[Kyuushu Naimen] - Revelações e Convocações
Sueji havia acordado depois da missão, a meio caminho de volta para Kirigakure. Apesar de tudo, Okashii havia dado a missão como concluida satisfatóriamente. Os membros receberam o ryo, e seguiram o seu caminho.
Katsutu havia acabado de voltar de uma corridinha à volta de Kiri para manter a forma, e encontrou Sueji a dormir sentado no sofá da sala. O gennin atirou uma maçã ao irmão, fazendo-o acordar. Este levantou-se bruscamente, e agitou uma Kunai estupidamente no ar, fazendo o irmão rir alto.
- E então, Sueji? - Katsutu falava, enquanto se ria - Mais uma missão completa?
- Sim... Muita acção mas acabou tudo bem. E tu, que tens feito?
- Nada... E precisava de falar contigo por causa disso mesmo. Agora que sabemos onde estão os membros da nossa família, eu gostava de os ir procurar. Vou a todo o lado, menos a Otogakure... Já ouvi muitas histórias sobre lá, e não vou sem o devido apoio... A minha equipa está fora, e nesse sitio não me meto.
- Entendo-te... Quando partes? - Sueji gostava de saber que o seu irmão gémeo estava tão empenhado nesta procura como ele.
- Pois... Eu parto já hoje. Já falei com Okashii e obti todas as autorizações. Ele insistiu que levasse um ANBU comigo, diz que serve de teste para os recém chegados, que ainda não têem grande trabalho a fazer. Vou levar a Samehada, e a mochila grande da mãe cheia de comida. Bem... até à vista, irmão!
Katsutu saiu disparado, deixando Sueji ali sozinho. Temia que algo acontecesse ao seu irmão.
Desde que os seus pais haviam morrido, que os dois irmãos cuidavam um do outro. Cada um olhava pelo outro, e protegiam-se mutuamente. Mesmo assim, ao saber que um ANBU ia com ele as suas preocupações haviam desaparecido.
Sueji largou tudo, tirou a camisola e olhou-se ao espelho. Podia ser minimamente, mas já tinha os abdominais um pouco desenvolvidos. Os músculos que tinha mais desenvolvidos eram possivelmente os dos braços, devidos ao treino de uso da Zambatou. Vestiu denovo a camisola, e saiu de casa.
Não ia treinar, mas simplesmente andar por aí. Andou uns cinco metros, e sentiu uma coisa no rabo... Uma mão!
- Bom dia, Sueji! - Takatsuya, olhava-o com os olhos a brilhar. - Os ferimentos já passaram?
- Han... Já - Sueji fingiu que não tinha sentido nada, e falou com voz desconfiada - O que fazes aqui?
- Bem, o Mizukage mandou chamar-te... E eu fiz questão em vir. Vamos indo?
- Bem, vamos.
Takatsuya meteu-lhe um braço por cima dos ombros, e seguiu caminho para o gabinete do Mizukage. "Esperemos que isto sejam só as hormonas aos saltos..." - foi o que Sueji pensou, a caminho do gabinete.
Demoraram pouco tempo a chegar, mas durante a viagem toda Takatsuya arranjava desculpas para dar beijos na face de Sueji, ou abraçá-lo durante longo tempo. Quando finalmente chegaram, Okashii mostrava uma cara muito séria. Sueji aproximou-se, e sentou-se. O Mizukage acabou de preencher uns papéis, e falou com voz séria:
- Não sei se já estiveram com o vosso sensei e ele já vos explicou... Mas houveram vários desaparecimentos no exame chuunin, principalmente na floresta da morte. Kirigakure foi a vila que teve menos desaparecidos, mas entre os desaparecidos está um dos nossos mais talentosos gennins, o meu sobrinho. Não é por ele ser da minha família, mas sempre mostrou uma grande aptidão para artes ninjas. Já agora, tenho de te perguntar Sueji, viste alguma coisa de suspeita?
- Não... Quer dizer, sem contar com o mais bizarro ter sido mesmo um gennin a calcar uma armadilha, e a ser puxado para cima de uma árvore. Depois disso só ouvi alguém a saltar, e não o vi mais...Mas deve ter sido uma experiência, ou ele mesmo.
Okashii pensou, e escreveu num papel qualquer coisa. Depois descontraiu-se, e falou mais abertamente.
- Tu, a tua... namorada - Okashii sorriu abertamente e fez um sinal para Sueji. Takatsuya estava sentada ao colo deste, e agarrava-lhe uma mão.
- Nós não na... - começou Sueji
- ... E o resto da equipa partem daqui a umas horas para Konoha, onde se juntarão com as vossas equipas de procura. Vocês vão num grande aglomerado de pessoas, que também irão para Konoha dar o auxílio. Afinal, desde que os países estão em paz temos de mostrar apoio... Bem, podem ir preparar-se.
Os dois levantaram-se, e Takatsuya saiu. O Mizukage fez um sinal para Sueji, e pediu-lhe para aproximar. Falou numa voz demasiado baixa, mas Sueji percebeu todas as palavras:
- Não precisas de esconder nada... Se gostas da moça é perfeitamente normal! Até porque as taxas de natalidade de Kirigakure estão demasiado baixas...
Sueji ficou parvo ao ouvir esta frase.