Depois de ouvir o sermão do director, Sai regressa a casa e procurou pelo discípulo, encontrando-o no telhado com a mão na cabeça, parecia que estava a doer-lhe. Ao ver Sai, disfarçou a dor, sorriu e sentou-se.
- Hai Sai-sensei, vamos treinar mais um pouco? – Perguntou Broly.
- Broly, desculpa-me por ser tão directo mas…responde-me a uma pergunta: Nunca achaste estranho não teres reflexo, nem sombra, não teres músculos e seres tão…duro e… gelado…etc.
Esta pergunta já foi dirigida a ele varias fezes por colegas que tentavam meter conversa, mas Broly nunca pensou que Sai a faria um dia, ao seu sensei ele não podia ignorar, mas não sabia ao certo o que responder.
- Não digas nada, simplesmente segue-me – Disse Sai, levando-o para a floresta.
Chegando a floresta e seguindo um atalho estranho, ambos acabaram por chegar a uma espécie de passagem secreta para o subterrâneo.
- Apresento-te o subterrâneo do teu pai: Eusebio “pantera negra” Ruther – Indicou-lhe Sai
Broly apenas olhava fascinado para a dimensão daquele local. O nome da pedra da entrada do subterrâneo que Sai estava a abrir era muito chamativo.
- Kill the killers? Soa-me bem – Disse Broly.
- Sim, era a moral de vida do teu pai, ele era tão parecido contigo, sonhava em mudar o mundo, quem é assim vive num mundo imaginário. – Gozou Sai com as palavras. – Mas de facto era um honrado ninja, mas acabou por se apaixonar por quem não devia…vê esse desenho, é da tua mãe. – Disse Sai, pegando em algo que estava na entrada do subterrâneo.
- É …linda, mas parece …estranha - Disse Broly.
Tua mãe chamava-se Pricea e era uma perigosa vampira, uma princesa e esta teve um caso com o teu pai que, ao que parece, foi mordido diversas vezes por ela e, como tal, sendo um dos seus filhos, nasceste com a maldição de te tornares no futuro um vampiro de rank S, aqueles que, após morder suas presas, libertem este dito veneno que faz com que todos os descendentes que a mesma presa sejam vampiros, ou até tornar a própria presa num vampiro se esta for mordida diversas vezes, tal como deve ter acontecido com teu pai… – Disse ele, sendo tão directo que até assustou Broly.
- Mas que raio? Esta a insinuar que eu não sou humano? – Perguntou Broly.
- És um vampiro Broly, e agora fizeste 10 anos, o que significa que, em breve, irás produzir esse veneno que te falei e… perder o teu próprio raciocínio, tal como já aconteceu algumas vezes. - Disse Sai, fazendo uma expressão diferente da todas as que já fez até o momento.
Broly sentia-se confuso com tudo isso, não acreditava em parte na historia dele mas, apos Sai fazer um golpe no dedo, fazendo cair umas pequenas gotas de sangue no chão que, de alguma forma, perturbaram Broly, ao ponto de o fazer atacar Sai, como se o quisesse matar. O estudante de academia voltou a si devido a um golpe na nuca por Sai. Apesar de não se lembrar muito bem do que aconteceu, tinha consciência que tinha mesmo atacado o seu mestre, mas ele começou a entrar em pânico a serio quando o viu a aproximar-se com uma kunai, parecia que queria mata-lo.
- Sai…sensei, vais matar-me? – Interrogou Broly que recuava a medida que Sai avançava.
- O teu único órgão vital é o coração, por isso, não te preocupes, não te vou apontar para ele.. – Sai tentou exprimir essas palavras com calma, como sempre fez, mas não conseguiu. – O Jeff era mestre em selamentos e ele estudou durante muitos anos neste que agora vou fazer, o blood seal. Para o fazer, tenho que te retirar sangue do corpo ao ponto da tua vida estar a um pequeno fio e, com este sangue, misturar com minha tinta e fazer-te uma bonita tatoo que permanecerá em ti durante o resto da tua vida, acredito que sonharás com sangue todas as noites após isso.
- Não podes estar a falar a serio, pois não? – Broly nem esperou pela resposta, rapidamente dirigiu-se para a saída do subterrâneo, mas esta estava trancada.
- Se sobreviveres, serás um meio vampiro, também conhecido por “vampiro rank A”, os mais raros, aqueles que são idênticos aos humanos, mas que escondem em si a sua linhagem, mas diferente da maioria, terás de suportar este selo que te farei nas costas. – Estas foram as últimas palavras que Broly ouviu. Sai completou o ritual, tal igual como disse que seria, e terminou-o com uma espécie de tatuagem, com o kanji Unmei (destino) abaixo do ombro esquerdo do discípulo, devido aos problemas que terá no futuro por ter nascido daquela mãe e daquele pai. Olhando para traz uma ultima vez, Sai partiu.
3 anos depois, escritório de Hokage.
- Muito bem Broly, apresentaste-me o sumi bunshins, a partir de hoje serás um genin! – Disse o Hokage, tirando-o uma foto, Broly agora possuía reflexo, era humano, ou quase.
Broly apenas pega no protector e prepara-se para sair.
- Espera rapaz, diz-me o que pretendes fazer por konoha no futuro.
Broly mostra um scroll, com uma paisagem de konoha. A pintura ainda era fresca e por isso estava a borrar e disse:
- Esta é a nossa vila, que para mim representa nada mais nada menos que o mundo, que esta a desmoronar-se, esta tudo e todos doentes, uma doença cujas consequências são o apodrecimento eterno do mundo. Só existe uma cura: A eliminação sumaria do mal…criminosos…vou mata-los a todos. Este é o meu destino.
E deixando o Hokage sem voz para responder, Broly partiu para a sua primeira missão.
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Casa de Sai, data actual.
Depois da longa batalha disputou com Sai, seguindo uma pequena sesta, Broly acordou na casa do mesmo.
- Acordaste mais cedo curei-te a maioria das tuas feridas, mas vais ter de andar com essas curativos durante algum tempo – Disse Ino, a primeira pessoa que Broly viu ao acordar.
- Estavas a fazer ruídos estranhos enquanto dormias, sonhaste com o quê? – Perguntou Sai.
- Com sangue… - Respondeu Broly.
- … Bom, vou fazer agora uma missão, onde vou acompanhar alguns chuunins…se estiveres interessado, aparece no escritório de Loki. – Disse Sai, despedindo-se de Ino com um beijo e desaparecendo num tornado de tinta.
Broly utilizou o mesmo jutsu e saiu daquela casa. O duelo foi agradável, mas, como era óbvio, acabou por perder e sentia-se mal com isso, afinal era o combate da sua vida.