As três mulheres permaneciam abraçadas, três gerações, três histórias, avó, filha e neta, unidas de novo.



A avó de Rima havia ido dormir na sua pensão, Rima dormira com a mãe, na mesma cama, encaixada nela em “posição fetal”. Lentamente a jovem kunoichi começa a despertar, Orihime passava-lhe as mãos pelos cabelos sorrindo docemente, ao ver que a filha despertara beija-lhe a testa e abraça-a.
- Por mim, nunca mais sairia daqui… mãe… - Murmura Rima aninhando-se junto à mãe, esta solta uma gargalhada.
- Sabes que não pode ser assim minha filha… Que tal um dia só nós as duas? – Sugere Orihime.
- O que sugeres? – Pergunta Rima, como uma criancinha na manhã de Natal, senta-se num pulo.
- Umas compras, uma ida ao cabeleireiro e… Uma espreitadela às termas. – Sugere a mãe com um sorriso pervertido no rosto. O rosto de Rima abriu-se num enorme sorriso… pervertido.
- Adoro-te mãe! – Diz a rapariga abraçando a mãe. – Tenho que ir à pensão vestir alguma coisa…
- Não te preocupes como isso. – Orihime levanta-se da cama e tacteando na parte superior do guarda-fatos retirou de lá um embrulho que estendeu a Rima. – É para ti, espero que gostes.

Rima não perdeu tempo, rapidamente rasgou o embrulho para encontrar um bonito kimono azul-claro com algumas ondas nas extremidades de um azul mais escuro. Rima vestiu-o, assentava-lhe que nem uma luva, a sua mãe também vestiu um kimono semelhante, mas cor-de-laranja e algumas chamas.

A primeira paragem das duas kunoichis seria o Centro Comercial ((não sei se existe disto maa pronto )), no caminho encontrava-se um quiosque com algumas revistas na montra, uma dessas chamou a atenção das duas: uma capa onde surgia um homem de atraentes atributos seminu, Orihime nem pensou duas vezes e comprou dois exemplares, um para a filha e outro para si. No interior apareciam alguns ninjas conhecidos a exibir os seus abdominais, como Hatake Kakashi, Genma, Hyuuga Neji, Umino Iruka, entre outros.

- Mãe, sabias que eu já vi o Hatake Kakashi em pessoa? – Diz Rima, sem descolar os olhos da revista, com uma gota de sangue a espreitar de uma narina.
- Eu também… É cá um pão… - Responde Orihime, também sem tirar o olhar da revista e com sangue a espreitar de ambas as narinas.
E assim foram as duas kunoichis caminhando até ao Centro Comercial de Suna, com pedaços de lenço de assoar enfiados no nariz para estacar aquelas hemorragias tão inoportunas, compraram algumas calças, blusas, kimonos, roupa interior e algum equipamento ninja que Rima já vinha a precisar. No final das compras cada uma trazia uma quantidade considerável de sacos de compras, dirigiram-se então ao cabeleireiro.

- Mãe… Eu ainda não me sinto preparada para cortar o cabelo… - Diz Rima.
- Não faz mal, fazes umas madeixas. – Diz Orihime com um sorriso.
Orihime esticou um pouco o seu cabelo até aos ombros e fez uma madeixa vermelha que contrastava bastante com o seu cabelo negro, Rima também optou por uma madeixa da mesma cor mas apenas na franja, o que não lhe ficava mal de todo. Em seguida mãe e filha voltaram a casa para lá deixarem as compras e foram “relaxar” às termas de Suna, por relaxar entenda-se que foram espiar os balneários masculinos.



Sasame, Genji e Sora acabavam de chegar à enorme Residência do clã Kurohoshi, os três dirigiram-se imediatamente à mansão principal do clã, Tatsuke encontrava-se à porta e puxando Genji por um braço impediu-o de entrar, para lhe comunicar algo.
As duas raparigas entraram na sala de reuniões, já lá se encontravam Risa, Isshin, os dois anciões do clã, Shoukan e Soutou, Gakuryoku, um gorila eremita com o bordão sobre os joelhos e por fim Hitori, a gorila sem criança. Estas sentaram-se nas almofadas a que lhes estavam destinadas, e finalmente Tatsuke e Genji entraram na sala, sentando-se também.

- Como sabem, foi encontrada a “criança desaparecida”, cujo nome é Risa. – Declara Isshin apontando para a rapariga que esboçou um tímido sorriso, Sora sorriu-lhe instintivamente.
“Bem gira…” Pensa Sasame olhando a nova prima, disfarçadamente.
“Fedelha irritante, porque é que tinha de aparecer agora?” Pensa Tatsuke, lançando vários olhares ameaçadores à jovem.
“Humpf… Mais outra para derrotar…” Pensa Genji de olhar aborrecido.

A um canto da sala encontrava-se um pequeno altar de mármore branco, com uma tábua do mesmo material suportada por duas estátuas do mesmo material: um homem e um gorila.
O chefe do clã levantou-se e fez sinal para que Risa o seguisse, ambos se colocaram atrás do mesmo, um scroll abria-se sobre a mesa com várias impressões digitais feitas de sangue e respectiva assinatura do portador. A última mão que ali se encontrava, assim como todas as outras, era a da palma de um recém-nascido, mas sem nome por baixo.
- Risa, realiza por favor o “Kuchiyose no Jutsu”. Se a Hitori desaparecer e reaparecer à tua frente, então iremos considerar-te parte do nosso clã. – Explica Isshin, a assistência olhava a jovem num misto de ansiedade, nervos, receio e ódio. O silêncio é entrecortado subitamente por uma gargalhada da rapariga, todos olham a rapariga surpreendidos.

- Pensei que fossem mais estúpidos e que demorassem mais tempo a descobrir… Ainda tinha esperanças de que me revelassem os vossos jutsus tão exclusivos… mas enfim.
- Sua traidora!! – Grita Tatsuke irritada levantando-se. – Para quem trabalhas?
- Para ninguém… Apenas sirvo o meu clã… - Respondeu desafiadoramente, Isshin agarrou-lhe no pulso com violência.
- Que clã? – perguntou o homem com a fúria estampada no rosto. – Quem és tu?
- Niirokamen Risa. – Responde a rapariga desaparecendo e deixando um pedaço de madeira em seu lugar.
- Mandem ninjas à procura dela e matem-na! – Ordena Isshin, deixando-se cair em seguida numa poltrona com ar abatido. – Podem dispersar…
Todos saem da sala, excepto Sora que caminha na direcção do pai, coloca-lhe a sua mão no ombro e sorri-lhe afavelmente. No entanto o homem, frio, afasta a sua mão e ordena-lhe que saia. A rapariga sai da sai visivelmente abatida e resolve ir ter com o seu gorila: Kibou.



Rima já havia mudado os seus pertences para casa da mãe, parecia que vivia numa realidade diferente, o conceito de mãe e avó eram relativamente novos para ela mas não tinha qualquer problemas em adaptar-se a tal. De momento Rima e a mãe almoçavam tranquilamente.
- Mãe… - Diz Rima cortadndo o silêncio.
- Diz Rima.
- Posso-te fazer algumas perguntas?
- Claro.
- Qual é o teu rank ninja? – Pergunta a kunoichi curiosa.
- Ah… Sou Jounin, mas já não exerço funções. Como a Hiroki te deve ter contado fomos da mesma equipa de ANBU…
- Sim, juntamente com uma tal de Ângela. – Interrompe a jovem, Orihime olha-a surpreendida.
- Tu conheceste a Ângela? – Pergunta a mulher. – Como?
- Bem… uhm… Foi uma voz que me disse para o fazer… - Respondeu Rima embaraçada. – Eu não sou louca, ok?

- Eu sei. – Diz Orihime de olhar misterioso.
- Sabes o que é isto mãe?
- Eu… não. – Mente Orihime, Rima apercebe-se mas ignora.
- O meu pai está vivo? – Pergunta Rima, Orihime desvia o olhar dizendo não saber novamente. – Bem… Isto agora não interessa pois não? – Agarra nas mãos de Rima. – Tens me a mim…

- Mãe… É assim tão difícil contares-me a verdade? – Pergunta afastando as mãos.
- Ainda é muito cedo para saberes e… - Começa Orihime.

- Estou farta. – Diz Rima levantando-se. – Estou farta que me digam que ainda é cedo, que ainda não posso saber… Eu já morri c*r*lho! E a única coisa que me salvou foi uma voz que não sei do que se trata. Quando lutei com a Kikuko a Zetsumei Hoshi forneceu-me um chakra que me deu energia e nem sei porquê. Tu abandonaste-me quando tinha três anos, e nem saber a razão para tal mereço f*da-sse…
- Rima, tens de perceber… - Diz Orihime tentando abraçar a filha.

- Larga-me! – Grita a rapariga libertando-se dos braços da mãe e afastando-se. – Estou farta dessa m*rda do “tens de perceber” e “ainda não é o momento”! Fui!
E dizendo isto Rima subiu ao seu quarto, colocou as suas roupas na mochilas, pegou na bolsa com as armas e na Zetsumei Hoshi e saltou pela janela. Orihime deu um soco na parede abrindo uma racha fina mas longa. “M*rda! Logo agora que a tinha encontrado… Filho da P*ta… Que foste fazer…” Pensa a mulher deixando-se cair encostada à parede, enquanto uma lágrima rolava face abaixo.



Sora já se encontrava nos portões da Vila Oculta da Folha juntamente com Kibou, pouco tempo depois surgem Sasame e Genji, acompanhados de Hoshi e Boufuu, respectivamente. Os dois gorilas machos olham-se com raiva.
- O gorila eremita já deu o sinal de partida, os gorilas irão convosco. – Diz Tatsuke. – Sasame, quero que fiques o teu noivo começa a ficar impaciente.
- Mas mãe… eu! – Protesta a kunoichi suplicante.
- Faz como te mando Kurohoshi Sasame!! – Rosna a mulher, Sasame de olhar baixo prossegue para a mansão do clã com Hoshi a seu lado. – Agora vão!!

Sora e Genji com os seus gorilas arrancam a uma velocidade estonteante, desaparecendo rapidamente da vista de Tatsuke. Sora contava ainda em visitar a sua mãe para a avisar de que o teste iria tomar início, e assim sendo, acelerou de tal maneira que deixou Genji e Boufuu a comerem pó.



Rima corria como o Diabo foge da cruz, saltando de telhado em telhado pensava onde poderia passar algumas noites, a pensão estaria fora de questão, pois a sua avó estava lá, resolveu então ir ter com a amiga de todas as ocasiões: Shizuna.

Quando Shizuna abriu a porta e viu a amiga lavada em lágrimas, não hesitou em ordenar que esta fosse para o seu quarto e lhe contasse o que se
passava, após toda a explicação Shizuna concordou que a amiga ficasse em sua casa.



Espero que tenham gostado.

No próximo filler: Sora regressa a casa para descobrir algo que não era suposto saber, no entanto o teste obriga-a a esquecer o assunto e a concentrar-se. Orihime encontra Rima e fala com ela, qual das duas cederá? Zero também procura Rima, será que é desta que estes dois resolvem as coisas? Sasame conhece o noivo, e agora? Será que revela ao clã a sua verdadeira orientação sexual ou acarreta o casamento arranjado?

Descubram a resposta a estas perguntas no próximo filler, e se vos aprouver cometem-me este.

LOOL essa relação mae/filha é hilariante, parecem antes irmãs gémeas

Apesar de não ser exactamente nisso que eu estava a pensar tive razão ao dizer que a risa não inspirava confiança ^^

E gostei de ver esse mau feitio por parte de Rima espero por continuação, bom fller.