[F10] Katsumata Okugi Dokuro - 7 Deuses da Sorte

Após um exaustivo treino, voltei para casa para um merecido descanso, mal entrei em casa senti o agradável cheiro da massa com carne, entrei na cozinha onde o meu pai e a minha mãe se encontravam, o meu pai sentado à mesa, preparando-se para começar a comer e a minha mãe distribuindo a massa pelos 3 pratos.

- Tava a ver que não vinhas jantar. – Disse a minha de imediato.
- Desculpem, estive a treinar e perdi noção das horas. – Respondi sentando-me à mesa, e começando a comer.

O jantar, como era costume, foi silencioso, ouvindo-se apenas o sorver da massa ou o mastigar da carne. Quando terminei o jantar peguei na tigela e levantei-me da mesa pedindo licença e coloquei a tigela no lava-loiça e dirigi-me até ao meu quarto, mas fui interrompido pelo meu pai.
- Kosshi, espera ai, preciso de falar contigo, já vou ter contigo à sala.

Após as palavras do meu pai alterei o meu caminho e dirigi-me até à sala, onde me deitei no chão ao lado da mesa, de barriga para cima e mãos atrás da cabeça, imaginando o que me quereria o meu pai. Após alguns minutos só na sala o meu pai chegou, sentando-se do outro lado da mesa, levantei-me e sentei-me também virado para a mesa contemplando o meu pai que procurava algo no bolço. Após uma pequena procura tirou de lá 7 pequenos porta-chaves unidos por um anel de prata.

- Sabes o que é isto Kosshi? – Perguntou o meu pai numa voz calma e serena.
- Porta-Chaves? – Respondi, pensando que constatava o óbvio.
- Á primeira vista é isso que são, meros porta-chaves, mas nestes porta-chaves reside o legado e a herança do clã Binoari e a partir de hoje será teu. – Dito isto colocou os porta-chaves á minha frente. – Estes porta-chaves irão te proteger em momentos de má fortuna e impedirá que coisas como as que se têm passado ultimamente se voltem a repetir.
- Obrigado, vou guarda-los com todo o cuidado. – Respondi na minha inocência, desconhecendo o poder daqueles porta-chaves.
- Eu não quero que os guardes, quero que os uses para te protegeres. – O meu pai apercebeu-se da minha expressão confusa e procedeu a explicar-me.