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— Hya! Hya! Há, hyyaa!_ Gritava o jovem kumonin no dojo. Com a espada de bambu em mãos. Unindo o jogo de pés com golpes perfeitos começava a efetuar movimentos num boneco de palha, que, aquela altura já estava judiado devido as cortes. Sentindo a presença de alguém virou-se pronto para golpeá-lo porém foi impedido ao ver que era um mensageiro.

— Darui-sama deseja lhe passar uma missão. Vá imediatamente para o seu escritório._ Proferindo tais palavras se levantou e sumiu em um vulto negro, este nem teve tempo de responder. Convocado, caminhou até seu quarto vestindo sua roupa preta, coturno, capa vermelha e por fim colocando suas hidden blades nos braços. Sem esquecer de suas espadas e de seus outros equipamentos, sumiu do recinto num rápido shunshin (Shunshin no Jutsu).

" Uma missão... Faz algumas semanas que já não recebo uma. "_ Pensativo, pulava de edifício a edifício avançando pela vila, em poucos minutos a montanha do kage já estava no seu campo de visão. Concentrando chakra nas pernas com intuito de correr mais rapidamente saltou, com seu auxílio reapareceu na entrada da montanha. — Hiroshi Katsuo, tenho uma missão._ Disse, tendo sua passagem livre, iniciou a subida das escadas.

— Estás atrasado garoto._ Repreendeu a bela assistente do kage, esta segurava uma prancheta analisando dados. Fitando o garoto deu-lhe sinal para adentrar ao recinto do chefe da vila, assim o fez. Girando a maçaneta logo observou dois no recinto. O kage e também Murakami. Já tinha feito uma missão com o mesmo a algumas semanas.

— Gomenasai. Estava treinando._ Proferiu colocando o punho direito fechado sobre o coração e inclinando-se para frente em sinal de respeito ao seu superior. — Olá Murakami-san._ Cumprimentou estendendo a direita e apertando-a amistosamente.

— Que bom que já se conhecem._ Disse serenamente aquele que comandava a vila.

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Depois da missão ser esclarecida os dois kumonins foram dispensados com um pergaminho com dados adicionais da mesma, e, visando o término mais rápido possível da tarefa foram ao portão sul da aldeia depois de se prepararem para a partida. Chegando no portão Murakami deu de cara com o loiro.

— Mais uma missão juntos hm? Estou empolgado e curioso quanto a estes pássaros sendo mortos. Ah, antes que me esqueça, pegue isto._ Entregando uma máscara de respiração o loiro colocou-a imediatamente, desajeitado, fez seu parceiro rir um pouco.

— Certo vamos. A região montanhosa é foco da nossa busca, a inteligência suspeita de que um laboratório clandestino está a operar nas montanhas. Provavelmente modificação genética ou um vírus/bactéria a ser desenvolvido, eles não sabem qual a finalidade mas isso é uma ameaça a aldeia e deve ser erradicada._ Discursou seriamente com sua voz alterada pelo artefato preso a face.

— Vamos focar nas áreas mais abundantes em pássaros, esse suposto laboratório deve estar perto das aves para facilitar o trabalho. Não achas?_ Perguntou com um olhar de sagacidade nos olhos.

— Provavelmente, vamos então!_ Exclamou. Os portões se abriram e a dupla saiu da vila. Convergindo chakra nas pernas para aumentarem suas respectivas velocidades, saltaram para a vegetação com velozes movimentos rápidos (Shunshin's no Jutsu).

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O sol começava a despencar dos céus dando seu lugar para a lua que brilhava intensamente. Sua luz projetava sombras fantasmagóricas sobre os rochedos e até sobre os dois gennins, que agora, avançavam com velocidade reduzida devido a noite.

Decidindo por acampar e começar as investigações logo pelo nascer do sol, encontraram uma caverna aparentemente vazia, certificando-se o ruivo soltou um grito com intuito de fazer qualquer fera se denunciar, sem resposta elegeram o local como sua "hospedaria" da noite.

— Vou coletar lenha para a fogueira, volto em trinta minutos._ Declarou o ruivo deixando sua mochila na caverna e partindo em sua busca.

— Tenha cuidado, não quero ter que ir te resgatar a noite._ Articulou enquanto retirava duas barras feitas de grãos e comendo-as rapidamente. Seu estômago clamava por mais comida. — Bem vou dar uma olhada ao redor pra ver se acho essas aves mortas._ Deixando um recado no acampamento e saindo da caverna foi para o norte. Verificando o mecanismo da hidden blade, assim, a lâmina saltou majestosamente pronto para ceifar a vida de algo.

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O sol ainda nem levantara e os dois shinobis já estavam acordados, apenas o corpo pois seus espíritos ainda estavam na terra dos sonhos vagueando sem rumo por lá e provavelmente continuariam assim até o nascer do sol. O planeta Vênus já cumpria seu papel fornecendo uma bela luz, o suficiente para os dois enxergarem na vegetação densa da floresta.

— E então, vamos lá antes que amanheça por completo?_ Indagou o ruivo que coçava os olhos freneticamente retirando areia deles. Em seguida levou as mãos para perto do fogo que estava fraco, aquecendo sua pele superficialmente.

— Vamos comer algumas barras beber água e vamos._ Respondeu, também desanimado. Os dois pegaram suas mochilas e trataram de comer as barras energéticas de cereais e em seguida esvaziaram os cantis de água, Murakami sugeriu ir até alguma nascente próxima, porém, o tempo era curto. — Melhor prosseguirmos com cautela, eu posso ir pelo sub-solo enquanto você observa pela copa das árvores de longe. Aqui pegue estes microfones, já está na frequência correta._ Disse-lhe entregando o acessório, em seguida o posicionou perto da boca e os dois sumiram num poderoso shunshin adentrando a densa vegetação.

" Provavelmente aquele casebre deve ser nada, mas meu instinto aponta para aquilo intensamente. Apenas rezo aos deuses para não sermos mortos. "_ Pensou o loiro enquanto pulava de árvore em árvore. Chegando no casebre suspeito os jovens se distanciaram em cem metros completos, mesclando-se-em pela vegetação. Por sorte as luzes estavam apagadas. Realizando alguns selos de mão e convergindo seu chakra elemental em volta dos pés, conseguiu afundar-se no chão com maestria e mergulhar como um peixe que mergulha na água (Dotön: Dochu Eigyö no Jutsu).

— Eu vou avançar por baixo, quero que fique observando em volta, se ver movimento me notifique._ Disse o loiro, avançando até o casebre. A cada passo o solo se deformava e ficava mole, dando-lhe passagem completamente livre.

— Achou algo?_ Perguntou o ruivo ansioso pela natureza do conteúdo dentro da construção.

— Espera um minuto. Tem um cheiro forte aqui, mesmo com a máscara dá pra sentir. Vou penetrar no território deles por completo, fique de olho em qualquer coisa._ Comunicou ao seu parceiro, então, silencioso como um gato saltou do solo adentrando por completo no terreno. O forte cheiro de morte lhe invadiu a máscara e posteriormente as narinas, chegando a dar náuseas. Olhando em volta começou a busca por provas, o que encontrou foi no mínimo, suspeito. Diversos cadáveres de ratos, aves e até sapos, dissecados em sua maioria ou então pendurados por instrumentos cirúrgicos.

" Estão desenvolvendo algum tipo de vírus, talvez? "_ Tentava decifrar tudo aquilo.

— O que achou?_ Assustou o seu colega de equipe fazendo-o esbarrar numa panela com um líquido amarelado e gosmento. — Escutei um barulho._ Declarou.

— Claro, porque foi você me assustando! Droga! Então, tem uns animais dissecados, alguns compostos e ampolas médicas. E também algumas merdas bem incriminadoras._ Respondeu em cochichos, afinal, não queria ser descoberto, se bem que, aquela panela quase caindo seria o suficiente para alertar uma manada de búfalos.

— Não...Tem outra coisa, foi outro barulho. SAI DAÍ, SAI!_ Tentou alertar o loiro que com toda a pressa que conseguira reunir ia até o balcão onde um livro estava, agarrando-o, começou uma rápida sequência de selos pronto para se camuflar no solo e ir até o seu parceiro com as provas, porém, foi impedindo por dois pares de braços que lhe agarraram e o ergueram no alto. Provavelmente os agressores eram fortes.

— O que temos aqui...hmm. Quem é você rapaz?_ Perguntou o primeiro, com uma voz robusta e formal.

— Pera aê, ele tem o hitaite da nuvem pendurado na cintura. É um ninja!_ Declarou o segundo, uma voz fina e desprovida da norma culta.

— Vamos levá-lo ao chefe, ele vai saber dar um bom fim a ele._ Dei a ideia o primeiro, arrastando o kumonin para um canto, perplexo, viu um alçapão sofisticado feito de madeira e pedra se abrir sobre seus pés e de repente foi puxado para o lado contrário.

— Não cê tá loco? Melhor matarmos ele antes que chefe veja, não é bom deixar ele saber que um ninja esteve aqui._ Sugeriu aquele que parecia ser o mais burro.

— Tem razão, depois do chefe ter se irritado com a composição do vírus que deu errada nos animais por nossa causa não seria... Quer dizer, vamos lá._ Percebendo seu erro em falar tanto, tratou de terminar a sentença e ir matar o gennin.

" Droga tenho que deixar um aviso para ele. "_ Pensou. Mordendo então seu ombro direito retirou um pedaço considerável de sua capa vermelha lançando-a em locais bem visíveis da trilha como um caminho de migalhas para seu parceiro o salvar.

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— Droga ele foi pego._ Murmurou o ruivo enquanto seguia cautelosamente o rastro de trapos vermelhos. O cuidado para não ser detectado era essencial, e como um coelho silencioso andava de árvore a árvore recolhendo as "migalhas" em busca de seu parceiro.

— Aqui já está bom._ Disse o primeiro, acertando as panturrilhas do garoto e ajoelhando-o de bruços sobre a relva da floresta. Sacando uma faca de caça se aproximou do kumonin com um instinto assassino aguçado, erguendo a faca no ar e pronto para lhe ceifar a vida, pediu desculpas ironicamente com um escárnio de orelha a orelha na face. — Sinto muito garoto, viu demais._ Então, em vez de ele matar o seu cativo da nuvem foi eletrocutado intensamente por trás, fazendo sua costas fritarem e soltarem fumaça (Pew Pew no Jutsu).

— Quem é você?_ Indagou o segundo, menos inteligente. Saltando para trás retirou desajeitadamente sua katana da bainha, analisando sua situação e chamando o seu parceiro abatido tentou pensar em algo para vencer tudo aquilo.

Agindo rapidamente Katsuo avançou até a faca e cortando as amarras antes colocadas pelos seus sequestradores levantou-se facilmente. Manuseando a faca pelos dedos a lançou contra o segundo elemento, onde, desajeitadamente aparou o projétil improvisado. Murakami ao ver sua vulnerabilidade contra projéteis sacou cinco shurikens e lançando-as habilmente contra o capanga as multiplicou rapidamente, totalizando dez estrelas ninjas (Shuriken Kage Bunshin no Jutsu). As estrelas voaram intensamente contra o alvo cortando-o superficialmente pelo torso algumas vezes, incapacitando-o o suficiente para tirá-lo de combate porém deixando-o acordado.

— O que vocês pretendem?_ Indagou Murakami sacando uma kunai e pondo no pescoço do meliante.

— (Choramingos) Éér... O chefe queria atacar a vila de vocês com um vírus massivo e indetectável, só isso que eu sei._ Alegou temendo por sua vida.

— E aquele alçapão o que era?_ Perguntou dessa vez o loiro.

— Éér... O laboratório pessoal do chefe fica ali embaixo, está a vinte metros abaixo do solo._ Retrucou com um olhar tenso na face, evidente que temia pela sua patética vida.

— Murakami amarre-o, vamos entrar lá e tentar capturar esse tal chefe. Você! Ele tem alguma habilidade ninja ou algo do gênero?_ Indagou retirando sua kusanagi da bainha e apontando para o nariz do cativo.

— N-N-Não ele só é inteligente ele não sabe lutar bem._ Respondeu em meio a soluços. A verdade estava estampada na sua face de medo.

— Ótimo!_ Exclamou o kumonin que começava a retirar fios de aço passando-os pelos tornozelos e punhos do capanga 2, o primeiro estava desacordado e ficaria por no mínimo mais meia hora.

— Vamos prendê-lo e levá-lo a Kumo para ser julgado._ Declarou Murakami.

— Esse é o objetivo._ Retrucou determinado.

FIM