Acordei um pouco mais tarde que o que tinha acordado no dia anterior… Angelus, Akane e Ryuku já estavam a pé, a fazer uma espécie de treino. Aproximei-me deles após lavar a cara no lago.
- Então Hayato, já descansaste melhor esta noite? – perguntou-me Ryuku, defendendo-se ao mesmo tempo de um pontapé de Akane.
- Hai, Ryuku-sensei! Mas já estou pronto para treinar mais uma vez, acho que a técnica ainda não ficou perfeita… - disse eu coçando a cabeça. Angelus sorriu e Ryuku ordenou Akane que erguesse umas paredes de pedra, parando o seu combate.
- Hayato, vais ter que utilizar o Rasengan para partir estas três paredes. Quero ver como é que tu estás em relação à técnica – disse Angelus aproximando-se e fazendo um movimento para que eu começasse – depois vamos ter um treino interessante – concluiu. Fiquei na duvida, mas agora tinha era que me concentrar em partir aqueles blocos de terra.
- Vamos lá… - disse eu. Os outros três soltaram uma gargalhada mas eu fiz cara de quem não queria saber e concentrei chakra na mão, fazendo uma bola estável aparecer, até que “explodiu” em correntes de chakra que se “evaporaram” no ar – “kuso” – pensei ao falhar o ninjutsu. Concentrei novamente chakra na mão e pensando no que se tinha passado no dia anterior, comprimi o chakra o máximo que pude. Fiz o jutsu em perfeição e “enterrei-o” na parede, abrindo um buraco nela mas não a trespassando por completo.
- Vais ter que te esforçar mais um bocado puto – disse Akane com cara de importante, como se estivesse a gabar das suas paredes fantásticas. Concentrei chakra novamente, mais um pouco desta vez e formei um Rasengan perfeito, fazendo-o depois embater na primeira parede despedaçando-a.
- Yosh!
- Ainda faltam duas Hayato – disse Ryuku com uma pequena gargalhada. Eu sorri e voltei a concentrar chakra na mão. Oscilou um pouco mas consegui formar novamente um Rasengan de jeito. Atirou-o contra a parede e parti-a em cacos à primeira. Sorri para Akane e formei uma nova bola de chakra na mão, repetindo o processo. A parede caiu, e a primeira parte do meu treino estava finalmente terminado.
- Parece que conseguiste finalmente atinar com o Rasengan, Hayato… parece-me altura de celebrar! – disse Ryuku. Eu sorri, mas depois fiz uma cara confusa e ele riu-se – vá lá… um combatezinho para depois voltarmos a casa, que achas? – não vi o porque não, e não esperei para que ele atacasse, concentrei chakra e coloquei o Jounin num Genjutsu, tentando que ele não percebesse. Deu um passo e várias raízes começaram a apoderar-se do seu pé, tornando-se de repente numa enorme árvore do qual ele fazia parte.
- Não sei se ainda te lembras rapaz – disse Ryuku saindo dá árvore, por cima de mim. Tinha invertido os papéis e quem estava preso, era eu – eu faço parte do teu clã – disse-me ele com aqueles olhos vermelhos. Iguais aos meus, que se tinham tornado assim agora mesmo. Com a ajuda do Doujutsu, parei o meu fluxo de chakra e quebrei a ilusão com o Kia.
- Não queria que o tivéssemos activo tão – disse tentando provocar o jovem. Ele riu-se e depois fez uns selos, fazendo aparecer um tubarão de água. Concentrei chakra no peito e fiz alguns selos – Goukakyu no Jutsu! – berrei eu lançando uma bola de chamas que anulou o jutsu de Ryuku. Olhei o Jounin nos olhos e concentrei chakra a nível cerebral, apanhando-o novamente num Genjutsu, de surpresa. Avancei para ele de Ninjaken em punho e ataquei-o com ela, tentando-o cortar, mas este desviou-se agilmente, pelo sítio correcto.
- Mais uma vez, olha para os meus olhos rapaz… - disse ele quebrando instantaneamente a ilusão. Desapareci em corvos (genj) e afastei-me dele. Quando os corvos se juntaram e formaram o meu corpo, saquei de algumas kunais de três pontas e lancei-as ao Jounin, multiplicando-as com a humidade do ar. Ele defendeu-se de várias delas e desviou-se de outras, fazendo-me passar ao meu próximo ataque.
- Tu deste-me isso – disse eu tirando um pergaminho da bolsa. O meu leque apareceu e “entreguei” um pouco de chakra ao mesmo, executando o Daikamaitachi contra Ryuku, fazendo-o vomitar uma espécie de barro que depois se tornou numa enorme parede de terra. Mal ele apareceu desapareci em corvos mais uma vez (genj) mas ele bem me perseguia e previa todos os meus movimentos. Deixei-o vir até mim… tentou-me dar um soco mas eu desviei-me graças ao Sharingan. Acertei-lhe um Okasho grandioso no estômago, ou assim pensava até ele se transformar numa nuvem de fumo – Kage Busnhin? – levei um potente pontapé na face, arrastei-me pelo chão até embater numa rocha. Cuspi sangue para o chão, mas não me deixei quieto. Enquanto sentado concentrei chakra e coloquei as mãos em forma de T, formando quatro clones.
- Humph – Ryuku estava preparado, com uma kunai em punho. Os quatro clones dirigiram-se para o Jounin e começaram-no atacar com os mais diversos tipos de jutsus e técnicas. Enquanto isso, eu concentrava chakra na mão e começava a formar uma esfera de chakra… dois dos clones já se tinham ido à vida, e Ryuku havia concentrado o seu olhar em mim. Corri para ele a toda a velocidade ao mesmo tempo que os outros “eu” o prenderam pelos braços.
- RASENGAN! – berrei eu ao “enterrar” o jutsu na zona abdominal de Ryuku. O corpo dele foi lançado violentamente contra um calhau, desfazendo-se de seguida em terra.
- Parabéns Hayato… - disse Angelus chegando à minha beira. Deu-me uma pequena pancada no ombro e sorriu – parece que conseguiste mesmo aprender a técnica nos conformes.
- A-arigatou… - disse eu ofegante. Ryuku e Akane apareceram um pouco depois, vindos do nada.
- Parece que está na hora de irmos embora han?
- Vamos lá pequenito, estou farta de te ver a evoluir – disse-me Akane remexendo nos seus longos cabelos vermelhos. Arruma-mos as nossas coisas e partimos para Konoha.