Reservado pra texto do Sennin
O combate entre Angelus e Juca tinha acabado, de forma bastante desiquilibrada como seria de imaginar. Ambos saíam do campo de batalha e os nomes dos seguintes lutadores eram anunciados. “Susumo Maiko contra Kuchiki Kazumi”, ouvia o Gennin de Suna, o que o fez tremer. O facto de estar num torneio onde a qualquer momento poderia enfrentar um Jounnin já o fazia ficar nervoso e lutar contra o mais recente vencedor dos Exames Chunnin deixava-o ainda pior.
Levantou-se do banco onde se sentava a observar a arena e, com Lupus a seu lado, dirigiu-se para a mesma, onde já se encontrava Maiko. Quando o Gennin entrou no espaço, vários aplausos se fizeram ouvir, de forma a apoiar os dois combatentes. O árbitro explicava as regras do combate, enquanto os dois oponentes se entreolhavam, como que avaliando o outro.
- Ohayou, Maiko-san – cumprimentou Kazumi, depois do árbitro terminar a explicação.
- Ohayou Kazumi – disse Maiko, com um sorriso – É bom lutar contra um dos grandes amigos do meu companheiro Kadmos.
- Digo o mesmo, para além de ser uma honra lutar contra o vencedor do Exame Chunnin – disse Kazumi, coçando a cabeça – Ah, e quero-te agradecer pelo “presente” que nos deste.
- De nada, ainda bem que vos foi útil!
- Vamos começar? – perguntou o Jounnin, começando a ficar impaciente com tanta conversa.
- Hai hai... Boa sorte Kazumi e dá tudo o que tens, não vou brincar – disse Maiko, tentando um jogo psicológico com o Gennin.
- Podes ser Chunnin e talvez mais forte que eu, mas não é isso que me vai fazer ter medo de ti! – exclamou Kazumi, ao ver que os nervos tinham dado lugar ao entusiasmo.
- Prontos?! – perguntou o Jounnin, silenciando o estádio – HAJIME!
Os dois rapazes observavam-se mutuamente. Kazumi lembrava-se ligeiramente do combate de Maiko com Seyur na final e sabia que este não era adepto de de lutas a curta distância. “Ele provavelmente não me vai deixar aproximar, vai tentar manter uma certa distância. A minha única hipótese é não o deixar fugir e tentar ganhar vantagem através de Taijutsu”, raciocinava Kazumi, enquanto se preparava para a batalha.
Maiko não se mexia, parecia esperar por um ataque de Kazumi. O Gennin decidiu fazer a vontade ao seu adversário e lançou-se na sua direcção. Tentou socar Maiko mas este desviou-se, afastando-se com mortais à rectaguarda. “Como eu esperava, ele vai tentar manter distância. Está na hora de o surpreender”, raciocinava Kazumi, desaparecendo com um Shunshin.
O Chunnin, mesmo sendo mais rápido, não esperava aquele movimento por parte de Kazumi e levou com um Konoha Senpuu, que o atirou pelo ar. O Gennin, tentando seguir a sua estratégia, continuou com a sua ofensiva e tentou dar socos e pontapés no Chunnin, ainda no ar. Este defendia-se como podia, mas Kazumi conseguia acertar algumas das investidas, embora que de forma ligeira.
Maiko conseguira-se libertar e desaparecia em fogo, agarrando-se a uma parede com o Kinobiri. A aparência do Chunnin começava agora a mudar, com penas a aparecerem por todo o corpo, mas sobretudo na cara e nos braços. Maiko dirigiu um olhar a Kazumi, fazendo o Gennin reparar que a cor dos seus olhos se tinha alterado, do castanho normal para amarelo. “O que será que ele está a aprontar?”, pensava Kazumi, concentrando chakra nos pés e usando o Kinobiri, para correr na direcção de Maiko.
Pontapés e socos eram distribuídos por Kazumi, mas Maiko parecia ter melhorado o seu Taijutsu com aqueles jutsus, pois parecia conseguir ler os golpes do Gennin, esquivando-se de todos sem problemas. Kazumi tentou um Konoha Senpuu, mas apenas acertou num tronco. Maiko reaparecia noutro sítio começando a fazer selos, mas o Gennin não queria deixá-lo ganhar ímpeto, aproximando-se com o Shunshin. O Chunnin estava quase a acabar, mas sentiu uma forte dor na sua mão esquerda, já que Lupus, que tinha ficado esquecido, o tinha mordido. Com aquela distracção, Kazumi conseguiu acertar um Konoha Shouffu, atirando o adversário pelo ar.
Sem perder tempo, concentrou o seu chakra nos dedos da mão direita e lançou cinco linhas eléctricas para Maiko, tentando paralizá-lo momentaneamente. O Tesaki Dendou acertara no Chunnin, o que levou a um “OOOOH” do público. Para surpresa do Gennin, Maiko desfazia-se em penas, que caíam suavemente pelos lados de Kazumi. “Onde é que ele está?”, pensava o Gennin, tentando encontrar o adversário.
- Umo Kai – dizia Maiko, de cima de uma árvore que se encontrava na arena.
Todas as penas que circundavam Kazumi rebentaram com aquele jutsu. Uma enorme nuvem de fumo estava no local onde o Gennin se encontrava. Todo o público estava expectante, para saber o que tinha acontecido ao rapaz. Quando a nuvem de fumo se dissipa completamente, um tronco chamuscado estava no lugar de Kazumi, enquanto este reaparecia de trás de uma árvore.
- Uff, parece que me safei a tempo – disse Kazumi, virando-se para Maiko.
- Não estava à espera que o conseguisses fazer, mas isso só fez com que eu tivesse a certeza que tenho que dar o meu melhor – respondeu o Chunnin, saltando da árvore e estalando os dedos.
Musicola
As Siharas invocadas por Maiko iam em direcção a Kazumi e este desembainhou as suas Tsuin Touken para as desviar, saltando de um lado para o outro para se esquivar das que sobravam. Entretanto, já Maiko lançava um Endan na direcção do Gennin, que se desviava com um salto para o seu lado esquerdo. “Mas este gajo troca de lentes durante a batalha? Espera... Aquilo é um pássaro?”, pensava Kazumi, depois de olhar para os olhos do Chunnin e ver que estes estavam vermelhos e com um pássaro a voar constantemente.
-
Ehehe, parece que não és nada fraco, para conseguires sair deste ataque sem danos – dizia Maiko, falando muito alto.
- Que olhos são esses? – perguntava Kazumi, ainda intrigado com aquilo.
-
Vais sentir o verdadeiro poder deles... NA PELE! – gritou o Chunnin, lançando um Housenka no Jutsu para o Gennin.
Kazumi desviava-se das bolas com saltos constantes, de um lado para o outro. “Ele está diferente, ri-se do facto de eu me desviar. Parece que tem dupla personalidade”, pensava Kazumi, ao ver que o seu adversário sorria a cada bola que lançava. Maiko criava agora 3 clones e as cópias começavam a fazer selos. Quando terminaram, todos cuspiam óleo na direcção de Kazumi, enquanto o verdadeiro Maiko o incendiava com um Daiendan.
Kazumi conseguiu safar-se com mais um Kawarimi na altura certa, aparecendo em cima de uma árvore. Depois de uma sequência de selos, o Gennin dividia o seu chakra por 3 Karasu Bunshins, que rapidamente atacaram os clones do adversário. Enquanto isso o verdadeiro começava a concentrar chakra, mas era interrompido por 5 bolas de fogo lançadas por Maiko.
“Assim não vai dar, tenho de criar uma dis... Lupus, parece que te apercebeste antes de mim”, pensava Kazumi, ao ver Lupus a deslocar-se sorrateiramente pelas costas de Maiko. O Gennin começava agora a concentrar chakra e a fazer selos.
O pequeno Smilodon lançara-se no momento certo para a mão de Maiko, interrompendo a formação de novas bolas de fogo. Ao ver que Lupus fugia e Maiko estava desconcentrado, Kazumi lançou um Ikazuchi no Kiba. O Chunnin atirou-se para o lado, mas ainda levou com uma parte do impacto na perna esquerda, que tremia com o choque. Os clones de Kazumi tinham sido destruídos com o Umo Kai e o Gennin viu-se sem alternativa a não ser lançar-se para o ataque.
-
Seu puto estúpido! Agora lixaste-me a perna! – gritava Maiko, tentando dobrar a perna que tinha sido atingida.
Stop please (se ainda não acabou xP)
O Chunnin, ainda no chão, criava uma bola de fogo na mão esquerda e, com a outra mão, formava uma seta. Kazumi corria na sua direcção de espadas na mão, quando a seta foi lançada. O Gennin conseguiu desviar-se, mas já uma e outra vinham na sua direcção. Usou o Shunshin para se afastar e planear a próxima jogada.
Maiko punha-se agora de pé, com os olhos novamente com uma cor diferente, agora azul. “Vamos lá ver se este Doujutsu o faz ter personalidades diferentes”, pensava Kazumi, vendo Maiko a sorrir para ele. De repente, gritos vinham do público e Kazumi via as bancadas todas em chamas. O árbitro do combate estava morto no chão, com kunais por todo o corpo. “Com este Genjutsu não me enganas, já o conheço”, pensava Kazumi, concentrando chakra e executando o Kai.
Porém, as visões mantinham-se e Kazumi preocupara-se. “Mais chakra, mais chakra!”, pensava, enquanto concentrava ainda mais chakra que anteriormente e fazia o Kai, desta vez cancelando o Genjutsu. Porém, a visão fora do Genjutsu não era muito melhor. Várias shurikens vinham na sua direcção e estavam perto demais para ser desviadas. Kazumi apenas conseguiu proteger a cara, colocando as mãos à frente da mesma, e levou com todas as shurikens.
- M**da,... isto d-d-dói – dizia Kazumi, tentando acalmar a dor.
O Gennins punha-se de pé com dificuldade e recuperava fôlego, enquanto Maiko parecia estar desinteressado pela luta, olhando fixamente para Kazumi. “Bem, vamos ver se esta estratégia vai resultar. Já não tenho muito chakra e ou acabo com isto agora, ou tenho o duelo perdido”, pensava Kazumi, começando a fazer selos.
O Gennin dividia o seu chakra por 4 clones e todos se lançaram na direcção de Maiko, que parecia recuar, tentanto evitar contacto físico. O verdadeiro lançou uma cápsula de fumo e os 6 ficaram no interior da mesma. Quando a névoa se dissipou, Maiko estava preso por linhas shinobi, que eram seguras pelos Karasu Bunshins. Entretanto, Kazumi começava a concentrar chakra na palma da mão direita, formando uma bola de raios.
- Podes ser muito forte Maiko, mas a luta acaba aqui! – exclamou Kazumi, começando a correr com o Raikyuu na mão (Rasengan-like).
O rapaz acertava com o jutsu na barriga do seu adversário, que era electrocutado. “O Gennin vence o Chunnin”, pensava Kazumi, mas algo que viu assustou-o. Maiko apresentava um sorriso de orelha a orelha e começava agora a desfazer-se em corvos. “SACANA! Ele esperou que eu o atacasse para gastar chakra desnecessariamente, em apenas mais um clone”, pensava o Gennin, começando a ouvir a voz do seu adversário.
-
Tenta encontrar-me, Kazumi-san – dizia Maiko, aplificando a sua voz através dos corvos.
Outra música
Os Karasu Bunshins de Kazumi eram destruídos um a um por duas shurikens, que aparentemente eram controladas pelo Kaze Tobido do Maiko. Para espanto de Kazumi, após o último clone ser destruído, as shurikens caíram em vez de se dirigirem a ele. “O que é que este está a aprontar agora”, pensava Kazumi, pondo-se em posição defensiva. De repente, começou a ouvir uma suave e bonita música e Maiko aparecia à sua frente a tocar um instrumento que o rapaz não reconhecia.
O chão debaixo de Kazumi começou a tremer e várias cordas brotaram do mesmo, amarrando-o. Estas puxavam as mãos do rapaz e obrigamvam-nas a ficar atrás das costas. Maiko deixava de tocar e a cor dos seus olhos mudava novamente, regressando ao vermelho.
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Vamos lá ver se te safas desse Genjutsu rapazote AHAHA – ria-se Maiko, ao ver que Kazumi aparentava estar assustado –
Shiu, Akiro! Assim ele sabe que é um Genjutsu! EHEHE, não vai sair dele à mesma!Enquanto Maiko falava a cor dos seus olhos passava de vermelho para azul, regressando depois ao vermelho. “Aquele Doujutsu tem mesmo várias personalidades e estilos de luta. Fantástico”, pensava Kazumi, concentrando o seu chakra restante, na tentativa de bloquear o Genjutsu, mas sem efeito. Concentrou-se outra vez e tentou interromper o fluxo de chakra do adversário no seu cérebro, mas novamente sem resultado.
“Vou ter que usar todo o chakra que me resta para sair disto”, pensava Kazumi, concentrando o máximo de chakra que podia e fazendo o Kai. Mais uma vez, sem resultado. “Estou amarrado, ferido e sem chakra. Parece que perdi...”
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Fracote, não consegues sair do Genjutsu? – perguntou Maiko, pegando numa shuriken –
Vou acabar contigo!O Chunnin começava a moldar chakra à volta da shuriken. Uma bola de fogo era criada e a arma de metal convertia-se num núcleo duro, ficando com a forma de um meteorito. Kazumi assustou-se, um jutsu daqueles iria acertá-lo de frente, sem hipóteses de defesa. O Meteor Strike foi lançado pelo Chunnin e acertou em cheio no peito de Kazumi.
Com Maiko a cancelar o Genjutsu, o Gennin caiu e bateu com a cabeça no chão, desmaiando. A sua camisola estava rasgada e queimaduras graves se abatiam sobre o seu peito. O árbitro dava Maiko como vencedor e a equipa médica entrava na arena, correndo para Kazumi.
- Foi um prazer lutar contigo rapaz, espero reencontrar-te – disse Maiko , dirigindo-se para a saída da arena.