[F3][Minami Hosaki] Ataque imprevisto

─ Aqui e aqui há duas povoações. – Disse Michael, após uma rápida avaliação. ─ Podemos sempre começar por aí.
Os dois gémeos acenaram em sinal afirmativo.

Já só faltavam três horas para o sol se pôr. Tinham já revisto uma das aldeias marcada no mapa. Nada havia lá além de casas queimadas e abandonadas há muito tempo. Ao que parecia, o que a aldeia de Nangen estava a sofrer agora, outra tinha já sofrido antes.
Michael parou por momentos num tronco de árvore, tentando orientar-se no mapa para dar novas indicações aos seus colegas.
─ A outra aldeia está a trinta minutos a sudoeste daqui. ─ Disse apontando para o meio da floresta.
Logo os outros três seguiram a orientação. Não tinha passado muito tempo quando Kouta parou novamente, provocando os outros parar também. O irmão fez-lhe uma pergunta muda ao qual ele apenas encostou o dedo aos lábios, em sinal de silêncio. O jovem ruivo concentrou-se para tentar ouvir o mesmo que o outro. Conseguia ouvir algumas vozes, ao longe, assim como o que parecia ser o retinir de metais. Michael olhou para o mapa. Não tinha nada lá assinalado além de uma floresta.
Afastando os ramos da árvore, de modo a conseguir ver o que se estendia à sua frente Kaito susteve a respiração por breves segundos. Nunca vira algo assim. Quando Michael se juntou a ele, ficou igualmente impressionado.
O que outrora devia ser uma ampla área somente de floresta, estava agora transformada numa grande área de… escavação.
Vários homens acorrentados estavam entre a terra, uns a escavar de um lado, outros a juntar pedras e a colocar suportes, e ainda outros a voltar a colocar terra onde as pedras já estavam prontas, como se fossem construir uma grande aldeia subterrânea. Algumas mulheres estavam também a fazer esses trabalhos forçados, mas a maioria delas estavam a transportar água e comida para os trabalhadores, feitas escravas também. Também dava para ver uns quantos homens que de vez em quando lançavam umas chicotadas, caso alguém parasse de trabalhar. Devia esses estar a vigiar, mas pareceu a Kaito que eram demasiado poucos.