Dois dias depois do segundo desafio….
Estava uma manhã calma e agradável na vila de Konoha, o sol batia na janela meia aberta do quarto de Ishimaru, havia estado, muito quente na noite passada, e então Ishimaru, como já era hábito dormiu com a janela aberta. Desde criança, gostava de sentir a brisa da noite com um calor abafado á mistura nas noites quentes, o seu avô costumava sempre permanecer sentado na beira de sua cama, a contar aventuras faxinastes do tempo em que pertencia á ANBU, enquanto esperava que Ishimaru cai-se nos sonhos e adormece-se. Ishimaru, havia acabado de acordar e vestir o seu fato ninja, de cor preta. Olhou a mesinha de cabeceira e viu um papel, que parecia ter sido arrancado dum bloco de notas.
- Outro? O que foi desta vez? – Pensava o rapaz, lendo o papel que dizia “Vem ter comigo á base do clã Sarutobi…Preciso de falar contigo. Assinado: Avô Antóny”
O papel estava meio amachucado, mas ainda se conseguia perceber a assinatura rabiscada de Antóny. Ishimaru, pousou o papel em cima da cama, que estava ainda por fazer, dirigiu-se para a porta de madeira e saiu da casa.
- Acho que já nem me lembro onde se situa a base do clã. – Penso o rapaz, fechando a porta atrás de si e saindo para a vila.
- Bem, só me resta procurar! – Disse ele para si próprio, enquanto se concentrava para acender o cigarro tapando o isqueiro com a mão por causa da brisa que dificultava o mantimento da chama acesa. Depois de acender o cigarro, deu uma passa e continuou o seu caminho. O sol batia-lhe no rosto fazendo este ficar com uma cor mais brilhante, pois quando a sua pele branca apanha um raio de sol abrevia-o fazendo o seu rosto ganhar uma cor mais vistosa.
- Bem, se eu bem me lembro, a base fica algures perto do centro policial de Konoha. Pensou ele, coçando a cabeça e agitando os seus cabelos loiros enquanto o fumo saído do cigarro lhe passava mesmo em frente aos olhos. Ishimaru continuou a seguro seu caminho sem para em direcção ao local pertencido.
(...)
Ao chegar ao local, Ishimaru viu uma pequena casa, velha e feita de pedra, com alguma falhas entre os blocos de pedra, provocadas certamente pela idade. A casa estava praticamente colada ao edifício alto e vistoso da polícia de Konoha.
- É aqui! – Disse Ishimaru, olhando a casa, e aproximando-se.
Ishimaru aproximou-se da casa, deitou a mão ao puxador redondo da porta velha, rodou-o e fez-se ouvir um pequeno rangido que abafou o silêncio daquele momento. Quando entrou, Ishimaru fechou a porta, provocando novamente um rangido. Dentro da casa não havia nada, estava completamente vazia, apenas com duas janelas pequenas e soalho cor de madeira velha e suja. Ishimaru olhou mais atentamente para a sua frente e viu duas grandes tábuas que pareciam querer esconder algo. Caminhou até lá, vergou-se e levantou as duas tábuas afastando-as em seguida para o lado direito, descobrindo assim um alçapão com um puxador numa das pontas.
- É aqui! – Pensou o rapaz, deitando a mão ao alçapão, que emitiu um som perro ao abrir
O alçapão descobriu assim um a pequenas escadas de pedra que iam dar a um escuro buraco. Ishimaru tirou a isqueiro do bolso, e criou uma chama brilhante e que parecia dançar quando a respiração calma de Ishimaru lhe passava por perto. Quando entrou, o rapaz viu um lugar escuro que era apenas iluminado pela pequena chama do seu isqueiro, o genin apontou a chama para a sua frente, fazendo descobrir assim do escuro um longo e estreito corredor com pedra e tijolos nas paredes. A chama brilhava nos olhos de azuis de Ishimaru, aumentando assim o brilho que já era habitual neles. Aquele lugar, quente e abafado por se situar já debaixo de terra, parecia ser um esconderijo, deixando de parecer que aquela casa era uma simples casa abandonada e sem alguma coisa para se ver. Ishimaru decidiu avançar, á medida que avançava os seus passos fazia eco no fundo do longo e sombrio corredor. Após andar caminhar alguns metros, o estreito corredor abriu-se, transformando-se assim numa grande sala com paredes repletas das mais variadas armas de combate e protecções, com varias tochas fixas na parede, que continham chamas com uma intensidade e altura bem forte, fazendo assim com que as paredes ficassem com uma cor alaranjada devido a luminosidade provocada pelo fogo. Ishimaru olhava em sue redor, quando der repente, franziu os olhos de espanto e viu mesmo á sua frente, entre dois pilara com duas tochas inclinadas e chamas ainda mais atiçadas que as outras, um homem com uma capa longa, preta e com efeitos de fogo vermelhos na parte de baixo, que lhe cobria os pés com que estavam calçados com umas sandálias pretas e abertas na parte da frete.
- Finalmente apareceste…Ishimaru! – Exclamou Antóny por de trás das sombras, que só deixavam notar-se os seus olhos azuis e brilhantes.
Antóny, chegou-se dois passos para a frente, descobrindo assim o rosto das sombras criadas pelas tochas de fogo nos pilares. Der repente, e sem dizer uma única palavra, fez um selo, e com um olhar assustador, disse:
- Utakata! – Proferiu Antóny, apontado com o dedo indicador para Ishimaru.
De repente de trás de Ishimaru, começaram a sair inúmeros corvos. O rapaz, assustado não se conseguia mover olhando fixamente o avô que lhe permanecia apontando o dedo.
- O que é isto? – Perguntou Ishimaru, gaguejando ao ver agora os corvos a circularem em seu redor
De repente, começaram a sair corpos do próprio corpo de Ishimaru, cabeças de ninjas do clã Sarutobi, que estavam pegadas e continuavam a sair do seu pescoço, peito e abdómen. As cabeças diziam todas a mesma coisa, “Traidor!” – Gritam elas com vozes demónicas e impiedosas. Ishimaru, continuava paralisado. A certa altura começou a sentir umas dores insuportáveis por todo o corpo e também aquelas vozes começavam a consumir-lhe o cérebro
- O que é isto? – Voltou a pergunta, dando um berro de dor, e falando entre gemidos e sufocos.
- Se não venceres a ilusão, o teu coração nunca conhecera a pureza! – Disse Antóny, que estava a uns metros afastado de Ishimaru, observando tudo aquilo
Ishimaru, continuava aos berros, e cheio de dores.
- Não pode ser, eu não aguento mais isto! – Gritou ele ouvindo repetidamente as vozes
- Eu tenho…EU TENHO DE CONSEGUIR…ISTO É APENAS UMA ILUSÃO. – Gritou o genin, de punhos fechados.
Nesse momento, um sangue de cor vivo expeliu-se pela boca do jovem, que já estava a perder o seu sangue e forças, parecia até que o coração lhe ia saltar do peito, ou até explodir dentro dele mesmo.
- EU…EU SOU SARUTOBI ISHIMARU, DO CLÃ SARUTOBI, E NADA VAI MUDAR ISSO, ESTE É O MEU CLÃ. – Gritou o rapaz, cheio de confiança, olhando o avô, já com a visão turba.
Antóny, por sua vez continuava a observar tudo, sem se mover e de braços cruzados. As chamas das tochas que iluminavam o local, fazia realçar a cor preta da sua capa comprida e com uma gola alta que lhe tapava o rosto lateralmente. Ishimaru, continuava a lutar contra aquelas vozes.
- Isto é uma ilusão, eu sei que é, eu sei! – Concentrava-se Ishimaru, fechando os olhos com as mãos sobre a cabeça tapando os cabelos grandes e loiros que lhe caiam para a frente dos olhos azuis e brilhantes – Eu sou um Sarutobi, continuava ele, concentrado mais nervosa e intensamente.
Até que, as cabeças começaram a desaparecer, e as vozes começaram a diminuir na sua cabeça. Quando tudo desapreço, Ishimaru, fraco, caiu no chão desamparado e ainda a sangrar da boca, tal foi o esforço e a brutalidade que pediu ao seu corpo. Antóny, chegando-se perto de Ishimaru, olhou para o chão manchado de sangue e pegando em Ishimaru as costas, exclamou.
- Mission complete! – Sussurrou o velho, baixinho, caminhando para o corredor para sair do esconderijo
(…)
Ishimaru acordou, numa cama grande e espaçosa, abriu os olhos vagarosamente, ainda estava fraco, tossiu um pouco, em sinal da sua fraqueza. Olhou para o seu lado direito e viu Antóny que estava sentado numa poltrona dourada, tirou os óculos, deitou o fumo do seu cachimbo para fora da boca, criando assim uma pequena nuvem de fumo.
- Bem-vindo a casa…Ishimaru! – Exclamou Antóny, olhando o neto docilmente e com um sorriso largo.
Ishimaru, olhou fixamente o avô e em seguida, sem dizer uma única palavra fechou aliviada e satisfatoriamente os olhos, não queria quebrar a magia das palavras proferidas pelo avô por isso, não disse nada, apenas sorriu.
- Levanta-te e vem comigo, precisas de ver uma coisa! – Exclamou o avô calmamente.
Ishimaru, levantou-se lentamente da cama, descobriu os lençóis, meteu os pés ao chão e calçou as sandálias.
- Vamos onde? – Disse Ishimaru, depois de encher o peito de ar.
- Ter com a tua família. – Respondeu Antóny, dando-lhe 3 pancadinhas nas costas, em gesto de reconhecimento.
Depois, caminharam juntos para a saída do espaçoso quarto da casa de Antóny, e depois deixaram a casa saindo assim para a vila
(...)
Na sala de reuniões do clã Sarutobi
Ishimaru, entrou numa sala ampola que era iluminada pela luz do dia, tinha paredes brancas. O rapaz, olhou para a sua frente, onde estavam sentados todos os membros e familiares do seu clã, a volta duma enorme mesa daquela para reuniões importantes e sentados em cadeiras altas. Todos olharam Ishimaru, que estava muito tenso e com receio da reacção dasquelas pessoas.
- Bem-Vindo…Ishimaru! Exclamarão todos, com uma voz alta e alegre.
Ishimaru ao ver aquela reacção ajoelhou-se e colocando as mãos e cabeça no chão em frente á grande mesa, Gritou:
- ARIGATO! – Em voz alta, e com uma lágrima no canto de cada um dos olhos.