Mas que dia tão desgastante. Primeiro tinha jogado xadrez e lutado com um velho irritante que queria uma desforra. Depois uma velha simpática pediu-lhe ajuda para colher alguns tomates amarelos e como se isso não fosse o suficiente pediu a Nagatsu que lhe ajudasse a colocar o telhado de sua casa. O que mais poderia vir. Talvez nada, pois já era noite. O jovem de Kumo dirigia-se para a estalagem onde tinham ficado alojados quando pelo caminho encontrou Seirei. Meteram-se a conversar e discutir pelo caminho até que chegaram. Na pequena sala da recepção da estalagem encontravam-se Miya, Taka, e Tem, o lince bebé de Miya.

“Olá sensei.”, disse Seirei.
“Sentem-se aqui connosco”, disse Taka. “Preciso de falar com todos.”
“É sobre a protecção de hoje à noite?”, perguntou Nagatsu.
“Exactamente.”
“E então o que é, o que é?”, disse Seirei impaciente desejando que tivesse que ver com Tsubaki.
“Calma Seirei-kun. Acontece que hoje a familia vai se manter pelo palácio para se acostumarem, traduzindo para leigos, não haverá escolta e podem fazer o que quiserem.”
“Óptimo, estou super cansado.”, comentou Nagatsu.
“Sendo assim, estão livres para fazerem o que quiserem.”
“Obrigado Taka-sensei.”, disse Miya.
“Vou aproveitar para conhecer as termas.”, pensou Nagatsu.

O rapaz deixou a estalagem com uma mochila nas costas. Estava a preparar-se para aproveitar o festival da vila ficando acordado a noite toda. Tinha em mente dormir na próxima tarde e descansar para depois na próxima noite escoltar o Lorde Koringa.
Um letreiro vermelho sobre fundo branco indicava que ficavam ali as termas, Nagatsu não precisou disso para o saber porque lhe chegavam ao nariz fragrâncias incriminadoras. Arredou uma porta de pano e entrou. Uma menina bem educada deu-lhe as boas vindas e este descalçou-se. Ela indicou-lhe onde ficava o balneário masculino e este seguiu-a. Havia uma promoção que tornava uma estadia com noite mais barata do que estadia normal e Nagatsu aproveitou. Já no balneário retirou a sua roupa meio envergonhado e colocou uma toalha em volta da cintura. Com os chinelos calçados movimentou-se para as termas.
Chegou ao sitio. Era um local escuro, mas as luzes azuis debaixo de água criavam uma luz que se fazia notar, e fazia parecer a água muito azul. Pequenos vapores eram libertados. Um calor rodeou Nagatsu que temia o frio da noite mas isso não aconteceu. Apenas um velho se encontrava na água, fumava um cachimbo que lhe dava um ar bastante sábio. Desceu as escadas completamente vermelho, embaraçado por mostrar o seu corpo a um velho. Eis que o velho diz algo entre dentes.

“Podes tirar, eu não vejo.”, disse o velho com um sorriso, tapando os olhos quando percebeu que Nagatsu estava embaraçado.
“Obrigado senhor.”, disse ele a descer pelas escadas já sem a toalha.

O velho destapou a cara e viu Nagatsu já dentro de água com a cabeça sobre a sua toalha, agora dobrada a fazer de almofada. Soltou um breve suspiro, pela primeira vez naquele dia tinha descanso e paz. Tão bem que lhe sabiam aquelas águas quentes e aqueles vapores quentes que lhes penetravam pelo nariz. TAKA. Mas porque tinha acabado de ver a imagem da sua sensei nos seus pensamentos. TAKA. Novamente, ele não conseguia deixar de pensar em Taka. A sua expressão mudou, estava triste. Ele sabia que estava apaixonado pela sua sensei, mas isso só lhe trariam problemas e de certeza que ela não gostava dele.

“Que cara é essa rapaz, amores?”, perguntou o velho.
“An? Como sabe?”
“Ora, já tive a tua idade claro.”
“Pois.”
“Queres desabafar rapaz?”
“Humm.”, disse Nagatsu indeciso.
“Anda daí rapaz, só faz bem, e ainda por cima nunca mais me vais ver, não tens de ter vergonha por desabafares.”
“Humm, está bem.”, fez uma pausa. “Por onde hei-de começar? Bem eu sou um ninja de Kumogakure, à pouco tempo o Raikage formou uma equipa comigo, eu o Seirei e a Miya…”
“É essa Miya?”, interrompeu o velho.
“Antes fosse, antes fosse.”, pausa novamente. “Onde é que eu ia, ah pois. O Raikage escolheu-nos também uma sensei e infelizmente ela não me sai do pensamento.”
“Isso devia ser bom certo?”
“O problema é que ela tem seis anos a mais que eu.”
“Oh estou a perceber.”

~~~~DO OUTRO LADO DA VEDAÇÃO SITUAM-SE AS TERMAS FEMININAS~~~~

“Esta é a voz do Nagatsu. Vou aproximar para ver o que ele está a dizer.”
“O problema é mesmo esse, não sei o que fazer, gosto tanto dela. Não me sai da cabeça.”
“Estará ele a falar de mim? Não, não pode ser. Porque havia de ser de mim. Oh não acredito que me estou a sentir atraída pelo meu aluno.”
“Ela deve ser muito gira.”, disse o velho.
“Se é, nunca vi nada assim. Aqueles cabelos castanhos dela atados atrás, e o contras-te que fazem com os olhos azul. Simplesmente perfeita.”, disse o rapaz envergonhado.
“Eu tenho o cabelo castanho, e os olhos azuis, será que sou eu? Lá estou eu a sonhar, como é que o Nagatsu pode estar a dizer estas coisas de mim, claro que não sou eu. Mas a rapariga tem muita sorte.”, pensava Taka do outro lado da vedação.
“…o nome dela é Taka.”, disse Nagatsu para o velho.

Ao fim de algum tempo as termas femininas ficavam vazias apenas Taka continuava o seu banho com um ar ainda incrédulo. Do outro lado o velho despedia-se de Nagatsu dando lhe conselhos amorosos e desejando-lhe felicidades. Ao perceber que Nagatsu se encontrava sozinho Taka saiu do banho e colocou a toalha em volta dos seios, tapando todo os corpo. A jovem de 20 anos sentia um desejo enorme de estar com o rapaz. A verdade é que também ela estava apaixonada pelo aluno, mas só agora descobrira.

“Nagatsu.”, chamou ela em frente ao rapaz com a toalha.
“Na, quem está aí.”, disse o rapaz abrindo os olhos. “Taka?”
“Sim sou eu Nagatsu, posso fazer-te uma pergunta?”
“Claro, todas.”, respondeu o rapaz ainda confuso por a sensei se encontrar ali, estaria ele a imaginar?
“Aquilo que disses-te ao outro homem é mesmo verdade?”
“Mas como é que ela ouviu?”, pensou o rapaz com as bochechas vermelhas. “A… a… a…, era.”, confessou ele colocando a cabeça para baixo incapaz de encarar Taka. Passaram-se alguns breves segundo de silêncio.
“Ainda bem, porque eu gostei.”, disse Taka, com a cabeça mesmo em frente dele. Ele olhou para ela e beijaram-se ali. Era o primeiro beijo de Nagatsu, e o melhor achou ele.

Taka tinha os lábios frios ao contrário de Nagatsu. Ambos estavam de olhos fechados a sentir o momento. O rapaz estava nu, mas Taka ainda se encontrava com a toalha colocada, ainda que completamente encharcada visto estar completamente submersa.
O rapaz deixou-se levar pelo momento e retirou-lhe a toalha. Os seus corpos nus tocavam-se e Taka sentiu-o excitado. A rapariga que estava completamente extasiante, abriu suavemente as pernas e deixou-se ser penetrada. Era a primeira vez de ambos e fizeram-no com calma e lentidão. De vez em quando Nagatsu excedia-se e tentava agarrar-lhe o enorme seio mas esta dava-lhe uma palmadinha e sorria-lhe.

De manhã acordaram os dois na água, ela mais pequena, com a cabeça sobre o peito de Nagatsu, o mesmo continuava com a cabeça sobre a toalha que fazia de almofada. O shinobi de Kumo tinha os cabelos da sensei a taparem-lhe os olhos mas um raio de sol conseguiu penetra-lo e acordou-o. Deu uma festa no cabelo da apaixonada.

“Bom dia.”, disse-lhe bem disposto.
“Bom dia, parvalhão.”
“Que maneira tão boa de começar o dia logo com um insulto.”
“Fiz de propósito.”, disse ela com um sorriso de gozo para ele. “Nagatsu, não contes nada disto à Miya ou ao Seirei.”
“Claro que não.”