Lentamente entrei numa das maiores vilas que havia visto, Konoha nada havia mudado desde a minha ultima visita, os seus prédios de traço tradicional, as ruas atulhadas de gente e o olhar atento dos ex-Hokages que da enorme rocha olhavam pela vila. Percorri as ruas sem fazer a mínima ideia de para onde ir ou o sequer o que fazer, não sabia como abordar os meus familiares nem como os ia encontrar, resolvi procurar na antiga mansão da família, era o único local que me ocorria. A mansão era enorme, com 3 pisos era um edifício imponente, de telhas verdes e paredes cobertas por madeira de cor escura. Estava rodeada por árvores e relva, toda ela luzia… mas isso era antes, agora não passava de uma pintura borrada do que era. Mal cuidada, a madeira rachada e apodrecida dava uma aspecto débil e sombrio à casa, das árvores verdes apenas restava o esqueleto negro e murcho.


Dei um passo em frente entranhando-me nas minhas memórias, relembrava cada momento que ali havia passado, os bons e os maus, todos eles me diziam algo, todos eles tinham um significado que só eu sabia interpretar.
Subi o degrau para os corredores exteriores da casa, a madeira rangeu, um suspiro do seu sofrimento, um suspiro de uma casa que há muito havia perdido a sua saúde.
A cada passo que dava, a madeira estalava, receava parti-la e ficar com o pé preso para sempre, engolido naquela melancolia. Ouvi passos, olhei imediatamente para trás, mas não vi ninguém, parecia que a minha mente me pregava partidas, voltei-me para a frente e, ao fundo do corredor, encontrava-se uma criança, com cerca de 5 anos a olhar para mim com um olhar vazio, os seus olhos estavam brancos, era impossível ver-se para lá deles, as suas orbitas começaram a manchar-se de vermelho, enchendo-se de sangue que lhe começou a escorrer pelo rosto como se chorasse. Tentei dizer algo, mas a voz ficou-me presa na garganta, o rapaz fugiu a correr, acordei do choque e fui em sua perseguição.
Percorria os corredores a grande velocidade, cada um deles me transportavam ao meu passado.

Avistei novamente a criança, estava parada, virada para o interior de uma das divisões da mansão, parei de correr e iniciei uma caminhada lenta e pautada, tentando não assustá-lo de novo. O rapaz parecia nem dar pela minha chegada, olhava de olhos escancarados e encharcados de sangue para o interior da divisão, aproximei-me de vagar, quando estava praticamente ao lado do rapaz ele olhou para mim, de rosto pálido e melancólico, e voltou a fitar o interior da divisão, coloquei-me a seu lado num silencio imperturbável, e olhei também para o interior da divisão. Fui apanhado de surpresa, aquele era o quarto dos meus pais, quando ainda vivia na mansão, havia sido ali que encontrara a minha mãe caída sob uma poça do seu próprio sangue, havia sido ali que encontrara a carta do meu pai, prometendo ensinar-me o Endan.

Olhei para a criança, que continuava de olhar perdido no chão do quarto, ainda manchado do sangue ali derramado 7 anos atrás. A criança olhou para mim, o seu olhar tão pálido como a sua pele já não derramava sangue, eram lágrimas que percorriam o seu rosto. Nenhum de nós disse uma palavra, e ali ficamos ambos a olhar para aquela divisão completamente vazia.

- Miúdo… acho que já fizeste o teu papel, agora descansa. – Dito isto, coloquei a minha mão sobre a sua cabeça, e proferi “Kai”, libertando a criança do Genjutsu que moldava a sua vontade, a criança desfaz-se em lágrimas e desmaiou a meu lado.
- Muito perspicaz. – Uma voz ouviu-se atrás de mim, não a reconheci.
- Não valia a pena sacrificar assim a inocência de uma criança, se me querias atrair bastava dizeres. – Respondi, sem olhar para trás.
- Não és bem-vindo a esta casa, nem mereces ter o nome desta família. És um traidor, tal como os cobardes dos teus pais. – As palavras do homem cravavam-se no meu peito como punhais, mas a referencia aos meus pais foi a gota de água.
- Quem és tu para os acusares de cobardes? – Disse eu virando-me para ele. Era um homem alto, de tez pálida e olhos pretos, o seu cabelo preto estendia-se até ao meio das suas costas, não me recordava de o ver durante a minha infância, provavelmente era o actual líder da família, mas quem seria ele?
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Próximo filler começa a porrada!

Ganda filler, parabéns ^^

Excelente!

Um optimo filler,
parabéns!

:] Parabéns, mas eu quero é o próximo, da-me sempre mais vontade de ver um filler de porrada, mas sim claro com alguma história boa formada por detrás das personagens que irão partir num duelo.

:] Vamos lá, boa sorte e continua.. já tens aqui uma pessoa ansiosa pela próxima Filler.