Sobre o comando do novo e temível genjutsu de Broly, todos os vampiros suicidaram-se sem protestar. Era um genjutsu que futuramente seria uma grande mais-valia para Broly em quase todas as dificuldades que atravessassem seu caminho. Pena não lhe poder auxiliar no actual obstáculo, o facto de não conseguir voltar a forma humana.
Tsuki e Yami finalmente se acercaram, afastando seus pés da imensidão de cadáveres de vampiros pelo chão, mergulhados naquele amplo manto de sangue.
- Yami, aquele é… - Disse Tsuki incrédulo, apontando para um corpo masculino extremamente pálido, de costas viradas para elas.
Era Broly que, aos poucos, ia virando a sua cabeça e olhando para trás, mostrando ser possuidor de belos olhos prateados claros.
- C…Chrono! – Proferiu Yami a gaguejar, recuando um passo para trás. Tsuki também vibrava de terror com aquela visão.
- Não, sou eu, Broly. – Proferiu o jounin, um pouco rouco. Queria ir-se embora antes que fizesse uma loucura, mas não conseguia devido a doentia atracção que sentia para com as duas kunoichis. – Vão-se embora.
- Broly? – Disse Tsuki. Apesar de sua aparência ser estupidamente idêntica á de Chrono, esta sentia que aquele, definitivamente, era Broly. - Mas que aconteceu para ficares tão…Hâ? – Tsuki e Yami passaram de tremores para calores. Ambas coravam e metiam as mãos a frente do rosto nervosas. – Tarado! Que fazes aí todo nu! BAKA! – Vociferou Tsuki, atirando-lhe a primeira pedra que esta encontrou no chão, sem mesmo olhar para ele para fazer mira, e sem reparar também que, ao espancar em suas costas, a pedra espatifou-se e Broly mal a sentiu.
- Saiam daqui! – Broly que tentava manter-se calmo já começava a exaltar-se, sentia uma vontade louca de morder aqueles pescoços provocantes das duas belas kunoichis, e o cheiro a sangue daquele local só lhe piorava a situação. Sentia o corpo a estremecer devido aos incontáveis impulsos que tentava controlar - Saíam! – As duas ficavam quietas sem entender o que se passava com ele. Apesar de saberem tudo sobre vampiros, desconheciam aquilo que Broly sentia no momento…e que quase que já não podia se conter.
Broly impulsionou sua mão contra uma árvore que se situava ao seu lado direito e, apesar de não empregar muita força, foi suficiente para esta tombar para o lado. O susto que Broly teve com o resultado inesperado de sua próprio força foi, felizmente, suficiente para desperta-lo por uns instantes e, com o máximo que sua nova velocidade permitia, fugir dali.
- É inútil. – Proferiu Broly num som ofegante. Estava a correr pela floresta numa zona onde já não conseguia farejar Yami e Tsuki. Sentia que, se se deixasse levar pelos seus próprios impulsos, sairia dali a correr como louco até sugar todo o sangue do primeiro humano que se cruzasse no seu caminho. – Não consigo voltar a minha forma… - Broly ia dizer “normal” mas, na realidade, esta é que era a sua verdadeira forma, a de um vampiro puro. Mas também sabia que só um homem neste mundo o poderia socorrer desta situação, mas Broly teria de suportar sua sede para atravessar parte da vila…iria suportar?
Após uma estafada missão de Rank S Sai, um respeitado capitão de um esquadrão da ANBU, lia na sua cadeira um livro sobre relacionamentos românticos. O silêncio absoluto foi brutamente estragado pela invasão de Broly pela sua casa que, que furou a parede da sala sem bater.
- Broly-kun? A porta estava ao lado. – Responde Sai calmamente, sem se quer retirar o olhar da sua leitura.
- Sai, antes que te corte a cabeça por me teres enganado, tens de me ajudar. Não consigo voltar a fingir que sou um humano novamente.
- Nani? – Sai interrompeu a leitura, não só pela preocupação do seu selo poder não estar a funcionar mais, como também pela conversa de Broly, que parecia já estar a par da sua situação. - Souka. Não sei porque adiei, sabia que esse dia iria chegar, mas como nunca te deixas ficar muito tempo no modo vampiro achei que iria durar mais tempo. Isso quer dizer que te tornaste num vampiro S, certo?
- És cego?! Não vez a minha cor? Tens de me ajudar caraças! – Vociferou Broly, dando um empurrão a Sai no peito que, intencionalmente, foi suficiente para impulsiona-lo com força contra um guarda-fato que, sem resistir ao empate, ficou desfeito, e varias roupas voaram disparadas para todo o lado. Nunca Broly esteve tão nervoso.
-Autch…também sou pálido e não sou vampiro. - Sai levantou-se com uma mão nas costas e dirigiu-se para Broly, que metia as mãos a tapar o rosto enquanto tentava se acalmar. – Vira-te Broly. – O jounin não respondeu devido a sua respiração ofegante, mas obedeceu. – Sorte, foi por pouco, mas o selo não foi completamente libertado. Uma noite de sono seria suficiente para ele voltar a ficar completo, mas vou dar-te uma mãozinha.
Sai retirou um pincel da bolsa e começou a escrever qualquer coisa a volta do ombro de Broly e, num selo, fez com que estas fossem absorvidas e as duas letras que compõem o Kanji “Unmei” voltaram a ser visíveis. Finalmente Broly começou a sentir algum auto-controlo e, sem esperar um único segundo, fez com que voltasse a forma humana. Foi um processo demorado e, de inicio, um pouco doloroso, mas sobretudo eficaz. Após finalmente sentir uma paz interior Broly caiu no solo de joelhos e apalpou quase todo o seu corpo, suspirando de alívio.
- Parece que foi uma muito má experiencia. – Disse Sai, guardando o pincel.
- Comi um braço… - Respondeu, com nojo. – Agora explica-te.
-Pois. Antes de mais tenho de te explicar como funciona esse teu selo. Tal como há muito já deves ter reparado, tens escrito em kanji atrás do teu ombro “unmei”, e este kanji é composto por duas letras: “Un” e “Mei”. Isto deve-se ao facto de, na realidade, isto se tratar de um duplo selamento.
- Desconfiava, era o que te queria perguntar quando chegamos de kumo. - Interrompeu Broly, levantando-se do solo e virando-se para o seu ex sensei. – E qual a sua função?
-Apenas um selo não seria suficiente para tornar um vampiro num humano. “Un” Permite-te aparentar ser um humano normal e não ter aquelas fraquezas comuns dos vampiros. Em todas os tuas "transformações" anteriores apenas a letra “Un” era consumida e, por isso, aos poucos, ias parecendo um intermédio entre um humano e um vampiro, um “pseudo vampiro superior”, e não um meio-vampiro como achavas. Mas isso não implicava com que focasses muito mais forte. O problema acontece quando esta letra é completamente consumida, o que implica com que a segunda também começa a desaparecer…”Mei”, responsável por selar os grandes poderes e necessidades de um vampiro superior. No entanto, se esta letra perder por completo a sua cor, o selo será completamente desfeito e tu Broly, serás um vampiro para sempre. – Broly não respondia, apenas escutava com atenção. Sai ate se admirava por este não o interromper de pouco a pouco. – Aviso-te também que, quanto mais chegares a letra “mei”, mais fraca ficará a “Un”, o que significa que, neste momento, estas um pouco mais limitado, e nunca mais estarás 100% humano como antes.
- Estas a gozar? – Broly deu uma volta de 360º com as mãos na cabeça com essa ultima nova. – E pára de dizer “tornar-se num humano”. É apenas um truque ilusório, esse selo não passa de um disfarce de humano, num corpo que foi e sempre será o de um vampiro.
- Como tudo na vida, esse selo não é perfeito Broly. É uma técnica inicialmente criada pelo teu pai, Eubi, que cobiçava criar uma maneira de conseguir com que um vampiro conseguisse viver no mundo dos humanos como tal. Alem disso depende de quantidades absurdas de sangue para ser implantada, mas disso tu deves te recordar.
- Não vamos por ai…mas diz-me, porque sou um vampiro se meu pai era um humano, e um hunter? – Questionou-lhe, muito curioso.
- Não ouviste o que disse? Teu pai criou aquela técnica por cobiçar criar uma maneira de um vampiro conseguir viver como um humano.
- Não pode ser…então meu pai era um vampiro?
___________________________________________
Nota 1 - Não sei dar titulos, ponto
2 - Tava com sono xP
3 - Espero que gostem ^^