Just a come back, enjoy (tá uma total shit, mas pronto )- Spoiler:
O peso nos meus olhos…
…onde estou?... Os meus ouvidos zumbem sozinhos sem que eu nada possa fazer para parar, não consigo abrir os olhos, estou-me a tentar adaptar à variação de luz. Não reconheço o local, não consigo perceber estas sombras.
…onde estou?O som da respiração de Liro estava num ritmo muito acelerado, carregava o seu filho inconsciente às costas mesmo com uma ferida na perna. Utilizara algum chakra para tentar reverter a mesma, ou tentar pelo menos, simular um penso que aguentasse a mesma. Rapidamente saltara sobre um tronco que se punha no caminho, parou por instantes para olhar para trás, já não havia sinal de que alguém viesse atrás dos mesmos. O Chibi começava a acordar.
Suiho chegou imediatamente a seguir com um ANBU ferido nas suas costas. Pousou-o calmamente no chão e soltou uma lágrima. Todos os outros tinham morrido.
Liro concentrou-se em tratar, ou pelo menos, tentar curar ambos. Suiho pouco ou nada conseguia fazer para ajudar. Fazia o que Liro mandava, aquecia água ou recolhia folhas medicinais, isto durou umas poucas horas. Seyur já tinha acordado uma vez mas imediatamente adormeceu, sem forças, descansou. O outro ANBU, que se revelou uma rapariga afinal (depois de Liro lhe ter tirado a máscara), mais ou menos da idade do Chibi também estava a recuperar de forma significativa.
Não tardou muito até estarem todos capazes de lutar. A primeira coisa no entanto a ser feita foi conversarem sobre o que iriam fazer depois do que se tinha passado. Continuavam a missão? Voltavam para Kumo e anunciavam o seu fracasso?
- Denkou mandou-nos para aqui parece que é para ser mortos. Nós já nem somos considerados peões de batalha, nós somos empecilhos. Achas coincidência teres reclamado a Kuroy para ti e saíres impune? Ou por acaso aqueles que nós deveríamos ajudar, os ninjas da neve, se virarem de um momento para o outro contra nós? – Manifestava Liro a sua opinião, amarga, cruel mas aos olhos de todos…Bastante verdadeira. – Sugiro então que continuemos a missão, vamos até ao fim com isto e trazemos todas as cabeças daqueles que nos caírem pela frente e voltamos com elas a Kumo e mostramos a todos a missão em que o suposto protector de Kumogakure nos meteu.
Todos concordaram, mesmo sem dizer nada. Seguiram para Norte, para o seu objectivo principal, de certo que iriam encontrar forças hostis no caminho que teriam de ser eliminadas à força bruta. A aproximação à fronteira era notória, começava no solo e acabava no ar respirável que se tornava brutamente frio e pesado. A separação do País da Neve para o País do Trovão é e sempre foi feita por uma cadeia montanhosa não muito grande, mas demorada para ultrapassar devido às condições climatéricas que tornavam aquele local gelado numa autêntica boca para as chamas ardentes do inferno.
- “Suiho.” – Telepatizava o Chibi
- “Sim Seyur?”
- “Paramos?”
- “Sei que é difícil, mas não podemos parar, só até chegarmos ao fundo da questão, tu ouviste o teu pai. Há quem nos queira por mal e se pudesse nos arrancava o coração, mas isto tudo, é um jogo de interesses, nós apenas fomos apanhados pelo meio.”
- “É mesmo difícil…”
Montanha após montanha, passo após passo a estrada parecia nunca querer acabar, nunca querer terminar por mais que o tempo passasse, por mais que o sol se pusesse e a lua iluminasse a noite perdida na escuridão. Por do sol após por do sol e outra vez o mesmo os pés deixavam-se enterrar na neve que subia desde o solo uns dez centímetros, dificultando muito a caminhada após o cansaço se ter instalado. Pararam finalmente numa gruta, pois uma tempestade se tinha assentado, não era bem uma gruta no entanto, era um buraco escavado pelo tempo em que o grupo se podia abrigar. O Jounin de Kumo tentou avançar as palavras em direcção à rapariga da ANBU, parecia da sua idade, era alta e tinha cabelos azuis muito magoados pelo frio.
- Então… - O Chibi pensou nalgo que fosse lógico de se perguntar “Como te chamas?” “O que fez vir para aqui?” “És ninja desde quando?” “Porque é que nunca te tinha visto em Kumo” eram algumas das possibilidades, no entanto, decidiu optar pela mais simples - …Qual é o teu nome?
- Yumi – limitou-se a responder a rapariga sem muito aparato e parecendo que estava apenas a retorquir por motivos de educação. Aquela maneira rude de responder fez com que Seyur não se atrevesse a perguntar mais nada. Sem que ninguém esperasse, após um momento de silêncio ela dirigiu-lhe a palavra.
- És filho de Liro? – perguntou ela
- Hai.
- Nota-se, tens os mesmos traços genéticos que ele. É um bom capitão e tenho prazer de ter seguido as suas ordens durante uns tempos antes de me mudar para outro grupo da ANBU. Ensinou-me várias coisas…Tens um bom pai ali, parabéns. – dizia ela ao ouvido do Jounin.
- Eu sei. – sorriu ele