A carroça puxada pelos cavalos percorria uma ladeira de uma das montanhas que circundava Kumogakure no Sato. Os cavalos arfavam à medida que faziam aquele esforço para subir e ao mesmo tempo carregar uma família. Seirei estava no topo da carruagem, daí via Nagatsu do seu lado esquerdo e do lado oposto estava Miya. Seirei estava sossegado quando uma cabeça esgueirou-se para o topo co veiculo.

“Achei que quisesses companhia.”, disse Tsubaki.
“Sim, quer dizer, os teus pais deixam-te estar aqui?”
“Claro, desde que eu esteja segura e protegida ao lado de um shinobi como tu.”
“Desculpem interromper.”, disse Taka que apareceu atrás. “Seirei, peço-te que uses um kawarimi, nunca se sabe quando podem atacar e é melhor estar prevenido.”
“Hai sensei.”

Miya estava na sua posição, tinha a mochila nas costas e brincava com o seu lince. Ele estava ao seu colo de barriga para cima a brincar com as patas, estava a tentar apanhar o cordel que Miya balouçava para o chatear. Do outro lado Taka apareceu e acenou-lhe com a mão.

“Olá Miya, tudo bem por aqui?”
“Claro sensei, precisa de algo.”
“Sim, queria-te dizer para usares o kawarimi no jutsu para o caso de sermos atacados estares prevenida.”
“Está bem sensei, arigato.”
“De nada, mantem-te sempre atenta.”

Nagatsu tinha uma espiga na boca, uma cauda fininha que acabava num pequeno tufo verde. O rapaz parecia estar sempre atento e a olhar para todos os lados. Tinha uma kunai na mão estava pronto para lutar a qualquer momento.

“Nagatsu.”
“Hum… Ah, olá sensei.”
“Está tudo bem por aqui?”
“Sim, sim. Tudo tranquilo por enquanto.”
“Vinha-te avisar de uma coisa, não sabemos que tipo de perigos podem estar à espreita, por isso usa o teu kawarimi no jutsu para prevenir.”
Nagatsu sorriu.
“Estás a substimar-me Taka.”, reparou no ar enfurecido que tanto gostava. “Quer dizer, está a substimar-me sensei, já o tinha feito antes de chegar.”
A sensei atirou uma shuriken para as costas do aluno e este desfaz-se num fumo que revela um tronco caindo sobre o caminho de pedra.
“Desculpa tinha de me certificar se era verdade.”, disse Taka para Nagatsu que saía do esconderijo.
“Agora vou ter de fazer outro, que chatice.”
“Então olha, tem cuidado que eu vou para junto do Lord, tenho algumas coisas que queria discutir com ele.”
“Taka.”, chamou Nagatsu quando esta já tinha virado as costas. “Por acaso não me queres fazer companhia e conversar-mos por pouco tempo?”, o rapaz corou. “Estúpido, estúpido, porque disse isto”, pensou Nagatsu.
“Não vejo porque não, só um bocado, como já te disse tenho coisas para falar com o Lorde.”
“Ela não se chateou por ter tratado por tu? Isso deve ser bom. Obrigado.”

Pela primeira vez em toda a viagem, o caminho era descendente. Até ali não tinham havido problemas. Lá ao fundo uma planicie cheia de tons amarelos e verdes estendia-se por uma vasta área. A carroça começou a percorrer a estrada principal, levando-os para uma cidade de estruturas de pedra cinzenta que se encontrava no alto de dois montes claramente feitos pela mão humana. Os aldeões que trabalhavam no campo agrupavam-se na berma da estrada para saudarem os seus senhores com acenos de braço. Uma pequena rapariga abeirou-se de Seirei e ofereceu a Tsubaki uma flôr amarela que esta colhera por si de um campo.
Finalmente entraram na Vila dos Vegetais que fica no País da Natureza, lá dentro outra multidão enorme esperava pelo Lorde Koringa e a sua familia. A multidão abria-se para a carroça efectuar o resto do seu percurso. Agora, Nagatsu, Taka, Miya e Seirei redobravam a sua atenção e viravam-se para a multidão, não fosse estar por entre os cidadãos comuns algum gatuno.
Tudo correu bem. Finalmente chegaram ao palácio, a familia do Lord instalou-se confortavelmente enquanto a Team 12 partia para uma estalagem nos suburbios.

“Queria três quartos por favor.”, pediu Taka na recepção da estalagem.
“Sim, minha senhora. Acompanhe-me.”, disse a velha retirando três chaves do chaveiro com um tique nervoso estranho de rodar o pulso cada vez que retirava uma chave. “Este é o quarto maior.”
“Nagatsu este fica para ti e para o Seirei.”, disse Taka.
“E a Miya-chan e a sensei ficam onde?”, perguntou Seirei querendo saber onde ficaria.
“O outro quarto é para a Miya, e o outro para mim. O festival dura uma semana, dou-vos permissão para usarem os dias para fazerem o que quiserem, mas durante a noite deverão estar cá para escoltar-mos Koringa-sama."