- Citação :
Ela olhou com alguma dificuldade pois o sol batia-lhe na cara, e ficou chocada com quem era, dizendo:
- “Está…ta VIVO?!”
Filler 6 - Orgulho
Ela estava chocada com quem era, pois como ele estaria vivo com tudo o que Yasushi lhe tinha proporcionado?
“
Como? Como é possível? O filho da mãe tinha mais de quinze kunais espetadas no corpo! Só podem estar a gozar comigo! Também com tanta gordura como é que podia ter morrido..” Pensou Emi, com uma cara de insatisfeita, admirando o rival com alguma dificuldade pois o sol não ajudava.
Emi, reparou que o homem tinha algumas ligaduras nos sítios onde tinha sido perfurado por kunais aquando a ‘luta’ com Yasushi. Era gordo, mas desta vez tinha a roupa limpa e não vinha cheio de sangue como da ultima vez que o vira.
- Emi, como tens andado? – Questionou, o rival mostrando um pouco do seu sorriso ambicioso, e brincando com a ponta da kunai no seu dedo indicador da mão direita.
- O que é que está aqui a fazer? – Questionou, Emi com uma cara séria, sem temer o oponente, e sim ela mesmo estando fora de si, conseguia ser educada.
- Interessante – afirmou, o Pai de Yasushi, saindo dos lindos e verdes arbustos onde se escondera para atacar – não sou assim tão fraco como pensas.
- Vá! Conte-me lá como é que conseguiu escapar da morte proporcionada pelo seu filho - Disse, Emi enrolando-se na toalha, mas sempre mirando o Homem – seu falhado!
- E que tal uma luta, primeiro? – Questionou, com um sorriso perverso.
- Depois de o matar, não poderei saber como se safou – disse, Emi pegando nas duas kunais ao seu lado.
- Pois, muito bem. Lembras-te da bela morte do teu pai? Quantos ninjas havia?
- Quatro - Respondeu Emi irritada.
- Esses quatro ninjas são os meus aliados. Se eu os mandar matar, eles matam. Se eu os mandar torturar, eles torturam. Eu aqui sou só o chefe! Mas também trabalho. E todas aquelas kunais que me foram atiradas, foram uma prova de amor para ti! Ele ama-te. – Disse, sendo sincero.
- Mas ainda não disse como se safou. – Insistiu Emi.
- Bem, prosseguindo, esses ninjas ajudaram-me logo depois de vocês saírem da minha casa. Parece impossível não é? Por isso é que tenho estas ligaduras, ao que já deves ter reparado.
- Digo-lhe uma coisa… Você é nojento, NOJENTO! Deveria ter morrido, logo – contestou, Emi sendo repugnante.
- Não me faças rir, Emi – disse, chegando mais perto de Emi.
- Estou mesmo a ver que quer morrer – disse Emi, em posição para atacar.
- És tão previsível, que até dói – disse, acertando com a kunai na ponta da toalha, fazendo com que esta caísse no chão e o corpo nu de Emi ficasse à mostra.
- Volto já, e não penses que vou fugir, IDIOTA!
Emi tinha-se ido vestir, por mais parvo que pareça, não queria lutar estando nua, então foi vestir a sua roupa ensanguentada e suja de terra. Voltou e ficou a olhar para o seu inimigo.
Agora tinha começado uma luta, uma luta onde a morte era o limite. Depois desta luta, Emi podia descansar e talvez voltasse a normalidade.
Emi mirava-o com toda a concentração possível, o Homem estava indefeso, sem os seus 4 ninjas. Onde estariam aqueles quatro palhaços agora? Talvez a torturar alguém, alguém que não merecia morrer. Tanto como aquela velhinha, ela tinha excedido os limites, ao mata-la.
O Pai de Yasushi, saltou para uma arvore de frutos que havia lá no quintal, e disparou uma kunai contra Emi, esta conseguiu desviar-se sem medos.
“
Possa, ele é mesmo fraco atirador, eu sou muito melhor” disse Emi gabando-se.
Acabando de dizer isso atirou-lhe uma kunai, mas sem efeito. O oponente desviara-se, a kunai atingira um ramo, este partira-se e caíra no chão.
- Que falhas são essas? – Questionou, o oponente esperando que Emi agisse.
- Você já vai ver o que é bom para a sua saúde, idiota – disse Emi aplicando a técnica de clonagem – Bunshin no Jutsu!
De repente apareceram mais de 50 clones, para “ajudar” Emi indirectamente, Emi podia assim atacar, sem temer o oponente, espetando-lhe duas kunais, na perna direita, porque não o queria matar já. Ainda tinha muito para brincar com ele.
O oponente queixando-se das dores proporcionadas por Emi, levantou-se com alguma dificuldade, ainda com as kunais espetadas, e encostou-se à árvore e questionou:
- Esse é o teu melhor, Emi? AHAHAHAH
Emi pegou numa kunai e correu contra o rival e espetou-lhe uma kunai no braço direito.
- Porque não me matas logo? – Questionou, o homem sem medo.
- E que tal brincarmos? Ah, e tenho outra coisa para te dizer, o teu filho está morto – Disse, Emi sendo atrevida.
- O que é que te vai na mente, jovem? Não me importo – Disse, o pai de Yasushi sendo perverso.
- Isto! – Disse Emi usando a técnica de ilusão demoníaca – Narakumi no jutsu!
Um circulo imaginário de folhas começou a rodopiar em torno do alvo, que passado uns segundos caiu, e ai veio a ilusão, onde o rival começou a ver os familiares e amigos a serem mortos, ou ainda outras coisas horripilantes, sendo isto uma ilusão criou falsas inseguranças ao homem.
Emi olhou para o rival e vi-o que ele estava bastante assustado, bastante chocado, até que o ouve:
- ahhhhh, não! Não!
só restava uma coisa a Emi, mata-lo! Quando o jutsu parou, ela pegou num balde agua e mandou-lhe na face, para ver se ele não ficava muito transtornado. O rival logo despertou.
De seguida Emi pegou na kunai e cortou-lhe um pouco de carne ao oponente.
Podia-se observar o sangue a escorrer pelo corpo abaixo. Chamou o cão e mandou-lhe o pedaço de carne.
O cão, quando viu o pedaço de carne, pegou nele e estraçalhou-o, comeu-o e ainda lambeu o focinho, saciando por mais.
Emi, viu o cão a saciar por mais e cortou mais um pedaço, o cão voltou a aceitar e a saciar novamente. Mas não havia terceira vez para lhe cortar mais carne, o homem já estava a sofrer, quanto ela queria. Agora era hora de se deitar a observar o sol e esperar que ele morresse lentamente.
Emi pegou na toalha coberta de sangue, e deitou-se a apanhar banhos de sol.
O oponente, na verdade ainda estava vivo, e tinha uma kunai, será que ia tentar algo?
Ele agarrou na kunai e arrastou-se lentamente para ao pé dela, enquanto esta tinha adormecido numa questão de minutos, sempre fora rápida adormecer e não tinha problemas com o escuro.
Enquanto mais se arrastava, mais sangue saia pelas feridas causadas por ela.
Quando chegou ao pé dela elevou o braço com a kunai na mão e tinha intenção de espetar a kunai.
O cão dela pressentiu e foi a correr, chegou ao pé dele e começou a rosnar -lhe, mostrando os seus lindos dentes brancos, conseguiu que o oponente não o fizesse e que ela acordasse.
- Os meus quatro ninjas ainda vão dar cabo de ti, sua vadia!
Emi tinha uma kunai na mão e espetou-a no coração dele, estando este por cima dela.
O homem queixou-se de dores e caiu para o lado, acabando por morrer.
Emi, levantou-se e pronunciou, com uma cara de amuada:
- Fogo, já são três enterros para fazer.
Tinham passado 2 dias, e os corpos estavam tal e qual aquando a morte, Emi acordou, vestiu-se, calçou-se e chamou o seu cão.
- Takeshi! Meu lindo menino!
O cão veio ter com ela. Lambeu-lhe a mão e Emi de seguida, deu-lhe uma festinha e disse:
- Boy, vais ter de cavar uns buracos! Eu sei que adoras! E eu vou ajudar-te. VAMOS!
Eles dirigiram-se para o quintal dela e o primeiro a ser enterrado era o pai de Yasushi, aquele pobre coitado que tinha sido morto há dois dias passados.
Emi, foi buscar uma colher à cozinha e pôs-se a cavar buracos. Será que a inteligência dela não dava para mais?
O seu cão que adorava fazer buracos já tinha feito um profundo, mas o corpo não cabia lá dentro. Então Emi teve uma ideia. Ela usar as próprias mãos para cavar buracos.
(passado quatro horas)
Passadas quatro horas, ela já tinha os três buracos prontos. Não poderia ir a uma agência funerária, porque daria muito nas vistas e porque não enterrar ali mesmo?
Foi buscar o corpo do pai de Yasushi e mandou-o para dentro de um buraco. Depois o de sua mãe e mandou-o cuidadosamente, para o segundo buraco feito e foram ai que as lágrimas começaram a correr pela face de Emi. Ela não aguentava a morte de mãe, era algo que nunca ia aceitar. Será que viveria sempre naquela revolução constante? Ainda a chorar relembrou algumas memórias que tinha da sua mãe, os dias em que ela ia as compras com ela, os dias em que passeava com ela, podia não ser uma relação boa, mas era a suficiente, para deixar Emi naquele estado e matar três pessoas.
Foi buscar o corpo de Yasushi, pegou nele e mandou-o com força para o buraco aberto para o seu enterro. Nunca mais queria relembrar tudo o que teve com este rapaz.
Os corpos cheiravam mal, talvez até já estavam em decomposição. De seguida, tapou os buracos e chorou, chorou como nunca o tinha feito. A sua mãe era o mais importante para ela, a sua doce personalidade, os seus lindos cabelos, a sua pele jovem… Tudo aquilo tinha desaparecido, só restava desejar uma boa viagem para a outra vida. Contudo, ela foi buscar um ramo de flores, beijou-os e mandou-os para a “campa” da sua mãe e disse:
Eu amo-te mãe e tenho orgulho em ti.