A semana que Rima estivera no hospital passou a correr, pois esta dormira a maior parte do tempo e as visitas de Hiroki, Hiroito e do seu novo amigo, Taro, mantinham-na distraída. Quando se encontrava sozinha pensava frequentemente na voz que ouvira, estava curiosa sobre quem a queria conhecer. E ansiosa por voltar a Suna.

Dia da Alta de Rima

Rima vestia o seu fato habitual, ao verificar que os seus pesos se encontravam perto da mesa-de-cabeceira colocou-os nas pernas, como habitual. “Tenho de ir a Konoha um dia destes, vou pedir a Lee-sensei que me dê uns mais pesados, e talvez pesos para os pulsos também.” Pensava a kunoichi colocando o Hitayate de Suna na testa, suspirou e saiu do quarto de hospital.
- Rima! – Chamou uma voz conhecida.
- Taro! – Grita Rima abraçando o amigo e quase o sufocando.
- Queres ir comer Ramen? Eu pago. – Sugere o Hyuuga sorrindo.
- Precisas mesmo de perguntar? – Responde a kunoichi com um sorriso de orelha a orelha. Taro deu uma pequena gargalhada e dirigiu-se com a amiga para uma barraca de Ramen.

Mais Tarde…

Rima havia passado toda a tarde com Taro, atirando shurikens, senbons e kunais a árvores ou alvos, nada de muito puxado. Pois não convinha a Rima esforçar-se demasiado novamente, nem Taro permitia tal, este caminhava agora com Rima em direcção à casa de Hiroki.
- Coitado do pássaro! – Diz Taro entre gargalhadas, Rima dá-lhe um carolo.
- Não tenho culpa que se tenha atravessado à frente do alvo no preciso momento em que atirei a kunai. – Defende-se Rima fazendo ar de amuo, Taro colocou o seu braço em volta do ombro da rapariga.
- Pois, pois… Até me deu pena do passarinho, nem soube o que o atingiu! – Responde Taro, rindo-se novamente, Rima olha-o continuando com cara de amuo.
- Não comeces! Enterrei-o e tudo! – Protesta a kunoichi fazendo ar de ofendida.
- Oh… Que nobre da tua parte… Ai se a Sociedade Protectora dos Animais descobre… - Goza Taro, Rima pega-lhe no dedo indicador e torce-o para trás. – Au, au, au!
- Tem muita graça, Hyuuga-sama… - Diz Rima largando o dedo do amigo, sorrindo sarcasticamente.
- Pronto, pronto! Já não gozo mais com a senhora amuada! – Diz Taro, Rima dá-lhe um carolo novamente.
- Bem, chegámos. – Declara Rima ao chegarem à porta da casa de Hiroki, Rima suspira olhando a porta.
- Passa-se alguma coisa Rima? – Questiona Taro, olhando a amiga.
- É que… - Rima interrompe insegura, Taro olha a amiga encorajando-a a responder, esta respira fundo e continua. – Quando morri… Ouvi uma voz, que… Que disse eu não merecia viver porque não tinha tido coragem de lutar por uma pessoa… Eu prometi que o faria a mim mesma, mas não sei se…

Rima é interrompida por Taro que lhe agarra nas mãos, olhando-a nos olhos de cara séria, Rima cora levemente.
- Eu acredito em ti. Tu vais conseguir, eu sei que vais conseguir, é corajosa, mas não tens fé em ti. Isso tem que mudar. – Diz Taro aproximando-se da rapariga e beijando-lhe suavemente a testa, em seguida abraçando-a, Rima corresponde ao abraço. – És muito mais do que pensas Rima.
- Obrigado Taro…
- Já agora, como é que se seduz uma rapariga mais velha? – Pergunta Taro, Rima olha para ele com cara de “”, quebrando o abraço.
- Mais velha? Quantos anos?
- Digamos uns 10…
- Taro, a sério, não vale a pena. – Diz Rima dando-lhe leves pancadinhas no ombro.
- Oh Bolas… Ela era tão boa… - Rima olha o amigo com um sorriso sarcástico. – Pessoa, ela era boa pessoa.
- Taro… Não vale a pena negares, não me enganas tão facilmente. Haha! – Ri-se Rima, Taro ri-se também e os dois amigos despedem-se com um abraço e Rima fica a ver Taro partir pensando nas suas palavras. Por fim abre a porta e entra em casa da sua madrinha, tal não foi o seu espanto quando houve o barulho de gaitas e confetis e serpentinas a cair sobre a sua cabeça, e Hiroki e Hiroito saltam à sua frente segurando um cartão a dizer “Bem-vinda a Casa!”.
O casal abraçou Rima, quase sufocando e dirigiram-se para a cozinha onde repousava um Brigadeiro de Chocolate de aspecto delicioso que Rima olhava gulosa. Os três comeram e foram-se deitar.

Dia Seguinte…

Rima acordou, espreguiçando-se na cama, levantou-se para tomar banho e depois se vestir e descer para tomar o pequeno-almoço. Sentia-se ansiosa, pois iria partir para Suna assim que comesse e se despedisse, para depois poder matar saudades dos amigos.
- Tenho uma prenda para ti. – Declara Hiroki, quando terminaram a refeição.
- É outro livro do “Icha Icha Paradise?! – Pergunta Rima excitada.
- Não, não é. – Responde Hiroki com uma grande gota na cabeça. – É algo muito melhor…
Rima pensava no que Hiroki lhe iria dar, melhor do que um livro “Icha Icha”? Só se fosse o DVD da série “Icha Icha”!! SUGOIII!! Por fim chega Hiroito com um grande embrulho nos braços com os símbolos da série “Icha Icha” (( Aquele sinalzinho de proibido, que aparecem nos livros)). Rima desembrulhou o presente ansiosamente, como uma criança na manhã de Natal, tratava-se de uma katana dentro de uma bainha.

A bainha era castanha, bordada com fio dourado e com uma inscrição a dourado que diz: “Zetsumei Hoshi”, Rima desembainhou a katana e ficou maravilhada com a beleza da mesma. O seu cabo era longo o suficiente para a segurar com ambas as mãos, com riscas pretas e vermelhas.
A longa lâmina reluzente parecia estar cortada na extremidade dando-lhe um aspecto, no mínimo: artístico. A Kunoichi agarra no cabo com ambas as mãos verificando o peso da arma e o equilíbrio, a katana parecia perfeita para ela, as suas mãos encaixavam perfeitamente no cabo e sentia-se em sintonia com a arma.

- É linda. Obrigado. – Murmurou Rima abraçando Hiroito e Hiroki.
- Este presente é a tua Herança, deverás guardá-la e nunca a percas, pois é valiosíssima. – Declara Hiroki, Rima acenou com a cabeça em sinal de compreensão, em seguida Rima embainhou a katana e colocou-a às costas.
- Toma, estes scrolls possuem dois jutsus que te poderão vir a ser bastante úteis. – Declara Hiroito entregando a Rima um scroll castanho e outro vermelho.
O casal dirigiu-se com a kunoichi até aos portões de Kumogakure, Taro depressa se juntou a eles. Rima abraçou os padrinhos e por fim o amigo.
- Tem cuidado contigo. – Declara Hiroki
- Pensa antes de agir. – Diz Hiroito.
- Ah… Usa preservativo! – Declara Taro, todos o olham com cara de “”, este encolhe os ombros. – Que foi? Estavam todos a dar bons conselhos e eu quis entrar na onda…
- Ahahaha. Vou ter saudades tuas Taro. Promete que me vais visitar a Suna. – Diz Rima.
- Só se prometeres levares uma gaja gira a Konoha. – Diz Taro, Rima ri-se e os dois abraçam-se novamente. Por fim Rima acena novamente e desaparece da vista dos três.

Hiroito chorava, soluçando de vez em quando, Hiroki e Taro olham o homem de gotas na testa.
- Oh pá… Estás a chorar?! – Protesta Hiroki olhando o marido.
- N-não *snif snif* Tenho uma coisa no *snif snif* olho. – Responde o homem, Hiroki suspira e volta para casa com o marido deixando Taro a olhar para o local onde Rima estivera segundos antes.
“Boa sorte amiga…” – Pensa o Hyuuga.

Já em casa de Hiroki.

- Vou enviar um bilhete à Ori a dizer que a Rima vai a caminho. Vai lavar a cara e começa a fazer o almoço, ok ‘mor? – Declara Hiroki começando a escrever um pequeno bilhete.
- Sim *snif snif* Vou já. – Responde o homem ainda chorando, Hiroki com uma pequena gota na cabeça. A kunoichi acabava de escrever o bilhete e colocou-o no bolso.
- Ito, volto já. – Anuncia Hiroki antes de sair de casa, ainda ouvindo os soluços do marido ao fechar a porta.

Algures em Suna, Dias depois

Um falcão sobrevoam os céus da Vila Oculta da Areia, aterra num parapeito de janela começando a dar leves bicadas na vidraça, a janela abre-se e uma mão puxa a ave para dentro. Ansiosamente retirou a mensagem e leu-a:
“Ela vai a caminho. Já tem a herança. Boa sorte Ori.
Hiroki.”
A mulher pega num papel e caneta e escrevinha uma resposta, enrolando o papel em torno da pata do falcão que retomou o voo.

Algures entre Suna e Kumo

Rima estava quase a meio caminho de Suna, tinha viajado sem pressas praticando os jutsus que Sora lhe dera e que ainda não tivera oportunidade de praticar: o Jishin Ouda e o Daiendan. Neste preciso momento a kunoichi corria por entre a floresta que já começava a rarear, subitamente ouve um silvo, Rima desvia-se mas uma shuriken passa-lhe rente à bochecha, fazendo-lhe um pequeno arranhão.
O atacante tinha umas vestes negras de samurai e uma máscara negra que lhe tapava a boca e o nariz, o cabelo loiro estava apanhado num rabo-de-cavalo. Não dava para perceber se era homem ou mulher. Não tinha Hitayate, deveria ser um bandido ou mercenário. Rima desembainha a Zetsumei Hoshi, agarrando-a com ambas a mãos e sorrindo para o seu adversário.

- Dá-me todo o teu dinheiro e não terei de te magoar. – Diz o estranho. Rima solta uma gargalhada estridente e o estranho manda-lhe duas shurikens que Rima bloqueia com a sua katana.
- Está na hora de te estrear… - Murmura Rima à espada, investindo contra o estranho de katana em riste.
(…)
Rima aproxima-se do ninja, agora inanimado, e após embainhara espada retirou-lhe a máscara: era um homem, jogou a mão ao bolso do rapaz tirou de lá algumas linhas shinobi, amarrando-o a uma árvore. Continuando o seu caminho de seguida.

Algures perto de Suna

Uma casa de aspecto inclinado, dando a impressão que estava quase a cair, repousa junto a uma enorme Duna. O telhado era de telhas laranjas, a chaminé muito branca, o resto da casa era branca com a barra azul. À frente da porta estava um pequeno alpendre de madeira onde repousava uma mulher que dormitava numa cadeira de baloiço, com os óculos na ponta do nariz e o livro sobre as pernas.

“Acorda!"



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Spoiler:

Arma nova, woop! ;P
Grande filler, mesmo literalmente.