem para hoje? Será que ele perdeu a memória? – pensou Haruka preocupada.