Depois de tudo o que aconteceu naquela casa imunda e triste, eles tinham conseguido safar-se. Possivelmente, o pai dele teria morrido, e ele estaria safo da tortura que o pai lhe proporcionava a algum tempo.
Emi continuava um pouco assustada com tudo o que se tinha passado. Será que tudo tinha acabado agora? Será que ia ter paz?
Tinham decidido voltar a casa dela, durante o caminho foram sempre calados, só se ouviam os passaros a chilrear, os cães a ladrar, o vento a bater nas folhas verdes e grandes das arvores, a agua a correr ao longo do rio, tudo parecia tranquilo e sereno.
Tinham chegado a casa dela, e ambos olharam um para outro, e Emi disse:
- “ A minha mae vai-me matar! Passei mais de um dia fora de casa! Isto paraceu horas, mas foram dias... Estranho, a porta está entreaberta”
Ao empurrar a porta de casa, Emi começou a chamar a mãe, visto que ela nao respondia foi procura-la e Yasushi seguiu-a, então viu jarras caidas, cadeiras partidas tudo indicava para sinais de luta, algum sangue na parede.. e com isto tudo ficou aflita. Entrou no quarto dela, e ficou em estado de choque com o cenário vergonhoso e aterrador que encontrou. Viu a sua mãe deitada no chão, de barriga para cima, com os braços esticados e as pernas tambem, a sua mãe fora "estripada”. Começou por relembrar a conversa que o Yasushi teve com o pai dele, que ele tinha matado uma mulher que tinha um cão, tudo fazia sentido, as peças finalmente encaixavam, ela nao podia mais viver assim.
As lágrimas começaram a escorrer pelos seus olhos vermelhos ao ver que a mãe tinha falecido por consequência de mais um dos ataques do Pai do Yasushi.
Emi foi a correr para ao pé do corpo, ajoelhou-se, pegou nos intestinos que mais pareciam salsichas gigantes e meteu-os dentro da barriga, tentou fechá-la pensando que poderia reviver a sua mãe, mas não, isso estava fora de questão e ela só estava a demonstrar a sua estupidez natural, por sinal. Olhou para Yasushi com uma cara de “cachorro abandonado” e este levou a mão à cara, como se não tivesse coração, nem compaixão pelo que o seu pai tinha feito à mãe dela.
Emi, levantou-se e virou-se para Yasushi com cara de desiludida e disse:
- " Porque é que desde quando eu te conheci que só tenho perdido pessoas e passado maus momentos? Eu nao quero que fiques ai a lamentar-te, mas o que digo é pura verdade..."
- " Desculpa, toda a gente, todas as raparigas passaram por isto, eu pensei que contigo ia ser diferente, e foi! Tu conseguiste com que eu o matasse por ti, e sim eu não quero que sofras mais, eu... só quero viver ao teu lado apartir de agora. Não vês que fiz isto tudo por ti? Uma rapariga quem eu nem há 1 mês conheço?
- “Ai! Isto ja aconteceu com mais raparigas? Eu tomei uma decisão...”
- “ o que?! Não pode ser o que estou a pensar!”
- “Eu... "vou-me separar de ti", nunca mais me apareças a frente!Agora, sai daqui”
Ele parecia um possuido acabado de ouvir as palavras ditas por ela, parecia que lhe tinham roubado o coração porque aquelas palavras tinham magoado mais que uma luta ou outra coisa qualquer, então agarrou-a no braço com força, aleijando-a e disse-lhe:
- " tu não podes fazer isso, ouviste? Eu preciso de ti"
Ela fez força para ele a largar e conseguiu, ficou tão irritada, que só lhe apetecia bater-lhe... ou algo assim. Ele voltou a prende-la, mas desta vez com cordas, sendo estas muito fortes pelo que se podia ver,ele estava contente, com um ar de sinico e psicopata disse-lhe:
- "Se não ficas comigo, também não ficas para contar a história! E que tal eu torturar-te?Ah, e mais uma coisa eu menti-te mas os meus sentimentos por ti são verdadeiros, juro."
Ele falava como se ela fosse a unica coisa que o mantia vivo, falava com um tom ameaçador e alto, falava como se estivesse possuido ou doido. Onde estaria a calma que ele tanto tinha? Seria bipolar?
Emi ficou assustada, apesar de corajosa também tinha medo, então enquanto ele "preparava" as kunais, e estando de costas para ela, Emi disse baixinho:
- "Deves pensar que eu nasci ontem, idiota. Nawanuke no Jutsu !!"
Ela tinha usado a técnica de escapatória para se desprender das cordas que a mantiam presa, e parecia indefesa agora, tal e qual como uma águia sem o seu instinto feroz. Ele pressentiu que qualquer coisa estava acontecer, mas nem por isso se virou para trás. Emi poderia agora fugir, libertar-se deste mal que o destino lhe concedera, ele não passava de um desconhecido com as atitudes que estava a ter perante esta situação.
Emi estava farta de tanto mal, teria de fazer alguma coisa, a batida do seu coração estava mais forte, mas rápida, a sua respiração tornava-se ofegante, e começava a suar por todos os lados porque nunca tinha enfrentado um problema destes, em que a vida estava em jogo.
Emi pegou numa kunai caida no chão que nao tinha visto à primeira olhadela no quarto e com o braço esquerdo elevou-a e espetou nas costas de Yasushi, este caiu no chão de joelhos e ficou a queixar-se da dor que aquela “facada” lhe proporcionava. Ela ouviu uma barulho vindo lá de fora, quando olhou perante a janela reparou que era só um gato. Yasushi levantou-se e agarrou-a contra o peito dele metendo-lhe uma kunai ao pescoço, dizendo-lhe:
- “O que estás a pensar fazer, miuda?”
Emi nem respondeu, estava com uma kunai encostada ao seu pescoço e isso fazia-la lembrar a ultima vez que teve uma encostada ao pescoço também, e pelo mesmo motivo, Pai de Yasushi, ela empurrou-o para trás fazendo com que ele lhe cortasse o pescoço, mas nao chegando a matar. Yasushi caiu e tambem deixou cair a kunai, Emi caiu em cima dele, mandado-lhe uma cotovelada no maxilar inferior. Ela vira-se e ficam ambos a olhar um para o outro, ele foi chegando a boca dele à dela, esperando dar-lhe um beijo, mas Emi não cai na farsa dele pegou na kunai e espetou-lha no olho variadas vezes, até sangrar, e arrancado-lhe o olho, obivamente que ele ficou cego. Yasushi começou a queixar-se de dores, estava muito atrapalhado porque nao sabia o que fazer. Emi estava irritada, demais até, nao largando a kunai, espetou-a na barriga fazendo variados cortes, largou-a e com as proprias maos e os dentes rasgou a pele dele usando a sua força toda, deixando-o com os orgãos à mostra. Será que morreu? Será que a vida dela agora tornar-se-ia melhor?
Emi levanta-se cheia de sangue, a chorar e diz:
- “Espero que tenhas sentido as mesmas dores que a minha mãe!”
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acho que foi um bocado rápido como aconteceu no ultimo filler, peço desculpa x)