Vamos começar o treino ! – Falou alto apesar de não estar mais lá ninguém. Era ainda de manhã e tencionava treinar e aperfeiçoar os seus jutsus. Pensou que seria bom começar com uma parte mais física, sim era isso que ia fazer. Concentrou o chakra e fez os selos necessários, distribuiu o chakra para o solo “Tsuchi Bunshin no jutsu”- gritou e de lá saiu um clone igualzinho a si.
“Bem o que achas de um pequeno combate? “ Perguntou retoricamente, o clone obedeceu, afinal não tinha sequer vontade própria.
Pegou na katana e o clone fez o mesmo. Raikon foi o primeiro a atacar, atirou-se ferozmente ao clone, sabia que ia ser difícil lutar com alguém com as mesmas capacidades que ele, mas isso seria bastante bom, ia conseguir saber as suas fraquezas e disfarçá-las. Os dois começaram a lutar, as espadas soltavam faíscas enquanto os seus donos bailavam numa dança exigente. Ao fim de alguns minutos estavam exaustos, Raikon estava apenas a usar aquilo que sabia, percebeu que tinha de fazer algo que nunca tinha feito antes e surpreender o clone.
Contudo desta vez não foi ele que atacou primeiro a sua cópia vinha a correr na sua direcção e por isso Raikon adoptou uma posição defensiva. O pé esquerdo mais a frente, a espada enviusada segurada na mão direita. O clone fez um movimento típico de Raikon atacou por um lado e depois tentou disferir um golpe poderoso por cima que ao ser defendido por Raikon o clone largou a espada e tentou uma rasteira, era um movimento que Raikon usava bastante por isso tentou defender-se de uma maneira diferente, pulou para trás e adivinhando o movimento do seu clone,( ir buscar a espada que tinha largado e que estava no momento espetada pouco profundamente no chão.), lançou uma kunai em direcção á espada de modo a que esta caísse e o clone não a conseguisse apanhar na corrida para Raikon. Em seguida espetou a sua espada no chão atrás de si próprio e usou-a como suporte. Deu um mortal para trás para ficar com os pés virados para a espada e quando a encontrou apoiou-se nela e mandou-se para cima do clone que estava nesse momento a correr para Raikon sem espada.
Já no ar e com um grande impulso efectuo o Dai Senppu, um potapé à altura da cabeça que o clone tentou defender com as mãos mas devido ao impulso de Raikon foi com muito mais força que o normal e por isso conseguiu destruir a defesa do clone e assim destrui-lo.
Estava satisfeito com o seu feito. A luta tinha sido intensa não tanto a nível de força mas pela velocidade necessária para esquivar os ataques e atacar. Descansou um pouco, respirou fundo e em vez de se deitar e esperar até que as suas energias se recompusessem resolveu fazer algo bem diferente. Tirou a camisola e ficou em tronco nu. De seguida sentou-se e tentou ficar o mais quieto possível. Tentou concentrar-se o mais que pode, estava a sentir a corrente de chakra que percorria o seu corpo. Conseguia senti-la, sentia o fluxo de chakra dentro do seu corpo. Era uma sensação única, de paz, de calma. Levantou-se repentinamente e foi buscar uma espécie de tabuleiro à arrecadação onde tem guardado as suas armas.
Quando chegou de novo ao sitio onde estava sentou-se e pos o tabuleiro em cima da cabeça, tentou equilibrá-lo o mais que pode, qualquer mudança no seu fluxo de chakra e o tabuleiro acusava. Este estava bastante desiquilibrado, sempre que caia para um lado Raikon tinha que compensar com o fluxo de chakra e equilibrá-lo para o outro. Não conseguiu e o tabuleiro acabou por cair. Tentou de novo contudo desta vez não largou o tabuleiro sem ter equilibrado minimamente o fluxo de chakra. Quando este já estava equilibrado largou o tabuleiro o que o fez balancear um pouco contudo Raikon já estava à espera e apenas mudou um pouco o seu fluxo de chakra. Para sua surpresa conseguiu e o tabuleiro ficou impressionantemente parado em cima da sua cabeça.
Ficou assim algum tempo, e depois com a técnica já mestrada parou. Estava com a energia recomposta, aquela meditação tinha-lhe feito muito bem. Levantou-se e preparou-se para treinar outra coisa. Sentia-se com tanta energia que decidiu ir fazer flexões. Começou por fazer flexões de braços. Uma duas três quatro…. O suor escorria-lhe no rosto. 50… Tinha acabado. A seguir fez alguns abdominais, primeiro superiores e depois laterais, não lhe provocou grande cansaço, era uma zona do corpo que tinha bem desenvolvida.
Depois pôs uns pesos nas pernas e começou a correr à volta do lago, tentou corridas de velocidade, e fez também corridas de resistência. As pernas custavam a levantar, parecia que a gravidade era maior parecia que estava colado ao chão. Tentou pensar nos benefícios que aquilo traria e esquecer o cansaço. Continuou a correr até que o sol avançou mais um pouco no céu. Já estava bem alto. Devia ser 1h ou 2h da tarde. Resolveu fazer uma pausa e voltar a treinar de tarde. Pegou numa kunai aproximou-se do lago e quando viu um peixe grande não exitou e lançou-a com força. Acertou à primeira, o peixe ficou preso na kunai furado na cabeça. Pegou na kunai e recolheu para casa onde cozinhou o saboroso animal.
Preparava-se já para sair quando uma voz amigável o interpelou. Virou-se. Era o seu pai, vinha com as roupas de andar por casa.
“Hey, Filho! Vinha convidar-te para almoçar.”
“Desculpa pai, mas já comi…”
Foi ai que lhe surgiu uma ideia.
“Pai, importas-te de almoçar meia hora mais tarde?
O pai acenou negativamente com a cabeça e seguiu o jovem para o campo de treino. Chegaram lá em poucos minutos e Raikon logo se explicou.
“ Noto que ando um pouco fraco em genjutsu, será que me podias treinar, sobretudo para conseguir defendê-los?”
O pai ficou orgulhoso do seu filho. Não estava apenas a concentrar-se na argila mas queria ser completo como ninja. Sempre tivera receio que este não o conseguisse, mas pelos vistos, estava no bom caminho.
“Claro, sempre às ordens”
Nisto não esperou. Começou a fazer alguns selos e a água do lago ao lado começou a escurecer. Ai clones do seu pai começaram a aparecer e a atacar Raikon. Mandava shurikens e kunais que Raikon tentava desviar, porem com muito esforço, os clones eram muitos, uma kunai passou por si e rasgou as roupas fazendo um corte superficial.
“Tenho de sair daqui"- Pensou Raikon.
Afastou-se do lago e numa réstia de tempo juntou as mãos, sentiu o seu fluxo de chakra e gritou “Kai”, interrompendo-o e depois voltando a soltá-lo novamente.
Deixou de ver os clones, as shurikens e kunais virem para si. Contudo ao fundo o seu pai estava bastante ferido, apunhalado em diversas zonas, cheio de cortes e esmurrado. O sangue jorrava-lhe da boca quando tossia. Raikon ficou paralisado com o sucedido, teria alguém feito aquilo ao seu pai enquanto ele estava a sair do seu genjutsu. Esta ultima palavra lembrou-lhe algo. Sim, aquilo podia ser um genjutsu. Repetiu o procedimento, sentiu o fluxo de chakra e parou-o e voltou a libertá-lo. Do outro lado estava o seu pai, sorridente com o feito do filho. Quando caiu em si reparou que estava a soar, muito desgastado. Aquele exercício necessitava de um grande esforço mental.
“É claro que aligeirei um bom bocado as minhas habilidades, afinal estamos a treinar”
“Ufff, sim ainda bem que o fizeste”- Disse rindo-se um pouco.” Pronto pai podes ir acho que já não preciso mais de ti, pelo menos por hoje”, disse e o sorriso ténue voltou à sua cara.
O pai saiu e Raikon estendeu-se um pouco no chão para recuperar as forças. Depois de alguns minutos, levantou-se. Verificou as bolsas de argila. Estavam cheias. Começou a concentrar chakra nas mãos e afundou-as nas bolsas. Mastigou durante algum tempo e de lá saiu uma aranha bastante pequena. Começou a andar e subiu ao casco de uma árvore. Raikon para experimentar deu um murro numa arvore e avaliou os estragos. Era daquilo que estava a procura. Fixou na mente os danos e em seguida disse. “Katsu”. A pequena aranha rebentou contudo com um pouco mais de força que o desejado. Queria que a explosão fosse da intensidade de um murro. Tentou de novo e repetiu o procedimento. Levou a aranha para outra arvore e gritou. Desta feita tinha sentido o fluxo de chakra e tinha-o abrandado um pouco de modo a que a distribuição fosse mais precisa. Gritou “Katsu”. Depois de uma pequena nuvem de fumo ter saído foi conferir os estragos. Sim, era aquilo que ele queria.