A primeira impressão que tive de Baragakure foi…
- Mas que lixeira! Cheira a esgotos! – Dizia eu em desagrado.
- Parece que a ninguém entra nesta vila à muito tempo… está um bocado mal cuidada. – Respondia Cuh Eka.
- Mal cuidada é o menos, não está cuidada de todo… acabei de ver uma ratazana do tamanho de um gato passar à minha frente… - Dizia Ankuko.
As casas da vila estavam completamente destruídas, eram nada mais que ruínas cobertas de musgo e vegetação de origem desconhecida, as ruas emanavam um odor de putrefacção e algo que podia muito bem ser fezes. Com cuidado avançávamos pelas nauseabundas ruas procurando por qualquer sinal de vida que não fosse uma ratazana gigante ou uma parede repleta de musgo.
- Ouvi dizer que antigamente as mulheres nesta vila, tinham um ritual em que cortavam o pénis dos homens só por olharem para outra mulher… - Disse Cuh Eka do meio do nada.
- Isso é suposto assustar-nos ainda mais? – Perguntei, engolindo em seco.
- Não, tava só a tentar fazer conversa, isto tava muito calado. – Respondeu-me, rindo-se.
Após mais alguns passos por entre a lixeira que era Baragakure ouviu-se aquilo que parecia risos.
- Que é isto? – Perguntamos os 3, alarmados.
- Parecem risos… de mulher… - Disse Ankuko.
- OMG vem cortar o nosso pirilau! – Disse eu em pânico.
- Ninguém vai cortar o nosso pirilau! – Gritava Cuh Eka à medida que me dava chapadas.
Ouvimos passos rápidos atrás de nós, parecia andar a rondar-nos.
- Quem está ai? – Perguntou Cuh Eka numa voz firme.
Ouviram-se novos risos…
- Mãezinha…
Do topo de uma casa surgiu uma silhueta, era sem dúvida de uma mulher, uma mulher forte e avantajada, as suas curvas, que não eram poucas, davam um aspecto quase repugnante à mulher.
- Quem são vocês que ousam penetrar este solo divino! – Dizia a mulher numa voz grossa… grossa demais para uma mulher.
- Nós vimos em paz. – Disse Ankuko, acalmando a mulher.
- Vocês homens, em paz? Deixem-me rir, vocês não passam de machistas, que vem fazer pouco de nós e da nossa civilização, são iguais aos outros! – Gritava a mulher acusadoramente lançando vários gafanhotos.
- Aos outros? Que quer dizer com “outros”? – Perguntou Cuh Eka.
- Os outros homens, mandados para nós escravizarem, obrigarem-nos a fazer limpezas e a sermos vossas criadas, todos os homens são assim! – A mulher apontava o dedo para nós, mas perdeu a força devido ao peso do braço e rapidamente o deixou cair.
- Mas que raio? Os homens não são todos assim, há homens que respeitam as mulheres como iguais! – Contra-argumentava Cuh Eka.
- Calunias! Os homens são todos iguais, só se interessam por nós para fornicar, fornicar e fornicar, mas agora são vocês que vão pagar, vão fazer parte do nosso plano FAQAMOM.
- Facamom? Que é isso? – Perguntei confuso.
- Não é facamom é FAQAMOM, Fornicar Ate Que a Morte O Murche. – Seguiu-se um riso maléfico. – Prendam-nos!
Ás ordens da mulher um grupo de cerca de 15 mulheres, com vestes bastante reduzidas e com um padrão tigrês cercaram-nos e acabaram por nos capturar, impotentes, e incapazes de bater em mulheres fomos apanhados sem oferecer resistência.
- Homens… tão fracos… - Dizia a mulher gorda à nossa passagem.
- Ao menos eu faço o bigode! – Gritei à mulher que ficou bastante ofendida.
- Tu irás pagá-las, serás o meu fornicador pessoal. – Disse rindo-se…
- Porra… - Lamentei ter aberto a boca.
- E ai tigreza, está assanhada gatxinha? – Dizia Cuh Eka para uma delas, mas apenas teve como resposta um pontapé na boca. – Puta…
Assim fomos levados para o sub-solo… onde todos os outros homens capturados estavam feitos reféns.