[F.28] – Exames Chunnin
Ainda a breves instantes havia chegado às portas da vila e já Ireturn encontrava-se nos arredores da mansão Hyuuga para conversar com seu pai que estaria segundo o que se ouvia bastante atarefado. Ireturn entrara agora nos portões de casa e logo um vulto se aproximou dele por trás:
- Tudo bem pai? – perguntou Ireturn.
- Já não te consigo assustar! – Protestou Yamanosato continuando – temos de conversar, os exames chunnin estão a poucos dias de começar e tu estás inscrito.
- Eu o quê? – pergunta Ireturn espantado pela novidade que o seu pai acabara de lhe dar – e com que razão tomaste essa decisão?
- Está na altura, perdeste tempo demais em Iwa. – Respondeu o velho Hyuuga cruzando os braços.
- Tiram-me dum torneio internacional por isso? – Perguntou Ireturn – Ou foi por causa da Akane?
- Ambas as razões. – Respondeu Yamanosato – O que sabes sobre o desaparecimento da Akane?
- Nadinha de nada, até acho muito estranho. – Ireturn olhava agora em seu redor procurando por outras figuras humanas.
- As buscas vão cessar antes dos exames começarem, não podemos deixar a vila com problemas por uma miúda mimada se dar ao luxo de desaparecer. – Disse Yamanosato continuando – Tu tens de ir treinar a ver se passar a Chunnin, quero-te como um médico activo e que demonstres essas capacidades ao Hokage.
- Bla, bla, bla e sim senhor. – Respondeu Ireturn – Seja feita a vontade do senhor Yamanosato Hyuuga, espero que valha a minha atenção esse exame.
- Não sejas burro! – Repreendeu o velho olhando para ele – É neste exame que os países demonstram uns aos outros as potencialidades dos seus ninjas! Agora vai para a sala de treino que já lá vou ter em instantes.
Entretanto no escritório do Hokage
Hanabi estava em pé a porta do escritório do Hokage, Loki havia-a chamado não como sensei mas como Taichou da ANBU e esta sabia muito bem qual seria a sua missão futura. “Os exames Chunnin, todos os anos a mesma coisa. A ver se o Ireturn os passa para ter de deixar de fazer estas coisas e passa a ir outro esquadrão” pensava Hanabi enquanto as portas do escritório se abrem e o assistente de Loki com um sorriso amarelo diz cinicamente “Entre”.
- Ainda bem que vieste a horas Hanabi. – Dizia o Hokage da sua alta cadeira em frente a uma secretária de madeira tratada – Como já deves saber…
- Os Exames Chunnin estão a porta e vai querer que o meu esquadrão tome conta disso. – Cortou Hanabi sabendo o que se esperava de Loki.
- Exactamente, mas isso só não chega. – Loki ajeitava-se agora na sua cadeira – Podes sair agora, continuando Hanabi.
Hanabi olhava para o secretário de Loki a sair da sala como que a fazer um compasso de espera para que pudessem falar mais livremente.
- Quais são as informações que tem sobre a Akane? – Perguntou Hanabi imediatamente a seguir ao momento em que as portas se fecharam.
- As informações são poucas, sabe-se que se tornou Nukenin e que saiu da vila pelo seu próprio pé. – Disse o Hokage continuando – Se é isso que ela quer tudo bem, concentra-te nos exames chunnin, após isso terás de investigar o percurso e a organização à qual ela aderiu.
- E o Ireturn? – Perguntara Hanabi preocupada com o seu jovem pupilo.
- Ele irá contigo, consta que ele e a Akane possuíam uma forte ligação portanto poderá vir a ser uma boa ajuda. – Conclui o Hokage – Visto não termos mais assuntos, podes sair.
- Hai! – Disse Hanabi desaparecendo num véu de folhas.
Ao de longe vejo umas sombras e uns montes, à dias que ando no deserto acompanhada desta gente. Eles são estranhos e não sei bem se o que fiz está correcto. Apaixonei-me por ele porém esta diferença fazia muita diferença e se assim tem de ser… As pessoas são mentirosas e raras são aquelas fora de “nós” que me compreendem, eu sei que sou fraca mas mesmo assim terei de ser… terei de ser suficientemente corajosa para dizer que os vou matar, aquela vila ingrata que me fizeram servir anos a fio contra a minha vontade e onde não teríamos qualquer opinião nas decisões. Um clã liderado por retardados que só queriam era problemas pois acham-se os melhores. Um namorado que passava a maior parte do tempo em missões e que não me dava o que eu queria. “Ele” dá-me o que quero, “ele” é a pessoa certa e é essa a minha única razão pela qual acho que fiz o correcto.