Foi uma tarde de sensibilidade ou de suscetibilidade? Eu passava pela rua depressa, emaranhado nos meus pensamentos, como às vezes acontece. Foi quando meu traje me reteve: alguma coisa se enganchara em meu Kimono. Voltei-me e vi que se tratava de uma mão pequena. Pertencia a um menino cujo e o sangue interno davam um tom quente de pele. O vi com aquela pequena mão enquanto ela lentamente se estendia em minha direção. Seus olhos, mais do que suas palavras meio engolidas, informavam-me de sua paciente aflição. Paciente demais. Percebi vagamente um pedido, antes de compreender o seu sentido concreto. Um pouco aturdida eu o olhava, ainda em dúvida se fora a mão da criança o que me ceifara os pensamentos.
- Ei garoto, o que queres?
- Isso em sua sacola, é comida?
Então após ouvir tais palavras, lembrei-me daquele tempo. Sem pais, família ou um lar. Olhei no a fundo bem nos olhos, e era quase como me ver no passado.
Acordei finalmente. O que estivera eu pensando antes de encontrar o menino? O fato é que o pedido deste pareceu cumular uma lacuna, dar uma resposta que podia servir para qualquer pergunta, assim como uma grande chuva pode matar a sede de quem queria uns goles de água. Sem olhar para os lados, por pudor talvez, sem querer olhar para o lado, aos poucos dou umas espiade-las no vapor que emanava de cada prato efito pelo bom homem do Ichiraku, então como se não quisesse nada entrei.
- Ei, ve-me um Ramen Pequeno?
- É pra ja senhor.
Então o prato saiu, aquela gordura que quase transbordando, no prato borbulhava, enquanto o vapor quente que era emanado da comida, dava um aroma marilhoso, fazendo-se possivel sentir o gosto de tal comida antes de come-la.
Então, vi os olhos de tal criança, que tão sem esperança, com lágrimas, mas sem forças para falar, demonstrava sua gratidão. Fiz-me de frio, pois se o encarasse poderia cair em tais lágrimas, logo fechei a cara, virei o rosto e após enxer o peito, dali retirei-me.
Mais tarde naquele mesmo dia, percebi um barulho desagradavel que la debaixo vinha, então ouvi pratos e vasos quebrando. Então assustei-me, eu que ja me encontrava aconchegado em meus aposentos, levanto da cama, e sou obrigado a cobrir meu corpo despido, com aquele meu kimono branco tradicional. Então com os pés descalços, lentamente vou descendo as escadas de casa, e passo a passo me aproximava para saber o que ali acontecia. Chegando la embaixo, a situação me era estranha, pois tudo se encontrava apagado, apesar de eu até a pouco ouvir dialogos vindo daqui debaixo. Então decidi prosseguir, aos pucos caminhava rumo a escuridão. Então ouvi um grande grito que aparentemente vinha da cozinha. Coloquei a mão na cintura para me preparar, então dei-me conta que havia esquecido minha Katana no quarto.
- Droga, não tenho tempo.
Então correu em direção ao local de onde vinha os gritos. Encostei-me rente a parede, perto da porta da cozinha, então lentamente espiei o que ali dentro acontecia. Meus pais e o meu irmão, Arashi, estavam feitos de refém por um homem cuja Katana era maior que a minha. Não perdi tempo, aproveitei a situação e de onde eu estava, preparei-me para uma voadora, então saltei em sua direção. Só de fazer-me de herói, naquele breve momento ja sentia meu corpo leve, até que escondido de trás duma cadeira, sai um homem, cuja face não se revelara emmeio a toda multidão, então este homem, antes que eu chegasse até o outro, com a parte do cabo de sua katana, me golpeia na costela, jogando-me longe. Então caindo no chão, corrompido pela dor, dei-me conta que embeveci-me demais.
- Garoto, tu és muito pragmatico, todavia ainda muito inocente. - Falou o homem, com a face encoberta pela escuridão.
Naquele momento meu corpo fremia de medo. Talvés porque, embora um shinobi, ainda eu fosse um novato, então com uma vóz tremula rapidamente pergunto-lhes... - Malditos, o que querem com nossa família? - Então com uma resposta muito direta, aquele com a katana nos direcionada responde, - O papaizão ai, nos devia um certo dinheiro, então viemos cobra-lo - Então, percebi que estavamos numa enrrascada. Naquele momento então, decidi que era hora de me tornar util uma vez na vida. Pelo menos para as pessoas que amo, então parei de fremir. Concentrei-me ao máximo, então quando aquele com a katana finalmente prepara-se apra abrir a boca, eu levantei-me, e com a face coberta por um monte de lágrimas, num impulso de medo, disparei-lhe um soco, cuja força o dava a sensação de ter-lhes a face partindo-se ao meio, então o mesmo vai ao chão, como numa luta de boxe. O outro quando percebeu, tentou avançar até mim, mas minha família ja havia levantado, então, mesmo com uma katana, percebeu que se encontrava em desvantagem, até que meu pai grita, - Desgraçado, pegue este homem ao chao, e caia fora de minha casa - Então o homem com olhos que aparentavam procurar sangue, muito estressado decidiu se retirar rapidamente, enquanto carregava o amigo, que se encontrava inconsciente, após bater a nuca na quina da mesa da cozinha.
- Pronto pai, eles ja se foram - Falei, após sentar, enquanto com o corpo ainda tremulo decidi ali por um breve momento descansar.
- Sendo, você foi muito corajoso.
Então percebi que aquelas palavras encorajadoras, seriam as que me seriam a ponte para o sucesso, então destemidamente levantei-me e falei - Pai, mão, Arashi. Vou me tornar um grande ninja, então, só então, para isso treinarei. Eu treinarei para me tornar alguém forte, me tornarei alguém em que vocês possam confiar, eu serei aquele que lhes proporcionará o conforto necessário para viver bem.
Então finalmente percebi, que dali eu poderia ja estar evoluindo, rumo a um ser humano melhor.
" Sei que pareceu um pouco curto, porém criei mais, uma introução para que meu personagem crie sua jornada. ^^ "